1 de ago. de 2009

COLUNA DA MARIA JOANA: Estão matando nossas ESPERANÇAS!

Será que podemos acreditar em tantas declarações dos “caras” que comandam o Brasil e os EUA de que a crise acabou? Queremos muito ter esta esperança e ver o mundo e o Brasil caminhando para o progresso, a paz, a harmonia. Mas, acima de tudo queremos que falem a VERDADE, que dêem o exemplo de governo sério, ético, defensor da justiça.
Infelizmente as notícias da economia, da política, mostram que estamos ainda muito longe desta realidade. Pode ser que os brasileiros, os norte americanos diminuíram suas despesas, estão tentando contornar a crise, diminuindo seus gastos, gastando dentro do salário, do orçamento. O governo, entretanto, continua gastando muiiiiito... Neste ano, a economia para pagar juros e o aumento das despesas públicas fez com que a dívida pública crescesse R$ 105 bi. Só neste semestre, após os juros, houve déficit de R$ 43 bi, seis vezes pior do que o de 2008, revelando que as contas do governo têm o pior resultado sob o governo Lula, devido alta nos gastos (inchaço quadro funcionários, aumento mordomias, cartões corporativos, viagens etc...) e a queda na arrecadação. As receitas líquidas caíram 1,8%, enquanto as despesas subiram 17% de janeiro a junho. Mas o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), "o Brasil é mais complexo que só cortar, cortar e cortar gastos".
Mas começa por aí, senhor ministro e nunca pelo aumento de impostos... Afinal, já pagamos os impostos mais caros do mundo, embutidos em tudo e sem ter o retorno devido (educação, saúde, segurança, infra-estrutura de boa qualidade). E já movimentamos a economia comprando além da capacidade de pagamento dos nossos salários... O brasileiro, incentivado pelo governo a consumir, consumir, consumir está tão endividado que não consegue mais pagar seus empréstimos. A inadimplência nos empréstimos bancários é a mais alta em nove anos, informou o Banco Central.
E nenhum “ato secreto do papai-vovô” vai aumentar o nosso salário, empregar nossos filhos e afilhados, pagar nosso aluguel, nossas passagens, mordomias, favorecer empresas da família... Também não temos nenhuma ONGS ou fundação para receber incentivos do governo e desviá-los para nossas contas particulares, como muitos políticos fazem... Todas essas “espertezas” que têm sido constantemente denunciadas nos revelam como o Brasil é rico, pois é roubado de tantas formas e ainda a economia dá exemplo para o mundo. Temos esperança que a política, a justiça possam também dar bons exemplos!
O Ministério Público Estadual do Maranhão reprovou as contas apresentadas pela Fundação José Sarney entre 2004 e 2007e decidiu intervir na entidade após auditoria nas prestações de contas do período ter descoberto que parte do cerca de R$ 1,3 milhão repassado à entidade pela Petrobras foi parar em aplicações bancárias. O relatório fala em triangulação de recursos entre a fundação e outra entidade comandada por aliados da família, a Associação do Bom Menino das Mercês (Abom). Também o Instituto Mirante, ONG presidida por Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, recebeu R$ 220 mil da Eletrobrás para financiar projetos culturais no Maranhão, com base na Lei Rouanet, mas R$ 116 mil foram parar em contas de empresas ligadas à família Sarney. Essas são as novas denúncias que envolvem o possível sucessor de Lula, na ausência do vice-presidente.
A esperança vem do Conselho de Ética na próxima semana deverá avaliar cinco representações e nove denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney. Entretanto, pelo menos 70% dos membros do Conselho de Ética do Senado é alvo de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, réus em ações penais e envolvimento com nepotismo ou atos secretos nos últimos anos. São esses ‘honestíssimos colegas”, de vários partidos que vão julgar os pedidos de abertura de processo de cassação contra o presidente José Sarney. Como ter esperanças se, dos casos “julgados” pelo Conselho de Ética do Senado tivemos: uma cassação, quatro renúncias (três ex-presidentes do Senado) e muitos arquivamentos... Mas Lula “esqueceu” que foi ele que segurou o Sarney (cara “especial”, com “ 50 anos de história”, crime pequeno...), protelou a crise, interferiu no Senado, no Pt e agora diz: "Não é problema meu. Não votei em Sarney para presidente do Senado. Então, quem tem de decidir é o Senado, não eu”. Mais uma renúncia salvadora a vista (escapar da cassação) para depois poder voltar pelo voto dos afilhados...
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.br

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