24 de out. de 2009

COLUNA DO NERY THOMÉ: “Quem não deve, não teme”

Causou grande repercussão os resultados da pesquisa “Perfil dos assentamentos rurais”, realizada pelo Ibope - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, a pedido da CNA – Confederação Nacional de Agricultura, que teve como objetivo foi o de avaliar as condições de vida das famílias brasileiras que residem em assentamentos rurais.
Segundo os dados levantados, 37% das famílias assentadas sobrevivem ganhando, por mês, cerca de um salário mínimo. A pesquisa é considerada uma radiografia da situação dos assentamentos brasileiros, cujos resultados apontam que 48% dos assentados não produzem o suficiente para sobreviver; 75% não têm acesso aos programas de crédito do governo e 46% compram terras ilegalmente de terceiros.
Entre os parlamentares, a repercussão após a divulgação dos primeiros resultados foi tanta que, ao contrário do que antes se cogitava, foi aprovada a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A comissão foi proposta pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), com o propósito de investigar supostos repasses ilegais de verba do governo federal para o Movimento dos Sem-Terra (MST) e outras organizações ligadas à reforma agrária.
Segundo a CNA, existem no Brasil cerca de oito mil assentamentos rurais, nos quais vivem mais de 875 mil famílias que ocupam uma área de 80,6 milhões de hectares. A pesquisa mostra que 37% dos assentados não apresentam qualquer tipo de produção e dos 63% que conseguem produzir, apenas 27% obtêm o suficiente para garantir o sustento de sua família e ainda sobrar algo para comercialização.
Após a divulgação de imagens de sem-terra destruindo com tratores um laranjal no interior de São Paulo em uma propriedade invadida, parece ainda mais difícil calar aqueles que querem transparência sobre o assunto.
É claro que reações criticando o resultado da pesquisa já surgiram e aliados do governo buscam ações no Congresso Nacional para minimizar e tutorar a CPI, mas, como diz o velho ditado, “quem não deve, não teme”, então nos perguntamos o porquê de tal posicionamento já que parece ser pelo menos imprescindível que, assim como se quer discutir os valores que determinam a produtividade de uma área rural, se analise também a questão a reforma agrária em nosso país.
Para ler mais dados e informações sobre a “Perfil dos assentamentos rurais”, acesse o link: http://www.canaldoprodutor.com.br/noticias/confira-os-resultados-da-pesquisa-ibope-nos-assentamentos-rurais-consolidados-da-reforma-ag

2 comentários:

  1. Quem mata deve ser julgado, condenado e preso. Quem estimula um crime também.. e é isso que o MST faz. Em minha opinião, o MST perdeu o objetivo de buscar a reforma agrária do país e partiu para práticas que assemelha mais a uma guerrilha do que um movimento social. E o mais estarrecedor é de que fui informado de que desde o início do governo do "companheiro", ONG's ligadas ao MST ja receberam R$152.000.000,00 de verba federal. Reitero, o MST deve ser combatido!


    Mateus R. Gozer

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  2. "quem não deve não teme",essa frase não faz o menor sentido,quem criou essa frase deve ser no mínimo inocente e deve achar que não existe injustiças no mundo,eu vou dar um exemplo que prova que a frase cita acima não faz sentido,uma pessoa está querendo atravessar a rua na faixa de pedestres e o sinal fica vermelho,a pessoa espera o carro parar para ela atravessar,nesse caso,a pessoa não deve pois ela está certa,mas teme ser atropelada

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