Na carreira são mais de quatro décadas acompanhando o esporte paranaense: inúmeras competições e projetos sociais como Jogos Escolares, Juventude e Abertos, além de campeonatos estaduais e nacionais em diversas modalidades.
Apaixonado pelo esporte e por Campo Mourão, o filho do seo Daniel e da dona Rosemary - in memorian, irmão de Carlos Daniel, Dirceu, Cláudio e Denise conta um pouco da sua história de goleiro e atleta da seleção mourãoense de handebol na ENTREVISTA DE DOMINGO.
"O melhor time que joguei foi o handebol de Campo Mourão de 1975. O título de bronze nos JAPs 1975 em Paranavaí, abriu o caminho do handebol mourãoense. Convivi com craques consagrados como Nelsinho, Negão, Antenor (meu mestre no gol), Gilmar e o técnico Idê, que também era o pivô da equipe, em uma história brilhante do handebol mourãoense" comemora Kravchychyn.
QUEM É DANILO KRAVCHYCHYN?
Filho do seo Daniel e da dona Rosemary - in memorian. Casado com Marinêz Braz Kravchychyn e tenho um filho, Ricardo Kravchychyn.
COMO SE DEFINE? Sou um amante do
esporte desde que fui aluno do Internato Paranaense em Curitiba, depois como
atleta de handebol e desde 1981 como jornalista esportivo...Quanto às
qualidades, é muito difícil falar disso, mas acredito que sou um bom amigo e
sempre me dediquei a divulgar o esporte de forma geral, sempre buscando um
fator positivo, mas sem omitir a verdade!
ONDE E COMO FOI A SUA INFÂNCIA? Foi
maravilhosa, na cidade de Ponta Grossa, num tempo que ainda era possível
brincar na rua, jogar bolinha de gude e empinar papagaio... sempre ao lado de meus
irmãos Carlos Daniel, Dirceu, Cláudio e Denise.
COMO FOI SUA JUVENTUDE E ONDE?Muitas histórias da juventude nas férias em Campo Mourão e durante o período letivo em Curitiba... Piscina do Country, bailes e carnavais do Clube 10 de Outubro, com 16 anos já dirigia pela cidade o Fordinho 1929,
que carinhosamente chamávamos de Filomena, e o Opala preto do meu pai... Campo Mourão tinha intensa vida social, principalmente nas férias de final de ano. Para as novas gerações deve ser difícil acreditar, mas eram outros tempos, com uma festinha em casa se transformando num acontecimento!
E SUA TRAJETÓRIA
PROFISSIONAL? Em 1980 ingressei na Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
–
para estudar Direito e também jogar handebol num time que tinha Marcelo e
Arnaud, Jair, Beto e outros atletas mourãoenses...
O jornalismo surgiu na minha
vida quase que ao acaso, indicado pelo meu primo João Fernando ao Jornal da
Manhã, que precisava de um redator de esportes... Foi a minha escola no
jornalismo...e lá se vão 36 anos de muita dedicação!
O QUE FAZ HOJE? Continuo trabalhando
como jornalista, aposentado mas ainda na ativa na Assessoria de Imprensa da
Fundação Municipal de Esportes – Fundesp – em Ponta Grossa.
O QUE FEZ QUE NÃO
FARIA DE NOVO? Logicamente as cabeçadas acontecem, mas faz parte do
aprendizado... Olhando para trás faria tudo novamente e seria maravilhoso errar
e acertar de peito aberto!
COMO É SUA ATUAÇÃO NA COMUNIDADE? Minha
vida sempre esteve ligada ao esporte, participo dos Jogos Abertos do Paraná
desde 1975 e tenho a honra de ter feito parte da comissão organizadora da
primeira edição dos Jogos da Juventude do Paraná, que aconteceram em Ponta
Grossa. Não atuo em entidades de classe nem em clubes de serviço, mas estou
sempre à disposição para apoiar as boas iniciativas!
COMO ENTROU PONTA GROSSA E O
JORNALISMO EM SUA VIDA? Foi praticamente ao mesmo tempo, em 1980 passei
no vestibular de Direito da UEPG e também em Blumenau... optei por Ponta Grossa
por ser a minha cidade natal e pela proximidade a Campo Mourão. Com o
nascimento do meu filho Ricardo, em 1981, passei a procurar emprego,
encontrando no Jornal da Manhã a oportunidade de conciliar a paixão pelo
esporte e uma profissão... deu certo, com passagens por diversos órgãos de
imprensa da cidade e atuando desde 1985 na Assessoria de Imprensa da Prefeitura
de Ponta Grossa.
QUAIS EXPERIÊNCIAS NÃO
SAEM DA MEMORIA? Foi interessante logo na estreia do Jornal da Manhã atuar como
atleta e fazer a cobertura dos Jogos Estudantis da Primavera, a mais antiga e
tradicional competição poliesportiva do Paraná, que mesmo com todas as
dificuldades jamais deixou de ser realizada. Naquele tempo a competição tinha
um status de jogos universitários, reunindo as principais equipes do Estado.
E
além de defender a UEPG no grupo universitário ainda jogava pelo curso de
Direito na competição entre os cursos. Na final contra Odontologia entrou em
campo o “tapetão” e não pude jogar, pois estava inscrito em dois grupos.
Perdemos o jogo por 1x0 e o vice-campeonato ficou na história (risos).
COMO É SUA ATUAÇÃO NO JORNALISMO?
Como jornalista da velha guarda atuei nos mais diversos órgãos
da imprensa ponta-grossense, passando pelas redações do Jornal da Manhã e
Diário da Manhã, no rádio fiz a estreia na Santana, passando por Difusora, Vila
Velha,
Lagoa Dourada, Clube e CBN, além de participar de programas nas tevês
TVM e Educativa.
Depois de tantos anos acredito que o
jornalismo foi a forma que encontrei de me manter no esporte mesmo depois de
parar de jogar nos Jogos Abertos!
COMO FOI SUA HISTÓRIA JUNTO COM O
ESPORTE MOURÃOENSE? Tive a honra de participar da primeira
equipe competitiva do handebol de Campo Mourão, ao lado de meus amigos Lispa
Schen, Beto Durski, João Potranca, Jair Grasso, Luizinho Lima, os irmãos Arnaud
e Marcelo Silveira, tendo o prazer de convivendo com craques consagrados como o
Nelsinho, Negão, Antenor (meu mestre no gol), Gilmar e o técnico Idê, que
também era o pivô da equipe. Foi o início de uma história brilhante do handebol
mourãoense!
- na imagem acima, Danilo participando em Campo Mourão do evento comemorativo aos 40 anos da história do handebol na cidade, em 2016.
A união daquele time era impressionante, treinávamos na quadra de asfalto do Colégio Estadual, muitas vezes às 6 horas da manhã, ou na quadra do Tagliari, um luxo para a época...
A união daquele time era impressionante, treinávamos na quadra de asfalto do Colégio Estadual, muitas vezes às 6 horas da manhã, ou na quadra do Tagliari, um luxo para a época...
Os
primeiros Jogos Abertos Regionais, em 1975, foram realizados em barracões recém-construídos
da Coamo, onde foram pintadas as quadras de handebol, voleibol e basquetebol,
com a montagem de arquibancadas de madeira.
Vencemos Goioerê na final, num jogo
histórico, até porque nos Jogos de Goioerê havíamos perdido a medalha de ouro justamente
para o time da casa. Foi esta vitória que aumentou a motivação para buscar uma
medalha inédita nos Jogos Abertos, em Paranavaí.
Um bronze com gostou dourado,
que até poderia ser de prata, já que na fase classificatória Campo Mourão
empatou com Paranavaí (16x16) e cruzou com a então imbatível Maringá na
semifinal. Uma campanha que ficou na memória!
COMO ANALISA O ESPORTE NO BRASIL? O esporte é o retrato do Brasil, continua vivendo de fenômenos,
basta ver o nosso desempenho na Olimpíada... Para mudar a realidade é preciso
mudar o Brasil e a Lava-Jato a última esperança!
QUAL A VOCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO? Campo Mourão tem vocação para o
sucesso, sou meio
suspeito para falar... mas não tem como imaginar outra vocação para uma cidade
que nasceu como “Modelo do Paraná” e tem como principal empresa a Coamo, maior
cooperativa da América do Sul, exemplo para o Brasil. E Viva Campo Mourão!
QUAL SEU ESPORTE, ÍDOLO E
TIME? Aqui é por amostragem, pois o esporte é a minha vida, qualquer que seja a
modalidade... mas o handebol tem um lugar especial no coração; Ídolo, o meu
irmão Claudião, que foi um precursor do nosso basquetebol e certamente teria
lugar na maravilhosa equipe atual mourãoense! Times? Poderia falar da velha
AERM – Mourãoense, mas sou Vasco da Gama (risos)!
QUEM É ATLETA EXEMPLO? Atleta
exemplo vou falar do meu companheiro de
time Marcelo Silveira, pelo talento,
dedicação e longevidade, comandando várias gerações do esporte mourãoense; e
também o Jair Grasso (foto), que foi goleiro brilhante e continua sendo um técnico
espetacular, formando os novos talentos do handebol!
QUAL O MELHOR TIME COM QUEM JOGOU? O
melhor time que joguei foi o handebol de Campo Mourão de 1975. Título mais
importante? O bronze nos JAPs de 1975 em Paranavaí, por ter aberto o caminho do
handebol mourãoense!
CITE TRÊS PERSONALIDADES ESPORTIVAS EM
CAMPO MOURÃO. Campo Mourão tem muitos exemplos para as novas gerações, no
futebol de salão o Carlão Tagliari; no basquete o meu mano Claudião; e no
handebol o Nelsinho foi um gênio!
CITE TRÊS PERSONALIDADES (FORA DO
ESPORTE) EM CAMPO MOURÃO Difícil citar apenas três, então não vou me
comprometer.
JOGO RÁPIDO
UM LIVRO – O Último Trem de Hiroshima.
AUTOR? Charles Pellegrino.
PROFESSOR? Vicente Piazza Filho, meu
primeiro professor de Educação Física em Campo Mourão - nas fotos recebendo o troféu Tocando de Primeira e o título de Cidadão Honorário de Campo Mourão.
SONHO? Voltar a morar em Campo Mourão!
SAUDADE? DO QUE E DE QUEM? Saudades dos
meus pais – Daniel e Rosemary.
HOBBY? Esporte.
FRUSTRAÇÃO? Não tenho.
FAMÍLIA É. Tudo!
A CAMPO MOURÃO DO PRESENTE É Ótima, mas
prefiro a cidade da minha juventude!
A CAMPO MOURÃO DO FUTURO . Líder
regional e exemplo para o Paraná!
ÉTICA EM UMA FRASE É... A essência da vida
em grupo, com todos em busca do bem comum!
QUEM GOSTARIA DE VER HOMENAGEADO AQUI
NO BLOG? O grande Ilivaldo Duarte! -
Nota do Blog: obrigado Danilo pela consideração, mas este espaço é para quem faz, os amigos de ontem e de hoje. Fico envaidecido. Obrigado.
QUAL O RECADO PARA OS LEITORES DO BLOG? Um grande abraço...Parabéns aos mourãoenses por contarem com profissionais de
primeira categoria na Imprensa!
QUAL JOGADA QUE, SE PUDESSE VOLTAR NO
TEMPO, JAMAIS TERIA FEITO? Tantos gols sofridos nessa vida de goleiro, não tem
como escolher um para ser evitado, mas no tempo de zagueiro no Internato
Paranaense não aliviava para os atacantes adversários (risos)!
O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA É..... Ótimo, curtindo a família e ainda em
condições de seguir trabalhando pelo esporte!
QUAL PERGUNTA QUE NÃO LHE FIZ QUE GOSTARIA DE TER RESPONDIDO? Você fez todas as perguntas, espero ter conseguido passar um pouco do que sou e da paixão por Campo Mourão e pelo esporte. Abração!
QUAL O SENTIMENTO DE RECEBER ESTA
HOMENAGEM E PARTILHAR UM POUCO DA SUA VIDA E DA SUA HISTÓRIA? Um desafio
vencido, não foi fácil abrir o coração para contar a minha história. Mais fácil
estar no papel de entrevistador!
Parabéns Danilo e por extensão a sua família e aos amigos de ontem e de hoje, que o ajudaram a ser o que é atualmente.
Parabéns Ilivaldo, meu amigo Danilo é um exemplo de dignidade e retidão, na vida e na profissão! Um abração aos dois.
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