O SUCESSO da Feira do Produtor

"Pai, hoje é terça-feira, vamos na feira?" pergunta o meu filho Ricardo, bem pertinho das 18 horas de ontem. E depois de chegar em casa, lá fomos nós, com pedidos da filha e da minha esposa em direção a tradicional Feira na Vila Urupês - uma das mais movimentadas semanalmente em Campo Mourão, ao lado do Santuário Nossa Senhora Aparecida.

E o bom da feira não é só comer aquele pastel delicioso, os espetinhos de frango e de carne, o kafta, ou churros, ou simplesmente, levar para casa verduras, mandioca, pão caseiro, entre outros, direto do produtor para o consumidor.

Bom também é encontrar os amigos que há muito a gente não vê ou quase não temos oportunidade de conversar na Capital do Centro Oeste sobre temas como futebol, política ou outro assunto do momento. É muito legal e divertido, que faz com que seja um hábito para muitos mourãoenses irem a feira toda semana, para bater papo e aliviar o estresse de cada dia.

E enquanto aguardava a fila do pastel na "Barraca das Loiras" -fazia tempo que não pegava uma fila tão grande- conversei com o empreendedor Gilberto Formentini - na foto ao lado da esposa Helena- que estão há 13 anos fazendo parte desta legião de pessoas com chuva ou sol, presentes na tradicional Feira do Produtor em Campo Mourão.

-Eu tinha horta e vinha vender verdura na feira, que era ao lado do antigo pavilhão da Igreja, onde hoje é o Santuário de N. S. Aparecida. Mas o que mais vendia era coxinha de mandioca, frita em uma só panela. E a cervejinha em lata saia muito também entre uma coxinha e outra.

- Há oito anos deixamos de vender verduras e ficamos somente com os salgadinhos, que dão bastante trabalho, mas também uma boa renda. Com a certeza de que os salgadinhos são fritos na hora e uma delícia.

- Quando o salgadinho era vendido a R$ 0,50 - hoje está R$ 1,40 - a nossa renda anual dava mais que produzir 10 alqueires de soja.

- Hoje fazemos duas feiras - aqui na Vila Urupês nas terças-feiras e lá no Centro Social Urbano às sexta-feiras. Essas duas dão trabalho praticamente a semana toda já que temos que preparar o que vamos trazer na feira. Agradecemos os nosso amigos clientes que nos dão a preferência, tanto que quando a gente não vem, eles sentem falta. E essa fila de hoje mostra bem o quando eles gostam dos nossos salgadinhos.

NOTA DO BLOG - A família Formentini abriu há poucos dias na Av. Irmãos Pereira, próximo ao Banco Itaú, a Tapiocaria Maria Bonita - mais nova opção em gastronomia na cidade como tapiocas doces e salgadas, tortas, cafés e sucos naturais, e muito mais. Este não é um comercial, apenas um incentivo a iniciativa da família em diversificar acreditando em nossa cidade e na sua gente.