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31 de mai. de 2012
COLUNA DE ESTER PIACENTINI: Cuidado com o que deseja
É interessante observarmos, que passamos a vida inteira desejando alguma coisa. Sempre, em primeiro lugar desejamos a prosperidade. Todos querem estar bem financeiramente. Um bom emprego, uma boa casa, carro, um bom salário, saúde abundante, filhos saudáveis e por aí vai, o leque de desejos.
É comum em todas as esferas, pessoas pedindo algo a mais, pretendendo melhorias. Não percebemos que na maioria das vezes estamos muito bem, e queremos mais do que somos capazes de suportar.
A promoção dentro do emprego, financeiramente pode ser vantajosa, dentro da organização coloca o empregado perante outros em lugar de destaque, mas pode significar, mais tempo fora de casa, em viagens, treinamentos, reuniões etc... .
O mesmo, terá menos tempo para família, para o lazer diário ou em final de semana. A família fica em segundo plano, porque passa a ter menos tempo para estarem juntos, até mesmo as poucas horas de descanso passam a ser conturbadas, com chamamentos de emergência, conforme o caso que o novo posto exige. No início tudo é maravilhoso, e muitas vezes este início gera muitos conflitos internos, que levam algum tempo para estarem solucionados, depois vem o estresse.
Uma nova situação sempre exige uma nova adaptação. Penso que é por estas situações que surgiu a frase de efeito:”EU ERA FELIZ E NÃO SABIA”.
Se todos nós antes de desejarmos alguma coisa, fizéssemos um questionamento, sobre - o que realmente estamos desejando e porquê?. Quando pensarmos sobre trabalho, carreira, veremos que é importante considerar o que é certo e bom. Além de concentrar a atenção no que poderia ser melhor.
Sentirmos satisfeitos e estarmos felizes não significa que vamos deixar de trabalhar e concentrar esforços na carreira para torna-la a mais bem sucedida de todas. Podemos ter as duas coisas – felicidade e motivação- sem sacrificar nossa sanidade.
Tenhamos em mente que mais responsabilidade pode ser uma grande coisa, mas pode significar menos liberdade pessoal, mais preocupação. Um salário melhor, pode dar uma segurança financeira maior, mas pode exigir desistência de coisas que nunca pensamos abrir mão, um tempo a mais com a família, por exemplo.
Portanto, vamos ser suficientes naquilo que temos, e quando pedirmos mais, vamos analisar até que ponto vai ser melhor, e quais as nossas prioridades como pessoa, porque podemos conseguir e depois.... .
Pense nisso! –
Ester de Abreu Piacentini, Corretora de Seguros, Contadora, Pedagoga Social, membro da Academia Mourãoense de Letras – cadeira 29.
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