2 de mai. de 2022

ENTREVISTA DE DOMINGO: Regina Menin Gaertner

A professora Regina Menin Gaertner, paulista de Monte Mor, mourãoense de coração durante 36 anos e atualmente residindo em São Paulo, é  a homenageada deste mês aqui 
no Blog do  Ilivaldo Duarte  na tradicional ENTREVISTA DE DOMINGO.
"Meu marido queria montar sua clínica fora da Capital e fomos para Campo Mourão, onde a
cabei construindo uma profícua e longa passagem. Os meu filhos tiveram uma infância extremamente saudável na cidade pequena, o que provavelmente não teriam conseguido na grande São Paulo", diz a professora, que foi lecionou por quase duas décadas na Fecilcam e exerceu a presidência da Fundação Cultural de Campo Mourão durante o mandato do prefeito Augustinho Vechi.   
A homenageada valoriza a família, cultiva as amizades e está sempre pronta a ajudar o próximo. "Sou leal, comunicativa, curiosa em aprender sempre e participativa; enfim, gosto e vivo de bem com a vida. Ah, adoro conhecer o mundo", afirma Regina Gaertner, que em maio será a mais nova comendadora mourãoense com a entrega da Comenda "Vida e Liberdade", da Academia Mourãoense de Letras.

QUEM É REGINA MENIN GAERTNER? Sou filha de Irineu Menin e Lázara Pimentel Menin, viúva  de Raul Cezar Gaertner, falecido em primeiro de dezembro de 2010. 
Casamento no civil: presença da família
Nasci em Campinas (SP), mas registrada em 21 de fevereiro de 1946, na localidade de Monte Mor, porque era onde residia minha família.
Nota do Blog: O primeiro registro do nome Monte Mor - cidade na região metropolitana de Campinas (SP) que tem mais de 57 mil hatitantes-, foi encontrado em um documento de venda de um sítio que levava este nome e pertencia ao Barão de Monte Mor. A fazenda tinha este nome devido a um monte existente no local. Este monte era o maior da região e por isso ficou conhecido como o Monte Mor. Na primeira metade do século XIX, a principal atividade econômica da Freguesia de Água Choca era a cultura da cana-de-açúcar. Na metade do século, o café começou a ganhar espaço nas fazendas.
 Tenho três filhos: Guilherme, Fernando e Ricardo...
e ainda sete netos -  por ordem cronológica: Luíza, Felipe, Francisco, Lara, Beatriz, Cleo e Raulzinho. Atualmente moro em São Paulo, capital.
COMO SE DEFINE? 
Sou bem família, cultivo e prezo os meus amigos e estou sempre pronta a ajudar o próximo; sou leal, comunicativa, curiosa em aprender sempre e participativa; enfim, gosto e vivo de bem com a vida. Ah, adoro conhecer o mundo!
COMO ACHA QUE OS OUTROS TE VÊEM?  Hoje,  tenho a certeza de que, aqueles que bem me conhecem podem confirmar essa visão que eu tenho de mim mesma.
ONDE FOI SUA INFÂNCIA? Meus pais se mudaram para o interior do estado de São Paulo quando eu ainda era bem pequena e cresci em Marília. Passei minha infância e adolescência em Marília, cidade (foto) que guardo no meu coração. 
Convivo até hoje com vários amigos da minha juventude, nutrindo uma amizade de mais de 60 anos. Somos um grupo até grandinho que vivemos em São Paulo e nos encontramos constantemente.
Regina tem saudades dos amigos... de ontem e  hoje.
ONDE ESTUDOU E QUE CURSOS FEZ? Fiz o primário, ginásio e colegial em Marília e quando  estava no
segundo ano da faculdade de filosofia me transferi para São Paulo. Me formei em ciências sociais na Universidade de São Paulo, em 1970, em época politicamente conturbada no Brasil, e como todo jovem participativo era agitadora, principalmente por fazer parte daquele ambiente universitário em que vivia. 
Durante esse período entrei por concurso no Banespa e ainda lecionava OSPB no período noturno de um ginásio bem longe de onde eu morava.
N
essa época (Junho de 1971) comecei a namorar o Raul e em dois meses de namoro ele me pediu em casamento. Levei o maior susto, mas aceitei e no dia 2 de outubro de 1971 nos casamos. 
Em outubro de 1973 nos mudamos para Campo Mourão - já estava com um filho, Guilherme e  outro para nascer, o Fernando em 18 de janeiro de 1974 e o  terceiro, Ricardo, que nasceu em junho de 1975, em Campo Mourão. Ricardo é
 
o único mourãoense de origem, em que pese todos os três o serem de coração. Apesar de estarem fora já há muito tempo conservam uma profunda ligação com a cidade e a história que tiveram nela.
CONTE UM POUCO SOBRE SUA CHEGADA EM CAMPO MOURÃO: Nossa mudança para o Paraná foi uma escolha do meu marido, pois ele queria fazer clínica como médico oftalmologista no interior, porque achava a vida em São Paulo muito difícil para se viver e criar os
filhos. Eu apenas o acompanhei e acabei construindo uma profícua e longa passagem em Campo Mourão. Além disso, os meninos tiveram uma infância extremamente saudável na cidade pequena, o que provavelmente não teriam conseguido na capital. Eles estudaram, com destaque para a escola Pequeno Polegar da tia Matilde,  praticaram futebol de salão na Tagliari,  judô com o  professor Matsumi (foto acima), natação, escola de inglês, curso de matemática com a professora  Ivone Brascka (A primeira na imagem abaixo juntamente com renomados professores diretores do Colégio Estadual em Campo Mourão). Fizeram grandes amigos com os quais, a exemplo da mãe convivem até hoje.
COMO FOI SUA VIDA PROFISSIONAL EM CAMPO MOURÃO? Durante seis anos me dediquei a criar os filhos (Três meninos e  não foi fácil). Em 1978 surgiu uma vaga na antiga Fecilcam para ministrar aulas de sociologia.  Como não nasci para ser apenas “dona de casa”, orgulhosamente retornei à minha vida profissional. Lembro que, de tão eufórica que estava, ao entrar numa sala com 60 alunos adultos do curso de Administração de Empresas, ao escrever no quadro negro, o giz não parava na minha mão, de tanto que eu tremia. De costas para os alunos eu contei até dez, assumi o controle e dei minha vida para aquelas aulas. Cinco anos depois vi o reconhecimento do meu esforço quando os alunos me escolheram para ser a paraninfa geral dos formandos. Disputei com o prefeito da época, o estimado professor Pochapski (Foto).
Fui a primeira professora, mulher, paraninfa geral (foto abaixo) de formandos da então Fecilcam. Infelizmente, meu nome não consta na galeria de paraninfos daquela instituição, por alguma razão que nunca entendi. Independente disso, sou lembrada constantemente por ex-alunos, fato este que me deixa muito honrada e explica a resposta que dei no começo desta entrevista: “Que legados gostaria de deixar para os outros?” O exemplo de alguém que sempre procurou dar o seu melhor.
Sinto-me bastante honrada por ter me dedicado por 15 anos à Fecilcam como professora de sociologia e antropologia.
Entrei na Fecilcam em 1979 e me desliguei em 1994. Durante esse período, me engajei na campanha para prefeito do Augustinho Vecchi em 1988. Ele foi eleito e me convidou para assumir a presidência da Fundacam, onde iniciamos o sonho do Teatro Municipal em Campo Mourão. Aceitei o convite e durante os quatro anos de sua administração eu também dei o meu melhor.
Foi um tempo de muitas realizações e conquistas, afinal eu estava no meu habitat. Tenho cá comigo que foi uma época bastante especial na minha vida e guardo com carinho os amigos que fiz naquela instituição.
ENTÃO, FORAM MUITOS OS DESAFIOS? 
Sim, os   desafios foram muitos, o universo do serviço público é
imprevisível, cheio de surpresas, mas sobrevivi a tudo, graças à essa minha vontade de sempre ir em frente e também graças à equipe de funcionários que vestia a camisa e trabalhava por amor e com muito profissionalismo. Não posso nominar para não correr o risco de cometer alguma injustiça me esquecendo de alguém, mas ali havia gente, e ainda há, que era uma verdadeira pérola como ser humano e consequentemente pérola também para o trabalho.
Novamente, recebi o reconhecimento por um trabalho
que mudou a “cara” da cultura da nossa cidade, através da construção do teatro que nos foi concedido pelo Requião (Roberto Requião, governo do estado à época).
Campo Mourão hoje se orgulha desse ícone, o teatro,  que a diferencia como cidade que não só promove eventos, mas principalmente oferece oportunidade de expressão aos consumados e talentosos artistas da região provocando uma simbiose entre o agente e o receptador do ato cultural.  Através da arte também se amolda e propicia crescimento a um povo.
Minha eterna reverência à Fundação Cultural de Campo Mourão e aos grandes amigos que fiz naquela instituição.
Ressalto  ainda que, por conta do teatro municipal como resultado do meu trabalho na Fundacam, recebi em 2021 a comunicação de uma homenagem a mim, que será feita pela Academia Mourãoense de Letras - essa respeitável instituição que congrega as maiores personalidades da cultura de Campo Mourão. Irei receber em maio a Comenda Vida e Liberdade (foto) - uma honraria  que ainda não recebi por conta da pandemia, mas aguardo ansiosamente a realização do evento.
COMO FOI FAZER O CURSO DE DIREITO E VOLTAR A ESTUDAR? 
Foi uma época bastante especial e cursei  Direito na primeira turma da faculdade Integrado. Reviver os tempos de universidade como estudante me revigorou imensamente, além dos novos e diletos amigos que conquistei. Tivemos excelentes professores que também se tornaram grandes amigos. Foram cinco anos de um verdadeiro “oásis” cultural e social. A experiência de sentar no banco escolar como aluna e não como professora foi uma grande surpresa para mim: tenho dois momentos internos, o antes e depois do curso de Direito. Curvo orgulhosamente para essa fase da minha vida.
Como atividades paralelas, deixei ainda para Campo Mourão a loja Antonio José, criada por mim em 1991 - hoje um  diferencial no comércio da cidade e da região. Além disso, deixo alguns jardins de minha autoria como resultado de em uma época, em que dediquei ao paisagismo. Como veem, em 75 anos de vida dá para fazer muita coisa! kkk.
O QUE FAZ HOJE? Em novembro de 2009, eu e minha família fomos devastados com o triste diagnóstico de
que o Raul contraíra um tumor no pâncreas. Mudamos para São Paulo com a decisão de dar a ele um tratamento adequado à gravidade da doença. Meus filhos já estavam radicados nessa capital há muitos anos, de maneira que puderam dar toda a atenção necessária ao pai no término da sua vida, que em dezembro de 2010 faleceu.
Vivo em São Paulo e continuo na ativa, trabalhando nas minhas artes: adoro fazer bolsas, costurar roupas e afins,  fazer vários modelos de cases, bijus, etc, enfim, muita coisa de arte manual que me preenche o tempo de uma forma bem produtiva. adoro inventar e reinventar!
Participo bastante e sou presente na vida dos meus netos - são sete que vão da idade de 4 até 16 anos. Eles me revigoram e me fazem feliz demais. Tenho no meu apartamento uma placa escrita: “Na casa da vovó pode tudo!” e ainda digo que comigo é “Zona franca”! Não há proibição, a não ser o que pode causar algum perigo.
Tenho também algumas “Minas de tesouro”, kkk - um armário só com guloseimas e outro com badulaques do interesse deles; e com isso, crio nas crianças aquela vontade constante de vir para a casa da avó.  Claro que pago um preço com os meus filhos e noras, eles não
gostam muito porque dizem que eu estrago as crianças e me “puxam a orelha”. Faço ouvidos de mercador. O que importa é a felicidade das crianças e a cumplicidade com esta orgulhosa avó.
Perto do natal, reúno todos para montarmos a árvore natalina. Mas, não penduramos enfeites. Os enfeites são chocolates e guloseimas, e eles mais comem do que enfeitam. Dizem que é o dia mais feliz do ano para eles.
Tenho como hábito reunir as amigas de Campo Mourão de vez em quando aqui na minha casa para matarmos a saudade, jogarmos conversa fora e badalarmos pela cidade. É uma recarga de bateria emocional muito importante para nossas vidas.   Com a pandemia isso paralisou um pouco, mas estamos ansiosas para nos reunirmos novamente!
COMO FOI CONVIVER COM ESTE PERÍODO DE  PANDEMIA? Com relação à pandemia nunca me alterei. Encarei normalmente, sempre tendo na minha cabeça que nunca pegaria esse vírus. E com os devidos cuidados procurei levar vida normal. Para isso foi fundamental que eu eliminasse os jornais de TV funestos e
marronzistas, como diria Odorico Paraguaçu – personagem vivido pelo ator Paulo Gracindo (foto). Além do que já tomei as quatro doses da vacina, portanto estou bem protegida, tanto física quanto mentalmente.
Perdi amigos pela doença e me comovo com as inúmeras mortes ocorridas. Penso que essa pandemia foi uma catástrofe mundial passível de acontecer na vida. Não tem como fugir dessas tragédias, infelizmente.
Além disso, devo ressaltar o prejuízo econômico e social que afetou muita gente, de uma forma lamentável. Pais de família que perderam seus empregos, crianças e adolescentes prejudicados pela ausência na escola, estabelecimentos comerciais encerrando suas atividades, segmentos profissionais à mercê do vazio, a fome campeando pelas ruas, etc.
Foi uma calamidade sem tamanho, uma tristeza imensa, incomensurável. Foram dois anos perdidos que marcarão para sempre as gerações que os viveram! Serão contados por séculos e séculos. Cicatrizes que nunca desaparecerão e .. vida que segue!
O QUE MUDOU NA SUA VIDA COM A TECNOLOGIA?
 Os benefícios do avanço da tecnologia são indiscutíveis. Não entendo como a gente pode viver sem eles. A vida se tornou muito mais fácil e simples de se viver com a ajuda da internet e dos potentes celulares, além dos “milagres” que ela promove. O mundo hoje não tem fronteiras mais. Só sinto meus pais não serem vivos, pois gostaria de ver a expressão de espanto deles diante de tanta coisa sofisticada.
O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA MERECE ALGUMA REFERÊNCIA ESPECIAL? Com esta pergunta, eu vejo a oportunidade de contar algo bastante pessoal: quando
tinha 12 anos me apaixonei pela primeira vez. Ele tinha 14 e era cobiçado por metade das jovenzinhas de Marília, de tão lindo que era. O tempo passou, cada um seguiu seu caminho e 59 anos depois, em outubro de 2016, eu e ele viúvos, nos reencontramos através da “milagrosa” internet, que me trouxe o presente de reviver  essa paixão. Esse namorado que eu tenho hoje foi o  primeiro e será o último amor da minha vida. Na imagem acima de Regina na sua juventude. 
QUAL DECISÃO MARCOU SUA VIDA?  Olhando para trás, vejo que a decisão que eu tomei na minha juventude de estudar e viver sozinha em São Paulo foi um marco na minha vida. Não foi fácil sair do aconchego da casa dos meus pais e enfrentar os desafios da cidade grande. E isso eu fiz conforme a
minha vontade, indo até contra a vontade deles. Para tanto, prestei um concurso no Banespa, passei e comecei a trabalhar. Ganhava o meu dinheiro para o meu sustento e dessa forma meus pais não tiveram argumento para me proibirem de sair de casa. Daí me formei, conheci o meu marido, me casei e minha vida tomou outro rumo. Penso que se tivesse ficado em Marília, a minha história teria sido outra: melhor ou pior? Quem sabe, bendigo o dia que tomei essa decisão.
MELHOR TURMA ONDE TRABALHOU OU CONVIVEU? Em termos de convivência humana, meu melhor tempo de trabalho foram os quatro anos da Fundacam. Éramos em torno de 60 funcionários em um ambiente bastante enriquecedor. Seguindo, ressalto a rica experiência e os amigos que tive durante os cinco anos que cursei Direito no Integrado. 
Nota do Blog:  imagens abaixo da Regina com seus colegas da turma A, uma das três primeiras da história do curso de Direito da Faculdade Integrado em Campo Mourão, cujo início foi em junho de  2001 e conclusão em janeiro de 2006.  
Não posso esquecer
também do tempo em que eu era proprietária da loja Antônio José e da convivência interna que tínhamos: eu e os meus funcionários, com destaque para a Angelita (foto), que ainda permanece na loja hoje como uma das proprietárias. No trabalho caseiro, o meu relacionamento com minha funcionária doméstica Nedina, que se tornou uma grande e leal amiga. Além disso, preciso registrar os diletos amigos que fiz durante os 36 anos em Campo Mourão e que continuam eternos  no meu coração. São vários e são inesquecíveis.
COMO OBSERVA O INTERESSE DOS CIDADÃOS? O mundo está muito dividido entre o bem e o mal. Grandes e importantes conquistas são determinadas pelos homens de bem, ao passo que infelizes tragédias advém dos homens do mal. Resta à nós escolhermos qual caminho seguir e darmos nossa contribuição para que o bem prevaleça sempre.
COMO ESTÁ A CULTURA MOURÃOENSE?  Acredito que a semente plantada durante o período de 1989 a 1992 pela Fundação Cultural germinou e criou raízes. Esse processo será contínuo e o seu caminho dificilmente será desviado.
CITE TRÊS PERSONALIDADES EM CAMPO MOURÃO.
São inúmeros os mourãoenses que admiro e tenho como exemplo. Entre eles, destaco:
Augustinho Vecchi, um ícone da política de Campo Mourão; Cida Freitas, aquela que sabe trabalhar bem com as palavras; Marcos Kunzler, o grande empreendedor.
SER PROFESSORA É JEITO OU DOM? Ser professora é antes de tudo um dom, mas esse dom tem que ser aprimorado com profissionalismo e a determinação de fazer o melhor possível.
QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO? 
Como boa brasileira, gosto de futebol, mas somente durante campeonatos para poder torcer para o Brasil. Em 2014, por ocasião da Copa do Mundo, estava em Paris quando o Brasil perdeu a final por 7 a 1. Que tristeza! Mas, quando alguém tentava fazer bullyng comigo eu dava de ombros e dizia que não me importava o torneio, mas por dentro só Deus sabe. Pessoalmente nunca tive aptidão para esportes. Fui uma negação em tudo que tentei aprender.
TIME DO CORAÇÃO? ÍDOLO? time do coração? o dos meus filhos, o tricolor paulista, mais conhecido como São Paulo, graças a benéfica influência do nosso grande amigo, tio Marcos Corpa (foto).  
Gosto do Raí.
Por uma feliz coincidência, a filha dele foi coleguinha de um dos meus netos na escola. E nas festinhas eu o via e já pedia permissão para foto. Ele, sempre muito simpático nunca se negou para os registros ao meu lado!

São Paulo Futebol Clube - Em pe: Cafu, Rogério Ceni, Oscar, Dario Pereyra, Mineiro e Leonardo; 
Agachados: Muller, Pedro Rocha, Careca, Raí e Canhoteiro. Técnico: Telê Santana. 

ÉTICA É.... o exercício da lealdade e do caráter.
MÚSICA?  I can´t take my eyes of you.
ARTISTA? Engin Altan Duzyatan, da série turca “Ertugrul, o grande guerreiro otomano”.
AUTOR? Gabriel Garcia Marques.
LIVRO? Amor nos tempos do cólera.
UM EVENTO INESQUECIVEL? Meu sabático, que me levou a viajar por seis meses consecutivos.
QUEM É EXEMPLO? Exemplo para mim é a mãe que consegue sobreviver depois de perder  um filho.
FAMÍLIA É.... o pódio da felicidade.
 

RELIGIÃO... 
espiritualista.
UM MARCO NA SUA VIDA... a decisão de me mudar para São Paulo, quando jovem.
UMA ESPERANÇA.... um Brasil melhor.
UM SONHO... ainda que utópico, viver em um mundo com mais igualdade social e menos injustiças.
SAUDADES..... daqueles que eu amei e que não estão mais entre nós.
SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO O QUE JAMAIS TERIA FEITO? Se  pudesse voltar no tempo algumas coisas teria feito diferente, mas nada de maior importância que tivesse alterado a minha trajetória. Talvez tivesse vivido mais em paz. A maturidade nos faz mais tolerantes e sábios diante das adversidades e assim, por consequência, a gente vive melhor.
QUAL VIAGEM GOSTARIA DE FAZER? Ainda preciso

conhecer, pelo menos o Egito, Israel e África do Sul para visitar um safári (adoro bichos). 
Haja saúde e disposição física.
- Nota do Blog: na imagem ao lado, para incentivar o seu projeto. 
Gosto de registrar através de fotos, pessoas bonitas e extravagantes. Devo ter umas 400 fotos desse tipo e penso até em editar em livro, mas este é projeto para um futuro próximo.






QUAL SEU PROJETO DE VIDA? Meu projeto pessoal de vida é e sempre foi viajar. Mas, não como turista e sim viver como uma cidadã comum no lugar para onde
vou. Meu marido também gostava muito, foi meu grande companheiro nessa empreitada, portanto sempre foi nosso maior divertimento.
Em 2014, já viúva, fiz um sabático, era um sonho meu. Fiquei seis meses viajando, comecei na França, corri vários países, fui parar na Índia e no Nepal! E sozinha, na maior parte do tempo. Foi a melhor experiência que tive e que me fez tornar a pessoa que sou hoje. Na França comprei uma carta sênior do TGV (Trem) que me dava 50% de desconto nas passagens. Onde o TGV ia eu comprava uma
passagem e lá ia eu toda, toda. Punha o alarme do celular para tocar na estação que ia descer e pronto. Certa vez, o alarme falhou e eu passei direto. Fui parar em outro lugar, bem distante do planejado. Kkk.
Antes da pandemia descobri o gosto por conhecer melhor a Ásia. Uma descoberta e tanto: Vietnã, Camboja, Tailândia, Cingapura, China, Japão, etc. São culturas bem diferentes da nossa e é exatamente isso que torna a viagem bem interessante. Faço coleção de copinhos pequenos, daqueles para aperitivo e sempre compro um no país em que visito. São quase 200 países no total e eu tenho 57 copinhos, quer dizer, conheço pouco mais de um quarto deste nosso vasto mundo.
CAMPO MOURÃO NA SUA VIDA. Campo Mourão na
minha vida foi tudo de bom, onde me realizei como esposa, mãe, professora, aluna, além de ter conquistado um vasto rol de boas e verdadeiras amizades. Enfim, foi onde vivi a maior parte do meu tempo, foram 36 anos de muito mais alegria do que tristeza, de muito mais felicidade do que incerteza, de muito mais realizações e poucos e leves fracassos.
Nota do Blog: Regina, acima alguns dos pontos turísticos da nossa bela Campo Mourão para matar um pouco da sua saudade.
QUE LEGADOS QUER DEIXAR? Espero ser exemplo para os meus filhos, meus netos, parentes e amigos, de alguém que deixará saudade ao ser lembrada, assim como eu me sinto quando me lembro daqueles que amei um dia e que hoje não estão mais neste plano.
SER CONVIDADA PARA ESTA ENTREVISTA FOI... Uma grande honra que me deixou muito feliz. Ressalto aqui a importância deste projeto  que preserva a história de Campo Mourão. Parabéns Ilivaldo Duarte, pela nobre iniciativa.
RECADO AOS LEITORES. Nesse “filme” que eu fiz da minha história, graças à essa feliz entrevista, espero ter deixado algum exemplo para aqueles que, como eu, amam e prezam o maior bem que possuímos, a vida.


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