7 de set. de 2023

INDEPENDENTE PENDENTE, por José Eugênio Maciel

 


Independente pendente

"Talvez o grito do lpiranga ficou rouco e inaudível para aqueles que não estavam próximos do riacho.

Mas foi um brado retubante? ". Ouvimos o grito?

Fazemos de conta que não escutamos?"

Estive Nólocal (b.d.C.)

Antes da menção ao chamado patriotismo, a referência maior e fácil de indagar, até de responder: Somos um Brasil independente? Somos o belo quadro pintado por Pedro Américo, intitulado O grito do Ipiranga, mas que não retrata como e quais circunstâncias transcorreram? (Fatos episódicos a respeito estão narrados sobre o verdadeiro grito de em Reminiscências em Preto e Branco II).

A civilização é um longo processo para qualquer nacionalidade, assim como a estrutura e o modo de uma independência. No Brasil, deixar de ser colônica, foi o apelo e a articulação da elite nacional. a mesma que. mais tarde, se insurgiu contra a monarquia, aliando-se aos movimentos republicanos.

Formalmente, em ambos os casos. e novamente as elites rapidamente se compuseram, mantidos privilégios seculares.

A expressão Ordem e Progresso se circunscreve é, ainda, um lema longe de alcançar efetivamente o seu propósito concreto.

Independência com enormes matizes político-institucionais seculares e atuais evidências que compõem uma plêiade de uma série de dependências, nos indivíduos e nos grupos sociais.

Economicamente, a distribuição de renda é pífia para com a gigantesca concentração de riquezas. Socialmente somos uma sociedade de classes, sobretudo mais sem classe, devido ao abismo social.

Do Grito do Ipiranga percorremos lentas e trôpegas direções, ainda bem longes dos antagônicos gritantes dos muitos brasis dentro de um só, um Brasil no lombo dos burros e mulas, belos animais com a sua notável e estoica força.

Somos bem mais do que os bem-acabados retratos do Pedro Américo.

Fases de Fazer Frases (I)

O poder de ser depende de ser poder.

Fases de Fazer Frases (II)

Quando a justiça é qualquer uma, é injusta.

Fases de Fazer Frases (III)

Quando a justiça é uma qualquer, é mais injusta.

Fases de Fazer Frases (IV)

Ouando a verdade é qualquer uma, é diz-que-diz.

Fases de Fazer Frases (V)

Quando a verdade é uma qualquer é mentira.

Fases de Fazer Frases (VI)

Quando as Frases são Frases quaisquer, não são Fases.

Olhos, Vistos do Cotidiano

Farpas e Ferpas (I)

O plural de estupidez é estupidezes. Outro plural: bando de ignorantes.

Farpas e Ferpas (II)

Sofisticada, elegante é a ignorância em não evidenciar sabedoria sem precisão.

Farpas e Ferpas (III)

Confiança vem com o tempo. Desconfiança é sem tempo.

Sinal Amarelo (I)

A justiça (sempre) se vinga da injustiça?

Ou a justiça vinga apenas (pena)?

E a injustiça é mais do que apenas mente.

Sinal Amarelo (II)

Quem se atreve a ser fiador sem poder sê-lo não garante a si próprio.

Trecho e Trecho

"Que o nosso coração não se cale diante das injustiças". (Mt 5,1-12]1.

"Se ages contra a justiça e eu permito que assim o faças, então a injustiça é minha". [Mahatma Gandhi].

Reminiscências em Preto e Branco (I)

No meu tempo de meninice era comum amolador ambulante, a gritar e bater palmas para vizinhança saber que ele estava ali para amolar e afiar facas, navalhas, tesouras, E minha saudosa mãe Elza sempre tinha utensílio para afiar.

Minha mãe – a dizer para mim sempre e principalmente - também vez ou outra aos demais filhos, quando eu enchia as paciências dela, logo enfaticamente me đizia: "José Eugênio, vê se não me amola!" Ou quando eu respondia de modo que ela considerava não condizente, logo ela afirmava: "Você está com a língua afiada!"

Sempre fui curioso para saber o significado das palavras, e foi ela quem me ensinou o não me amole e o significado de lingua afiada. Antes eu associava tais palavras ao amolador ambulante, que amolava e deixava tudo afiado.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

"Grito do Ipiranga" é a denominação do quadro pintado por Pedro Américo, conhecidíssimo e já aprendido nos primeiros anos escolares. Todo mundo aprecia aparecer bem na foto, o citado quadro pintou trajes de gala militar, cavalos lustrosos em imponentes. Dom Pedro I estava copiosamente elegante.

Porém, eles, que subiram a serra do mar, proveniente da longa e sinuosa viagem de regresso de Santos, estavam montados no lombo de burros, que aguentavam o difícil trajeto. O Dom Pedro não escolheu o riacho, mas sim uma necessidade inadiável, ele sofreu uma diarreia e assim teve que evacuar.

A história oficial e o que de fato aconteceu faz do Brasil mais um país do quem uma nacão, e a chamada Ordem e Progresso se dá mais e ainda, no grito.".

José Eugênio Maciel, cidadão mourãoense, professor, sociólogo, advogado, escritor e fundador da cadeira 03 da Academia Mourãoense de Letras, cujo patrono é seu pai Eloy Maciel, escreve esta coluna no jornal e site Tribuna do Interior, em Campo Mourão.

Nota do Blog:  Originalmente, as colunas de José Eugênio Maciel não apresentam fotos. Nesta, o Blog inseriu uma imagem com seus pais Eloy e Elza, entendendo ser uma homenagem a sua mãe, citada na coluna em questão. Seus pais foram pioneiros na história da radiodifusão do Centro-Oeste do Paraná.



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