13 de out. de 2020

DIA DO ESCRITOR: "Cidadezinha" por Gilmar cardoso

“Cidadezinha” foi o primeiro poema escrito por Gilmar
Cardoso, em 1982, na 7ª série da Escola Estadual de Farol.

"Cidadezinha pequena,
mas do fundo do meu coração.
refiro-me a Farol,
distrito de Campo Mourão.
há pouco tempo atrás
ele se chamava pinhalão,
suas ruas têm pedras
e pouca iluminação.
A cidadezinha é pequena,
como qualquer distrito.
É cercada por chácaras,
fazendas e sítios.
Não falem mal de Farol,
porque eu já fico triste!
Essa cidade pra mim
é a melhor que existe.
Suas casas são pequenas,
aqui não tem edifício alto.
Eu adoro esta cidade
até mesmo sem asfalto!
Talvez o meu verso
esteja um tanto quanto infantil;
porém, não sei dizer de outra forma,
o quanto gosto, deste pedacinho do Brasil.
Cidadezinha paranaense, pouco habitada, tranquila,
um pontinho no mapa do oeste do interior.
Sem recursos, suja, desumana até...
Mas, é minha, sim senhor!
Não troco por outra, é tão bela esta cidade.
aqui tudo se mistura...
Desde a minha infância à juventude, és meu amor!
Miséria, riqueza e ternura...
Para pescar é preciso
levar vara e anzol.
Para vivenciar a felicidade
é só morar conosco em farol.
Onde a vida é mais vida,
o amor é mais amor...
E por nascer nessa terra de amigos ,
agradeço a deus, o nosso senhor!
Minha cidade!
Farol, você pra mim é grande.
não tem nada que não ande
ligado à minha afeição.
Tudo o que tem,
você bem sabe.
Cidadezinha!
acreditas que você toda,
cabe dentro do meu coração?
Farol, minha cidade!
Á vós, rendo os meus louvores.
Eu também sou teu filho,
e morro... por ti...de amores!

NOTA DO BLOG - Gilmar é apaixonado pelas letras desde o dia em que escreveu despretenciosamente o primeiro poema, “Cidadezinha”, numa aula da professora Célia Dadamo Carneiro, na 6ª série da Escola Estadual de Farol. "E graças ao seu apoio e incentivo, passei a acreditar que era capaz de alçar vôos maiores e me aventurei a escrever, lançar livros e ser reconhecido na área. Amo a leitura e a escrita e creio como Monteiro Lobato, que um pais se faz com homens e livros", diz Gilmar Cardoso, poeta e membro fundador da cadeira 01 da Academia Mourãoense de Letras. 

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