“O Senhor se revela a nós não de forma extraordinária ou estrondosa, mas no cotidiano da nossa vida”, disse o Papa
No Angelus deste domingo, 22, o Papa Francisco falou da passagem do Evangelho que narra o início da pregação de Jesus na Galileia.
Segundo o Papa, Jesus anuncia o Reino de Deus que não comporta a instauração de um novo poder político, mas a concretização da aliança entre Deus e o seu povo que dará inicio a uma estação de paz e justiça.
“Uma aliança que requer a conversão de cada um transformando o próprio modo de pensar e de viver – a transformação do pensamento e dos costumes”, insistiu Francisco, dizendo que a diferença entre Jesus e o profeta João Baptista – que nos foi apresentado nos domingos anteriores – está no estilo e o no método.
“Jesus opta por ser profeta itinerante. Não fica à espera das pessoas, mas vai ao seu encontro. As suas primeiras saídas missionárias dão-se ao longo das margens do lago da Galileia, em contato com a multidão, de modo particular os pescadores”, explicou.
Ali Jesus proclama a vinda do Reino de Deus e procura companheiros para a sua missão de salvação. Ali encontra dois pares de irmãos: Simão e André, Tiago e João. Convida-os a segui-lo, pois que “os fará pescadores de homens”
O chamado, sublinhou Francisco, chega enquanto estão em plena atividade quotidiana, porque “o Senhor se revela a nós não de forma extraordinária ou estrondosa, mas no cotidiano da nossa vida”.
“É ali que devemos encontrar o Senhor, dialogar com Ele em nosso cotidiano e mudar a nossa vida”, acrescentou, fazendo notar que a resposta dos quatro pescadores foi imediata e sem hesitação: abandonaram as redes e seguiram Jesus.
“Assim, nas margens do lago, numa terra impensável, nasceu a primeira comunidade de discípulos de Cristo. E nós cristãos, temos hoje a alegria de proclamar e dar testemunho da nossa fé, graças àquele primeiro anúncio e àqueles homens humildes e corajosos que responderam generosamente à chamada de Jesus”, disse o Papa, com este desejo:
“A consciência destes inícios suscite em nós o desejo de levar a palavra, o amor, a ternura de Jesus a todos os contextos, mesmo nas mais impérvias e refratárias. Levar a palavra a todas as periferias. Todos os espaços da vida humana são terrenos onde deitar a semente do Evangelho, a fim de que dê frutos de salvação”. Fonte Rádio Vaticano.
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