16 de out. de 2021

ENTREVISTA DE DOMINGO: diácono José Pereira, da Catedral São José, em Campo Mourão

O diácono permanente na Catedral Diocesana São José, em Campo Mourão, José Pereira, é o homenageado deste fim de semana na ENTREVISTA DE DOMINGO aqui o Blog do Ilivaldo Duarte. Quando ele retornou do Norte do país, para Campo Mourão em 1992, participou  pela primeira vez de uma experiência de oração em encontro da RCC (Renovação Carismática Católica) para jovens. Daí em diante não parou mais e reencontrou o elo que religava a Deus. Em 1996, quis fazer uma experiência em seminário, pois sentia vontade de ser padre e foi para São Paulo. “Como houve um discernimento que não era este o chamado, retornei e comecei a atuar como Ministro da Eucaristia. 
Quando padre Ademar assumiu a Catedral, perguntou-me Aceite o convite, fiz a escola diaconal, os estudos, os escrutínios, e aqui estou”, afirma. Ele percebe que em muitas famílias que se dizem cristãs, não há o hábito de educar os filhos nesta fé. E assim, segundo ele,  cresce o número de pessoas carentes de Deus, e qualquer um que lhe apresente um “Deus” está propenso a ter um seguidor. 
Ótima leitura. Muita paz, fé, esperança, amor e tudo pela graça de Deus. Bom mesmo é ser feliz com Deus.
QUEM É JOSÉ PEREIRA?   
Sou um dos oito filhos do seu Joaquim Inácio Pereira, falecido há seis meses e da dona Maria Oliveira Pereira – sou o sétimo, sendo quatro homens e quatro mulheres. Nasci em um dia 7 de setembro no ano de 1966, em Campo Mourão. 
Sou casado com Laureci Santana Pereira há 23 anos e 8 meses. 
Temos um casal de filhos - Murilo Rafael, 22, e Ana Clara, 18.
Sou alegre, dinâmico, temente a Deus, amante da família, bom pai e esposo, e bom profissional. Sou uma pessoa de bem  com a vida.

ONDE E ONDE FOI SUA INFÂNCIA? Vivi até os 7 anos no sitio onde nasci, Bairro dos Inácio, hoje município de Luiziana, do ano de 1974 até 1978 vivi em Terra Boa, depois meus pais mudaram-se para Colorado do Oeste-RO. A infância foi barulhenta e divertida. No sitio de meu pai, eu e mais dois irmãos (um mais velho e outro mais novo), juntamente com alguns primos de mesma idade e os filhos de pessoas que moravam no sitio, vivemos muitos momentos alegres e de criança mesmo.
Num tempo onde não havia TV, a diversão era marcada pelas brincadeiras com a gurizada. Fazíamos nossos próprios brinquedos: cavalo de pau, carros feitos com tronco de mamoneira, carrinho com rodas de carretel (quando não tinha fazia de sabugo mesmo), carrinho com caixinha de fósforo, lata de óleo vazia ou de leite em pó.
Tudo era muito divertido, a essência principal era a inocência de cada criança, que se aglomerava somente para brincar e fazer as estripulias típicas.
Numa escola primária que havia em nosso sítio, no alto de uma colina bem em frente a capela onde meu pai fazia celebrações da Palavra (era Ministro da Eucaristia), fiz minha alfabetização cursando o primeiro ano. Não havia pré-escola no sítio. Minha primeira professora foi minha irmã mais velha, tinha dezessete anos na época. Era muito exigente e brava também, não tolerava brincadeira na sala.  A escola era simples e numa mesma sala estudavam alunos da primeira à terceira série. Não tinha sapatos para ir à escola, ora era um chinelo velho, ora era descalço mesmo, mas não importava. Era feliz, mas também era muito emburrado. Alguma coisa que contradizia minha vontade, ficava emburrado.
Minha casa tinha um depósito com a merenda que era servida no “recreio”. Muito escondidinho, uma vez, eu e meu irmão mais novo enchemos a colher do leite em pó integral e saímos comendo, mas devido sua consistência ele não era de imediato diluído, a boca ficava cheia de pó. E aquilo ainda grudava no céu da boca.
Lembro de um episódio deste tempo, quando minha mãe mandou meu irmão mais velho buscar água na mina. Meu pai tinha cavucado na boca da nascente de água e fez um poço. Não era profundo, mas para nossa idade era mais ou menos perigoso. Eu peguei uma chaleira e fui junto, não era muito longe de casa. O problema é que o irmão mais novo foi junto, de posse de uma chaleira também. Quando ele pegou a água com a chaleira, não aguentou levantar e o peso o levou pra dentro da mina. Ele afundou três vezes, na terceira vez que emergiu, meu irmão pegou ele pela camisa... foi um baita susto. Lembro até hoje.
No sitio do meu pai, tinha um grande pomar com as mais variadas frutas. Gostava no tempo da amora, tinha aquela amoreira silvestre, amoras grandes e vermelhas. 
A molecada espremia as amoras numa caneca e corria na mina, enchia e tomava como suco de amora. Era uma delícia.
Minha mãe levantava cedo para ordenhar as vacas, tinha umas poucas vacas de leite. Vez por outra ia junto, não chegava perto das vacas não, tinha medo delas. Mas gostava quando minha mãe me dava daquele leite quentinho, extraído na hora, eu tomava tudo com farinha de milho. Até hoje ainda gosto de leite com farinha de milho.
Mas nem tudo era brincadeira, Num final do ano, um pessoal de Campo Mourão se deslocou até nossa escola para aplicar os exames finais. O acesso não era fácil, e não chegaram no horário da manhã conforme era esperado. O tempo estava “meio de chuva”, fomos dispensados. Imagina, a gurizada saiu vendendo azeite às canadas. Pelo meio da tarde, chega ao sítio o pessoal da cidade para aplicação do exame. Agora você pensa, naqueles idos dos anos 1970, como juntar a piazada sem um meio de comunicação eficiente como temos hoje. Não me lembro como, mas o pessoal compareceu na escola. Apesar de contrariado, tomei um banho de gato e corri pra escola. Lembro-me que, para incentivar os alunos, as professoras da cidade levaram alguns brindes.
Terminados os exames, ficamos ali, aguardando os resultados. Da minha turma de primeiro ano, fiquei com a segunda melhor nota e ganhei um lindo vidro de talco da Cashmere Bouquet. Fiquei super faceiro com o presente.
Devido a dificuldades financeiras meu pai teve que  vender o sítio e no princípio de 1974 já estávamos residindo em Terra Boa - foto recente abaixo. Como parte da negociação do sítio, os compradores cederam uma máquina de limpar arroz com uma boa casa e várias datas na região denominada de “Vila” em Terra Boa. Na vizinhança, já tinham dois tios meus que eram irmãos de meu pai, que residiam ali há algum tempo.
A piazada era de fácil comunicação e não demorou muito para fazer novas amizades. Como o terreno era grande, onde havia a descarga da palha de arroz, fizemos um campinho de futebol. Isso era o chamariz para a garotada se reunir para brincar. O que não era bom, era quando à notinha, tínhamos que deixar as brincadeiras para tomar banho. A roupa estava cheia de palha de arroz, o banheiro ficava daquele jeito. Como a gente saia do banho sem limpar a bagunça, minhas irmãs vinham fazer a correção, ou mesmo minha mãe e o lombo ardia.
Fui matriculado, assim como meus dois irmãos, em uma escola que tinha não muito próxima, mas também não muito longe. Era conhecido por Grupão (era grande), mas o nome oficial era Grupo Escolar Monteiro Lobato. Ali, fiz a minha segunda série. A professora  Maria Alice Ferraz, era muito brava, mas muito inteligente. Sempre fui um bom aluno, com ótimas notas e entre os primeiros da classe. Na escola neste tempo não fazia bagunça não, era muito tímido e não gostava de falar em público, tinha vergonha. Na escola, as professoras me chamavam de “Zezinho”.
Na terceira série, mudou minha professora. Tive a grata satisfação de ter Maria Odila Franco, como professora, a qual gostava muito e era encantado por ela. Ela foi minha professora até meados da quarta série quando saiu para licença maternidade. Não me lembro o nome da professora que a substituiu. Acho que por perder a Odila, me recusei a guardar o nome da outra.
Na Vila, fluía todo tipo de brincadeira: 
carrinho de rolimã, futebol, betis, burquinha, pé-na-lata, esconde-esconde, varinha verde. A gente não tinha TV, os vizinhos também não.
O que tinha era uma rádio vitrola, onde todo dia se ouvia o “Zé Bétio” – Rádio Record-...
Para ouvir e rever o Zé Bétio, 
copie ou acesse: 
https://youtu.be/7EJYk-gc4c0

Ele faleceu em 2018, aos 92 anos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_B%C3%A9ttio
e a “Turma da Maré Mansa” na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro - programa de piadas, com grande sucesso também na Rádio Globo.....

https://youtu.be/nw18NnLhjZw

.... e ainda tinha tempo para as Rádios-Novelas. Lógico que estes programas ficavam por conta dos mais velhos, eu não tinha interesse nisso não, e as brincadeiras falavam mais alto.
Da “Vila”, tivemos que mudar para outra casa, na saída para Maringá. Meu pai vendeu a máquina de arroz e trocou pela casa aonde nos mudamos. Meus irmãos mais velhos estavam todos casando e sobravam os três menores. Desta casa nos mudamos para outra,  próxima ao clube social.
MUDANÇA DE ESTADO - Nesta ocasião, meu pai resolveu que iria para Rondônia. Isso era em  1978. 
O Incra estava distribuindo terras naquela região - ainda inóspita do Brasil-, e meus tios (seus irmãos) já tinham ido embora. Após seis meses que meu pai tinha ido nós também fomos.  Eu, meus irmãos e minha mãe, juntamente com outro tio (irmão de minha mãe) que estava indo embora também, mas para um pouco mais adiante, para Rio Branco no Acre.
Embarcamos com tudo o que podíamos levar no ônibus, na
rodoviária de Maringá, com destino a Cuiabá. O ônibus era bom, tinha asfalto até a capital do Mato Grosso. Chegando lá, tivemos de pernoitar na cidade para aguardar outro ônibus para Vilhena, que sairia no dia seguinte. O ônibus era próprio para o percurso que faria - estrada toda de terra, bom bancos de areia onde o  ônibus afundava e ficava encalhado. Assim passamos três noites na Rodovia BR-364 com ônibus atolado na areia. Finalmente, ao anoitecer do
quinto dia, após saída de Cuiabá, entramos no Cetremi em Vilhena (Centro de Acolhimento do Imigrante), onde os viajantes também recebiam vacinas contra as doenças tropicais.
Pernoitamos em Vilhena e na manhã seguinte embarcamos para Colorado do Oeste, onde meu pai nos aguardava.
Foi grande a alegria em rever os tios, primos, outros parentes e meu pai. Estava bem magro pelo serviço pesado no enfrentamento das dificuldades em busca de uma terrinha para ter onde plantar. Estava trabalhando numa área afastada que havia recebido para exploração, que pertencia ao município. Colorado nesta época, era distrito de Vilhena (distava 120 km) e tudo era dificultoso.
O povoado vivia de pequenos “boliches”, como eram chamadas as vendas de secos e molhados, e pelo pessoal do Incra, que tinha residência na região.  As casas destes funcionários eram todas bem destacadas, construídas em um único local - hoje seria um condomínio, mas com cercas de arame liso.
Em Colorado, a brincadeira era ir aos rios (tinha água  pra todo lado), jogar uma bolinha, esconde-esconde (mato também não faltava para esconder). Enfim, minha infância e inicio da puberdade foi divertida, e não faltavam companheiros para arrumar o que fazer.
No princípio dos anos 1980, meu pai adquiriu uma posse (imóvel rural que não era legalizado pelo Incra, que as pessoas exploravam e se diziam “donos”.) De umas
reservas que tínhamos, foi feita a aquisição do terreno, e meu pai juntamente com meu irmão mais velho e um primo foram começar uma área de plantio. O trajeto era difícil, a maior parte era feita a pé, em meio a picadas pelo meio da mata virgem, carregando um “cacaio” com os mantimentos para aproximadamente 15 dias - Cacaio era uma espécie de mochila, feita com um saco de estopa ou branco, onde as alças era uma calça com a boca amarrada ao fundo da saca e o cós amarrado à boca.
Após dois dias da chegada ao local, quando estava sendo erguido um barraco para abrigo, foram cercados por jagunços de um fazendeiro, dizendo que estavam invadindo suas terras. Levaram os três para a Sede onde haviam mais pessoas nas mesmas condições, presas por estarem “invadindo” as terras do fazendeiro. Os três ficaram em abrigos diferentes para não haver fuga, pois, se um quisesse fugir, os outros dois sofreriam as consequências. 
Um outro refém conseguiu fugir do local, e após alguns dias perdido na mata chegou a um povoado informando sobre o ocorrido, Daí viemos saber do fato. Tivemos auxílio do pessoal da Igreja, na pessoa do Padre Frei Luiz, do pessoal da liderança da Paróquia. Meu pai já era conhecido no então distrito de Colorado do Oeste. Lembro que muitas reuniões com autoridades foram feitas, muitas orações e novenas.
Em um domingo, passados mais ou menos 15 dias da notícia recebida, estávamos indo à missa e encontramos o pai, meu irmão e meu primo, que estavam chegando em casa de carona num Jeep. Foi muita alegria vê-los sãos e salvos. Naquela noite reuniram-se em nossa casa o pessoal
que tinha rezado por eles. Foi feita uma “reza” a Nossa Senhora da Conceição (muito evocada no período) em ação de graças pela soltura deles.
Neste tempo, eu e meus irmãos ajudávamos nosso pai na exploração da chácara que ficava mais ou menos cinco quilômetros de casa. Era feito o cultivo de arroz, milho e feijão. Tudo feito de forma braçal, capinando para limpar a terra para o plantio, depois plantava com a máquina manual, fazia uma ou duas limpezas antes da colheita, capinando toda a área. A colheita também era manual. O arroz e o milho eram usados trilhadeira (foto), mas o feijão era utilizado o cambão mesmo.
Trilhadeiras: máquinas utilizadas para beneficiar grãos: debulhar; descascar e trilhar cereais.
Apesar de todas as dificuldades, lembro que a gente cantava enquanto trabalhava. Tá certo que tinha hora que a gente desejava estar longe, nas brincadeiras do tempo de criança. Mas já tinha 14 para 15 anos, e não tinha como deixar mais o pai sozinho.
PRIMEIRO EMPREGO - Mas quando tinha 16 anos, deixei de trabalhar com meu pai na roça e arrumei um emprego na cidade. Fui substituir um primo meu que era o secretário da Paróquia. Meu primeiro emprego foi como secretário paroquial, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Colorado do Oeste, em 1982, onde fiquei com os padres até fim do ano de 1984. - abaixo, foto atual.
Daí nos mudamos para a cidade de Cerejeiras, por ficar mais próxima de um sítio que meu pai havia pego do Incra no processo de colonização. - fotos mais recentes abaixo.
Em Colorado, eu e meu irmão mais velho jogávamos futebol em um time da cidade, formado por adolescentes até 18 anos. O nome do time era Sociedade Esportiva Nova Geração (Seng),  “fundador” do time era palmeirense, daí o “Sociedade Esportiva”. Tinha o apelido de Telê, por ser o técnico do time também. O nome dele é Sebastião Ribeiro, que vive hoje em Corumbiara (RO). Em Cerejeiras, no inicio do ano de 1985, tinha 18 anos e comecei a trabalhar no Banco Bamerindus do Brasil... “Esse Bamerindus..!
AMIZADE ETERNA - Cerejeiras marcou uma época boa, porque fiz amizades que perdura até os dias atuais. Na escola, tinha um grupo de amigos formado por mim, meu irmão mais novo Cláudio, Jones, Edmilson (além da escola trabalhámos juntos no Bamerindus), e Leodemar. Em 2019, depois de um longo tempo nos reunimos em minha casa aqui em Campo Mourão - menos o Leodemar, que ainda não tínhamos encontrado. O reencontro foi marcado por uma boa festa. Hoje temos um grupo no WhatsApp onde nos comunicamos diariamente.
Por trabalhar no banco, fazia muita amizade. Também por ter equipes de Cerejeiras no campeonato em Colorado, logo fui convidado a jogar no time do Guaporé, um dos principais da cidade. Vários campeonatos disputei pelo Guaporé, mas também joguei em campeonatos de Society e futebol de salão (nestas duas modalidades joguei mais pelo time do Pascuti – era proprietário de um escritório de contabilidade na cidade, que adorava futebol) e tivemos muitas conquistas com troféus e medalhas nestas equipes. Foi um tempo bom, de verdade deixou saudades.
COMO ENTRA SUA ESPOSA NA HISTÓRIA DA SUA VIDA?  Conheci a Laureci com 18 anos, no grupo de Jovem Maranatha, na Catedral São José, em Campo Mourão, no ano de 1995. Terminamos o namoro após um período e fui
para São Paulo, onde fiquei um ano no Seminário, até 1996 - Foi um ano muito bom, de discernimento e escuta de Deus e ao final do ano, apesar de todos os amigos seminaristas e mesmo o Superior não querendo, voltei para casa - Lembro que os amigos que foram comigo até o terminal da Barra Funda ficaram chorando, pois gostavam mesmo de mim.
Mas, como conversei com meu amigo Cláudio Dias (foto), hoje padre, pároco da Paróquia Bom Pastor em Santo Amaro, zona Sul de São Paulo, não era para ser ordenado. Não sentia o chamado para esta vocação.  
Então voltei para casa. E depois de um tempo, voltamos a namorar e acabamos nos casando no ano seguinte. Tem sido bom, porque trabalhamos juntos na Pastoral Familiar da Catedral São José, desde  antes mesmo de nos casarmos. Durante meu processo de formação na Escola Diaconal, ela e minha filha me ajudaram na digitação de meus trabalhos. 
REFÚGIO - Há uma grande parceria envolvida, no trabalho de pastoral, doméstico e profissional. Nestes tempos de pandemia, enquanto muitos casais separam-se por motivo que não tem o costume de ficar tanto tempo juntos,  sou o contrário. Gosto muito de ficar em casa. Se não tenho atividades extras a fazer, minha casa é o meu refúgio. Vez por outra mexo em minhas plantas no quintal, na horta, coisas assim. 
Quero viver até o término de meus dias em minha casa, em companhia de minha família. Pode ser que não seja a melhor do mundo, mas foi a que Deus me ajudou a construir, e com seu auxílio creio que iremos longe. 
ONDE ESTUDOU? A 1ª série na  Escola Municipal Carlos Chagas, no sitio de meu pai. Da 2ª a 4ª série no Grupo Escolar Monteiro Lobato (Terra Boa – PR). Da 5ª até  metade da 7ª série  no Colégio Estadual Prof. Léo Köhler (Terra Boa – PR). A 7ª série (segunda metade) e 8ª na Escola Paulo de Assis Ribeiro (Colorado do Oeste – RO).  O 2ª Grau no Colégio Estadual Manuel Bandeira (Colorado do Oeste – RO).
Em 1996, por um ano, estudei Filosofia no Instituo Superior de Filosofia São Boaventura  em São Paulo (SP).  De 2010 a 2014, fiz o curso de Teologia na Escola Diaconal Santo Estevão em Campo Mourão (PR).
De 2018 a 2020, graduação em Teologia Católica pela Uninter, Pólo de Campo Mourão, que ainda está em andamento, devido a pandemia e falta a  apresentação do TCC. De 2019 a 2021,  ainda em andamento, a especialização em Catequese pela FAV – Faculdade Vicentina de Curitiba.
CONTE-NOS UM POUCO DA SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL. Em 1982 iniciei na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Colorado do Oeste (RO), como secretário paroquial. Em 1985 ingressei no Banco Bamerindus do Brasil, em Cerejeiras (RO), atuando nas cidades de Cerejeiras, Rolim de Moura e Pimenta Bueno (RO), e
Manaus (AM), desligando-me em Outubro de 1992. 
Em 1995 na  TV a Cabo em Campo Mourão. Em 1998 na Viapar Rodovias Integradas do Paraná onde fiquei até  abril de 2003. De lá saí para trabalhar na Iguaçu Máquinas Agrícolas, concessionária de máquinas agrícolas John Deere, e atual M.A -Máquinas Agrícolas Ltda, sucessora da Iguaçu, em Campo Mourão.
O QUE MAIS GOSTOU DE FAZER PROFISSIONALMENTE? Gostava muito de trabalhar no Banco. Eram tempos mais difíceis que hoje, tudo era ainda manual. Mas era muito bom, como não tinha as distrações de hoje, o pessoal era muito unido. Para o trabalho e para a diversão.
O QUE FAZ HOJE? Gosto do que faço atualmente, trabalho no escritório administrativo da empresa, onde ocupo o cargo de analista de Processos Financeiros na M.A. Máquinas Agrícolas, representante da marca John Deere. O exercício diário das atividades compreende a análise e montagem de processos para financiamentos das
máquinas agrícolas que os clientes adquirem. Como trata-se de um equipamento de alto valor, a grande maioria é financiada com recursos do Finame através do BNDES. A fábrica tem seu próprio banco, mas há também os bancos parceiros. O  cliente pode fazer sua escolha, mesmo porque há a opção de buscar o crédito em seu banco de relacionamento. Hoje, qualquer que seja o estabelecimento comercial que desempenhe este tipo de atividade tem de ter em seu quadro funcional um representante bancário, que tenha sido aprovado em avaliação de aptidão para desempenhar a função. Na MA Máquinas, cabe a mim esta responsabilidade.
DESDE QUANDO É APAIXONADO PELA VIDA? Desde quando aprendi que viver é uma arte, e o autor da peça é Deus.
QUEM FOI O “CULPADO”? Se o termo “culpado” é referente ao casamento, não foi um, mas vários do grupo de jovens que participávamos nos anos 1990.
O QUE LEVA A GOSTAR DA SUA PROFISSÃO? O relacionamento direto com pessoas. Mesmo no ambiente de trabalho você encontra pessoas que precisam de uma boa conversa, sem prejuízo do serviço em si.
COMO É A SUA ROTINA? Levanto-me as 5h10 para preparar o meu  dia. Até as 6h40m faço minhas orações, preparo o
café da manhã (sempre sou eu que faço o café pela manhã), tomo café, chamo minha filha às 7h para o trabalho e vou trabalhar. Almoço em casa, com família reunida ao redor da mesa e oração de agradecimento todos os dias. À tarde volto para casa e vez por outra vou à missa em dias de semana, vejo aulas em vídeo de formação do núcleo de espiritualidade da Pastoral Familiar, faço os exercícios pertinentes a cada capitulo (a formação termina neste mês de outubro). Atendemos casais em preparação para o matrimonio, reuniões da Pastoral Familiar, do CPP da Paróquia, com os Ministros da Eucaristia, com os Acólitos...
QUANDO COMEÇOU SUA PAIXÃO PELA IGREJA E POR JESUS? Penso que desde cedo, já tinha uma “queda”. Mas teve um tempo de “aridez” espiritual, que teve um término quando voltei novamente para casa de meus pais,
e consequentemente, houve um retorno à casa do Pai do céu. A canção do padre  Zezinho - “Alô meu Deus” me faz lembrar isso. “Andei por mil caminhos, e como as andorinhas eu vim fazer meu ninho e tua casa e repousar – embora eu me afastasse e andasse desligado, meu coração cansado resolveu voltar”. O despertar da paixão se deu em um retiro de carnaval em  1993, daí em diante, já não tinha como abandonar mais.
COMO SURGIU A SUA TRAJETÓRIA COMO LEIGO, MINISTRO DA EUCARISTIA E DIÁCONO? Sou de uma família extremamente religiosa. Quando digo religiosa, é com relação àquilo que via acontecer à minha volta. Desde pequeno via meu pai (Ministro da Eucaristia) na capela que havia em nosso sitio e o esforço dele em fazer o bem. Cresci neste ambiente, aos 18 anos dava catequese na Paróquia Cristo Rei em Cerejeiras. É bem verdade que, quando saí de casa devido a transferência de agência, estava com 22 anos, mas numa cidade pequena ainda em desenvolvimento, mantinha os valores religiosos. Ao mudar-me para Manaus, a coisa mudou de figura. Longe de tudo, numa grande cidade, perdeu-se um pouco dos valores religiosos na questão de frequentar a missa, mas fazia orações em casa com vela acesa, meditação com a Bíblia.....
Ao sair do banco e voltar para casa, retornei a Campo Mourão (1992) e participei pela primeira vez de uma experiência de oração num encontro da RCC (Renovação Carismática Católica) para jovens. Daí em diante, não parei mais, pois reencontrei o elo que me religava a Deus.
ESCUTA DE DEUS - Em 1996, quis fazer uma experiência em seminário pois sentia vontade de ser padre, e fui para São Paulo. Foi um ano de muita escuta de Deus, entre o
estudo da filosofia, as atividades no seminário e serviço pastoral. Ali deixei muitos amigos, me lembro que quando falei com o padre superior que iria voltar para casa, ele ficou triste, era o padre doutor Gilberto Maria Defina (foto - https://noticias.cancaonova.com/igreja/padre-fundador-dos-salvistas-entrara-em-processo-de-beatificacao/), hoje, com processo aberto para sua beatificação. Como houve um discernimento de que não era este o chamado, retornei e comecei a atuar como Ministro da Eucaristia.
O tempo de um ano no Seminário em São Paulo foi determinante para Deus me conceder a amizade de uma pessoa muito especial – um jovem mineiro de Uberaba (MG), hoje padre Claudio, amigo que desde meu retorno para casa não se esquece de nenhuma data comemorativa e me encaminha cartas, sim cartas, hoje tão em desuso. Ele ainda perde tempo escrevendo carta, que me envia no Natal, na Páscoa e no meu aniversário. É uma amizade que também enche minha alma de alegria.
Quando padre Ademar (foto), assumiu a Catedral, São José em Campo Mourão, ele me  perguntou o que achava de estudar o diaconato permanente. Disse que sim, que seria uma boa. E a sim, o tempo passou (não me lembro quanto), até que recebi em minha casa a visita do diácono Arthur Baretta, de Araruna,  com o convite para fazer a escola diaconal. Aceitei, fiz os estudos, os escrutínios, e aqui estou.
SER DIACONO É JEITO OU DOM? QUALQUER UM PODE VIRAR DIACONO? O ser Diácono não é como uma profissão, onde você estuda e se capacita para ser um profissional. São duas situações que acontecem: o chamado e a resposta. Tudo na vida é um dom, uma aptidão. Já pensei em ser padre, mas nunca tinha pensado em ser diácono, até o dia do chamado. A partir deste momento, coloquei nas mãos de Deus para fazer o seu querer. O resto foi consequência do “sim”.
O QUE MAIS TE MOTIVA COMO LEIGO, MINISTRO DA EUCARISTIA E DIÁCONO? Deus acima de tudo, sem dúvida. Sou um apaixonado por São Paulo, e sempre digo isso em ocasiões de formação entre pastorais na paróquia. São Paulo nos ensina que tudo ele tem em conta de esterco em vista do bem maior: Jesus Cristo. Gosto do pensamento que, no final, “Tudo valerá a pena” por maior que seja a
dificuldade. Santa Paulina nos ensina a não desanimar “Mesmo que os ventos sejam contrários”.
Meu estilo é de viver a vida, gosto do jeito gostoso de gostar de viver. Sou muito família, mas não dispenso uma festa (Se minha família estiver incluída). Gosto de participar das festas às quais sou convidado. Penso que se sou convidado é porque a pessoa tem consideração por mim, desta forma retribuo com minha presença.
QUAIS OS DESAFIOS DO DIÁCONO?  Penso que o primeiro desafio é colocar antes do ser, o querer. Este querer vem de Deus que escolhe, chama, capacita, unge e envia. O primeiro desafio é fazer parte de dois chamados: Matrimônio e Ordem -  o testemunho vivido nas duas realidades, executar as duas tarefas, estar com um pé na vida laical e outra na ordem. Conciliar família e igreja, dizer não a certas atividades em detrimento da família.
COMO OBSERVA ATUALMENTE O INTERESSE DOS CRISTÃOS? A modernidade traz duas situações em meu entendimento: o apegar-se a Deus e o afastar-se dele. Há cristãos, aqui de um modo geral, a religião cristã, que tem cada dia mais a convicção que Deus é o criador de todas as coisas e veem a grandeza de Deus do “micro” ao “macro cosmos”. Mas isso vem de sua raiz, foi bem plantado em seu ser o gérmen de Deus.
Por outro lado, vemos uma ideologia nefasta que corrói,
destrói e agrega atrás de si uma multidão. Dentro mesmo dos círculos cristãos, existem tipos de pessoas que semeiam a discórdia, porque tem em si como princípio realizar tais atos.  Como estamos mais próximos às atividades eclesiais, notamos assim que, em muitas famílias que se dizem cristãs, não há o hábito de educar os filhos nesta fé. Assim cresce o número de pessoas carentes de Deus, e qualquer um que lhe apresente um “Deus” está propenso a ter um seguidor. 
Penso que estamos vivendo um tempo que pode ser observada a palavra de São Paulo a Timóteo: “Pois virá tempo em que alguns não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, segundo os próprios desejos, como que sentindo comichão nos ouvidos, se rodearão de ‘mestres’. Desviarão os ouvidos da verdade, orientando-os para as fábulas”. (2Tim 4,3-4).
O QUE MUDOU NA SUA VIDA COM O ADVENTO DA TECNOLOGIA? Demorei a acordar para esta modernidade.  Procuro fazer com que estes instrumentos sejam para benefício e não malefício. Ás vezes, penso em trocar o celular para um modelo que somente atenda chamada e
faça ligações. Muita coisa inútil toma conta destes ambientes que pode ser fatal para qualquer tipo de relacionamento, se não usado com sabedoria e discernimento.
Com esta tecnologia toda, hoje as pessoas pouco se falam. Mandam mais recados e emojis que conversam. Costumo sempre dizer que em aniversários de amigos e parentes, gosto mesmo é de fazer uma ligação do que mandar recados.
Creio que é muita falta de consideração mandar um recadinho, aparenta dar pouco valor à data.
CITE PERSONALIDADES EM CAMPO MOURÃO E POR QUÊ? Tenho personalidades do passado. Uma delas, uma pessoa que me deixou muitas saudades e hoje mora junto de Deus, o bispo Dom Virgílio de Pauli, segundo Bispo de Campo Mourão (foto). Por quê? Exalava santidade, era muito querido, amava as pessoas, tinha adoração pela Igreja. Era um verdadeiro pastor. Penso que meus antepassados também, a família Pereira, que desbravaram estas terras tornando possível Campo Mourão ser este destaque que é hoje, não somente a nível regional, até mesmo nacional.
MELHOR TURMA? Tenho comigo que é aquela onde você está atualmente. A nível religioso, esta turma aonde atuo hoje. Anteriormente, falando não tinha uma participação tão atuante como nestes últimos anos. A nível profissional, duas turmas destaco: quando fui bancário, até o princípio dos anos 1990. Era muito corrido e sofrido, todo trabalho era manual, mas o pessoal era muito unido e havia muita harmonia e sintonia. Atualmente estou num bom ambiente também, já há 18  anos no mesmo ramo e dá para ter um bom conhecimento da equipe e ser bem próximo dos clientes.
QUEM É EXEMPLO E POR QUÊ? Meu maior exemplo foi meu pai – No dia 15 de outubro, fez seis anos de sua ausência, e ele voltou para a casa do Pai. Explico a razão desta escolha:
meu pai sempre foi um exemplo para a nossa família. Cada um de seus oito filhos pensam a mesma coisa. Educou a cada um com a sua austeridade pacífica, ensinando a todos os deveres e direitos a serem seguidos e observados. A honestidade e o trabalho eram uma marca registrada em sua vida, que foi de  trabalho com dedicação à família e à Igreja. Já com idade avançada, percorria as ruas do Country Club para levar a Sagrada Eucaristia aos doentes, os quais estavam sob sua responsabilidade, e todos os dias rezava o rosário e meditava a Palavra de Deus. Ele nos ensinou muito com seu exemplo e seu testemunho.
QUAL O LEGADO DESTE TEMPO DE PANDEMIA? A Experiência de viver uma rotina que antes era experimentada somente daquilo que a história conta em se tratando de epidemias anteriormente vividas. Umas passagens bíblicas, no entanto, ajudam a viver estes dias sombrios: “Em todas as circunstâncias dai graças a Deus” (1Tes 5,18). Deus sabe tirar coisas boas de situações difíceis, com base nesta certeza, estamos passando estes dias sem o temor da incerteza. Como legado desta situação, penso que a maior vivência familiar, a valorização da vida, da amizade com as pessoas e sobretudo com Deus.
JOGO RÁPIDO
ÉTICA: Os hábitos e comportamentos atualmente têm deixado a desejar em muitos ambientes, que no ontem da história, era improvável acontecer. Creio que a ética deve ou deveria ser melhor entendida em seu sentido mais profundo. Tenho a impressão que a superficialidade que vivemos os valores éticos hoje, contribui para que a sociedade esteja vivendo uma crise tão grande de valores éticos e morais.
MÚSICA: Não que “curto”, mas gosto do ritmo sertanejo, não o universitário. O sertanejo de Mato Grosso e Matias, Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó, entre outros.
AUTOR: Posso responder autores? Lia muito Sidney Sheldon, Ken Follett e Morris West.
LIVRO: Se houver amanhã, do Sidney Sheldon, Recentemente li “Os Pilares do mundo, de Ken Follett, muito bom.
CAMPO MOURÃO: Minha cidade, minha vida. O slogan político que um dia existiu pode ser o meu também: “sou Campo Mourão de Coração”.

FAMÍLIA: Dom de Deus, querida por Deus, amada por Deus.
RELIGIÃO:  Para ser vivida na sua essência. A religiosidade sem a espiritualidade não tem razão de ser.  
ESPORTE PREFERIDO: Sem dúvida, o futebol.
TIME DO CORAÇÃO, ÍDOLO: São Paulo – não tenho um ídolo, mas era muito fã do Airton Sena. Depois de sua trágica morte em Ímola no ano de 1994, pouco vejo da F1.
MELHOR TIME QUE VIU JOGAR:
  A Seleção Brasileira de 1982 e chorei quando foi desclassificada pela Itália.
ESPERANÇA: Que esta pandemia acabe logo.
SONHO:  O mesmo do desejo: andar por onde Jesus andou.
SAUDADES. DE QUEM E DO QUÊ? “Saudades não tem idade”, da mocidade, parece que o tempo andava mais devagar.
O QUE JAMAIS TERIA FEITO: 
Na vida tudo tem um “porque” mesmo que não entendamos. Afinal, “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28), mas o que imagino, que não queria tivesse acontecido foi aprender a fumar. Mas livrei do vício há muitos anos, com a graça de Deus, e não queria ter tido esta experiência.
DECISÃO DA SUA VIDA: Creio que foi a decisão de casar. Por mais que se pense ser natural, é uma grande responsabilidade. Por isso, está diretamente ligada a maior conquista em minha história de vida: minha família, e meu maior desafio, é levá-la pra Deus.
PROJETO A SER FEITO:
Não penso em projeto a realizar, pois creio que o projeto em minha vida está realizado.
VIAGEM QUE GOSTARIA DE FAZER: Dois lugares gostaria de conhecer, a Roma e a Terra Santa.
MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA: Ainda de reflexão. Apesar da maturidade que a vida proporcionou, cada momento vivido é único, porque nunca passamos por estes momentos antes. A realidade vivida hoje exige esta reflexão porque, com o trabalho desenvolvido na comunidade, há que se ter uma boa dose de discernimento. E também para quem tem ainda os filhos em processo de formação, a exigência por parte do pais é alta.
LEGADOS QUE GOSTARIA DE DEIXAR PARA OS OUTROS: Para os filhos: uma boa educação cristã, e para a comunidade: exemplo de uma pessoa boa.
UM “GOLAÇO" QUE MARCOU NA SUA VIDA:  O dia do nascimento de meus filhos – muita alegria.
CONVITE PARA ESTA ENTREVISTA DE DOMINGO: Uma mistura de surpresa e desafio. Gostei da experiência. Ainda mais para este teu blog, que tem uma infinidade de seguidores e eleitores - As pessoas te seguem muito além do Blog, porque você traz em si o carisma do comunicador que cativa. Já vi algumas entrevistas e sinceramente, nunca me vi fazendo parte deste processo. Fico honrado com este convite. Peço a Deus que te conceda vida longa para levar seu Nome – seja pelas ondas do rádio ou onde alcançar a internet.

RECADO AOS LEITORES. Somente pedir que Deus, rico em misericórdia e bondade, tenha a cada um sob sua tutela, ouça os pedidos e anseios destes filhos queridos e amados, e os abençoe sempre. Desistir faz parte da luta, mas a desistência é uma forma de tomar fôlego para com um novo impulso superar as dificuldades. Deus está sempre junto a nós e, se prestarmos bem atenção, ouviremos sua voz a dizer: “Não tenha medo.”

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