COLUNA DA PROFESSORA MARIA JOANA: BEL!!! projetinho de mulher!!!

Se o tema Mulher sempre esteve presente em minhas reflexões, estudos, interesses, como mãe de três filhas, ainda mais agora como AVÓ da pequenina Bel, como é chamada carinhosamente pelo irmão. Mas olhando a realidade em que vivemos já ficou preocupada com o futuro desta menina. Como gostaria de poder dizer-lhe que ela vai viver num mundo onde a mulher é valorizada, respeitada, amada como em sua família. Como gostaria de garantir-lhe que não vai ser discriminada, humilhada por ninguém. Como gostaria de saber que vai ser valorizada pela sua sensibilidade, intuição, fé e suas belas faculdades psíquicas, físicas, espirituais! Por ser geradora de vida... Da mulher provém a Vida, porque tem nela a fonte da Vida, é, portanto regeneradora da raça humana, porque é por seus cuidados e seu amor que a humanidade se renova. A mulher sempre foi mediadora da fé! Há um ditado que diz: "tal seja a mulher, tal é o filho, tal será o homem." É que a mulher desde o berço modela a alma das gerações. Ela faz os heróis, os poetas, os artistas, cujos resultados perpetuam através dos séculos. Foi assim nos primeiros tempos do Cristianismo e ainda o é, como vemos nos exemplos de Mª Madalena (de Magdala), Joana de Cusa, posteriormente com, Joana D'arc (que morreu na fogueira por mostrar e defender uma fé nova), e recentemente Madre Tereza de Calcutá. Aqui no Brasil com nossa querida irmã Dulce!Pena que Catolicismo não compreendeu a mulher, a quem tanto devia. Viram as mulheres como perigo, sem alma, a responsável pelo homem se tornar um proscrito, fazendo Adão se perder! Já o mesmo não acontecia na antiguidade pagã, onde as sacerdotisas védicas eram respeitadas. No Egito, na Grécia, na Gália, a mulher era participante da iniciação, de um ensino especial, faziam dela um ser quase divino, fada protetora! A afinidade com a Natureza, com suas intuições profundas, ela convivia com a força e a grandeza épica das raças grega e céltica!Jesus, ao contrário, foi sempre benéfico, afetuoso e compreensivo com a mulher. Veja, por exemplo, as parábolas tocantes dirigidas a elas. Mesmo com as decaídas, pois sempre estendeu suas mãos a elas. Em contrapartida, elas sempre lhe foram fiéis, inclusive o acompanhando até o momento da morte sem medo, indo ao túmulo de madrugada esse tornando as primeiras testemunhas da ressurreição!Na nossa civilização a situação da mulher ainda é difícil. As leis nem sempre a favorecem e quando ela cai raramente uma mão se estende. A corrupção dos valores e dos costumes teve a sua maior vítima na mulher. Miséria, lágrimas, prostituição e suicídio, é o que ainda sobra para muitas mulheres, apesar de nossa sociedade opulenta! Mas creio Isabel, que através do autoconhecimento, a mulher está descobrindo uma nova espiritua lidade, sem divisão religiosa ou dogmas, e nesta espiritualidade, a mulher ascende à vida superior, encontra o seu verdadeiro lugar na história!Parabéns a todas as mulheres que honram essa caminhada! Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso - PUC - majocalderari@yahoo.com.br