HÁ 100 anos nascia José Dutra de Almeida Lira, patrono da AML

 

Patrono da cadeira 28 da Academia Mourãoense de Letras (AML), ocupada pelo fundador Ilivaldo Duarte de Campos,   José Dutra de Almeida Lira, nasceu em 15 de novembro de 1921, em Brejo da Cruz, na Paraíba. Ele  faleceu em Natal, Rio Grande do Norte,  em 15 de junho de 2006.
Foi casado com Maria do Céu e pai de Josemar e Rhéa. Chegou em  Campo Mourão em 1954, após sua nomeação como promotor público. Participou do primeiro júri da comarca de Cascavel em 1954.
Elegeu  vereador em 1959, foi suplente de deputado estadual e fixou residência mais tarde em Macau, onde militou defendendo os trabalhadores do setor salineiro.
Foi fundador e proprietário dos jornais "A Verdade" e o "Piquirivaí" que circularam no final dos anos 50 e começo da década de 60. 

Pedro da Veiga, em sua obra "Campo Mourão Centro do Progresso" cita que "...nova tentativa foi realizada pelo Advogado e politico José Dutra de Almeida Lira, ao lançar A Verdade, órgão que conduziu sob imensos sacrifícios, em duas fases intermitentes, sob auspícios do PTB, mas, à causa do seu próprio esforço e dedicação.
A Verdade deixou marcas no jornalismo Mourãoense, com as lutas político-partidárias, o eco de sua pugna". 

A luta de José Dutra de Almeida Lira em defesa da cidadania, principalmente pelas deficiências da Copel (Companhia Paranaense de Energia) e das altas taxas cobradas dos munícipes, levou-o a ser "fichado" pelo Dops - Delegacia de Ordem Politica e Social, com sede em Curitiba. 

Foi eleito  vereador em 1959, com 685 votos pelo PTB, compondo assim a 4ª. Legislatura da Câmara Municipal, cujo mandato terminou em  4 dezembro de 1963. Foi suplente de deputado estadual pelo PTB, folião carnavalesco e apaixonado esportista, principalmente pelo futebol. 

Com o advento do Regime Militar em 1964, transferiu sua residência para Monteiro na Paraíba. Anos depois, se transferiu para Natal, em seguida, militando em Macau, no direito trabalhista, defendendo os trabalhadores no setor salineiro.