Um teimoso de nascença. Teimou e veio como o filho caçula de Shinko e Rosa, teimou e cresceu numa família numerosa, teimou e jogou futebol tão bem que acabou chutando bola no Atlético e também no Coritiba, teimou e foi ator de TV preto e branca, teimou e estudou na UFPR para cuidar dos dentes dos outros, teimou e passou no concurso do DER enquanto estudava odontologia, teimou e casou com a moça mais linda, teimou e foi desbravar os rincões do Paraná, levando consigo a moça bonita, com quem teve dois filhos bem teimosos, afinal filho de peixe peixinho é.
Acima de camisa branca, Arthur é o terceiro agachado da esquerda para direita, e na gloriosa camisa do DER que jogava futebol suíço na Usina Mourão, Arthur é o terceiro agachado com a camisa rubro- negra do campeão DER.
No Centro-Oeste do Paraná, jogou muito futebol e ali conheceu os melhores amigos do mundo. Amigos tão amigos que de tão amigos se tornaram irmãos. Entre eles, o médico com nome de Anjo Serafim, o dono da imobiliária Nascimento, o engenheiro agrônomo Nei, o fazendeiro João. Não havia uma história que o teimoso contasse que não estivessem presentes pelo menos um, ou todos esses amigos.
Acima, Artur e amigos da Associação Panela, homenageados no programa Tocando de Primeira com Ilivaldo Duarte, na rádio Colmeia, na época, no edifício Antares, em Campo Mourão.
As esposas desses amigos também ficaram melhores amigas da moça bonita, viraram literalmente comadres, e os filhos cresceram como irmãos e irmãs e formam uma rede, ou melhor um círculo de apoio infinito, juntos e juntas, pro que der e vier.
A família desse teimoso tem olhos puxadinhos e as irmãs e irmãos cresceram unidos, deixando um legado muito importante, o ensinamento de que família é sinônimo de apoio, mão estendida, tal qual o teimoso e a moça bonita encontraram nos amigos e amigas do centro-oeste, que afinal, também viraram família.
Na família de olhos puxadinhos, recentemente uma sobrinha foi até o Japão revirar as raízes familiares, e voltou com novidades maravilhosas sobre o irmão mais velho do teimoso, que ninguém conhecia até então, e essas notícias foram muito importantes e fizeram o teimoso chorar, algo poucas vezes presenciado.
Dentro do teimoso só poderia bater mesmo um coração também teimoso, que batalhou até o fim, ora compassado, ora descompassado, guerreou o bom combate, e nunca, absolutamente nunca desejou ou fez mal a alguém. Um coração complicado, mas repleto de amor, muitas vezes não declarado.
No céu do teimoso, além de teimosia, tem churrasco, tem uma festa com um monte de gente esperando, suas irmãs Marina, Telu e Emira já prepararam um banquete de comida japonesa, a tia Raquel engomou a toalha, o vô Shinko está de cartola fazendo mágica, o Yuki está com aquele sorrisinho e um copinho de whisky “do bom”, o padrinho Serafim está de chapéu e a tia Mariazinha está com a mão na cintura e batendo o pezinho pra te receber.
Pai, a mãe, eu, o Artur, o Giuliano, o Miguel, a Cida e a Nutella (sim, o teimoso passou a gostar de cachorro), seu irmão Nelson, suas cunhadas e cunhados, suas sobrinhas e sobrinhos, seus amigos e amigas, todos nós lhe rendemos homenagens.
E não se preocupe, eu e o Arturzinho aprendemos bem direitinho: continuaremos teimosos em te amar e cuidaremos teimosamente da mãe.
A todos que nos acompanharam pela vida, nas trincheiras das batalhas e nesse momento, nosso muito obrigado e obrigada. Um agradecimento todo especial ao tio Nei e tia Denise, que nos momentos mais difíceis simplesmente aparecem, madrinha Aura, parceria de uma vida, tio João Teodoro, tio Hedy e tio Mingo, Massao, Silmara, Alessandro (que está sempre presente na hora do perrengue), todos os familiares, e especialmente uma que tem nome de joia, porque realmente é, Pérola, muito obrigada.” - texto da filha Heloísa Bettega Kuniyoshi, enviado aos amigos do seu pai Arthur Kuniyoshi e com alegria e emoção postado no Blog do Ilivaldo Duarte. E abaixo, Arthur com Valdemor Vigilato e João Teodoro de Oliveira no Tocando de Primeira na Rádio Colmeia.
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