20 de jun. de 2011

PALAVRA DO PAPA: Maior tentação é acreditar que riqueza é poder pessoal



No momento existe o mal, o egoísmo, a maldade e Deus poder vir para julgar este mundo, para destruir o mal, para castigar aqueles que operam nas trevas. Em vez, Ele mostra o amor ao mundo, amor pelo homem, no momento do seu pecado, e envia aquilo que há de mais precioso: Seu Filho unigênito”, destacou o Papa Bento XVI na homilia da Missa celebrada ontem no estádio de Serravalle, em San Marino.
O Papa explica que Jesus é o Filho de Deus que nasceu pela humanidade
, que viveu por ela e que venceu o mal perdoando os pecados e os acolhendo.
Em resposta desse amor que vem do Pai, Cristo deu sua própria vida pela humanidade sobre a cruz, lugar onde o amor misterioso de Deus chega ao cume. “E é sobre a cruz que o Filho de Deus nos concede a participação à vida eterna, que vem comunicada com o dom do Espírito Santo”, ressalta Bento XVI na celebração da festa da Santíssima Trindade, mistério central da fé cristã.
Assim, esclarece o Papa, no mistério da cruz, estão presentes as três Pessoas divinas: o Pai, que doa seu Filho unigênito para a salvação do mundo; o Filho, que compre até o fim o designo do Pai; o Espírito Santo – efuso de Jesus no momento da morte – que vem tornar todos participantes da vida divina.
Diante do pecado, Deus se revela compassivo e bondoso e seu amor misericordioso vence o pecado, cobre-o, apaga-o. “Diante do pecador para oferecer a possibilidade da conversão e do perdão” e a maior riqueza do homem é a fé neste Deus de amor, salienta o Santo Padre.
Mas atualmente, destaca o Pontífice, há a tentação de acreditar que a riqueza do homem não é a fé, mas o seu poder pessoal e social, sua inteligência, sua cultura e sua capacidade de manipulação científica, tecnológica e social da realidade.
Assim, “hoje, a nossa missão é confrontar as profundas e rápidas transformações culturais, sociais, econômicas e políticas, que determinaram novas orientações e modificaram mentalidades, costumes e sensibilidade”, enfatiza Bento XVI.
Em todos os lugares não faltam dificuldades e obstáculos, devidos, sobretudo, aos modelos que obscurecem a mente e ameaçam desfazer toda a moralidade.
Mas a substituição da fé e dos valore cristão pelas riquezas, no fim, se revela inconsistente e incapaz de assegurar a grande promessa verdadeira do bem, do belo e do justo indentificado com a experiência da fé.
“Não esqueçam a crise que se agrava em não poucas famílias da difusa fragilidade psicológica e espiritual dos casais, como também a cansativa experiência de muitos educadores em oferecer contínua formação aos jovens condicionados a muitas precariedades, primeiro entre todos aqueles do meio social e depois da possibilidade de trabalho”, salientou o pontífice.

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