Levantamento recente pela Associação dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Anoreg-PR) revela que nomes tradicionais, inspirados na Bíblia, nunca deixaram de ser moda. Mesmo com os anônimos "Neymar" ou até mesmo os mais inusitados como "Facebookson", os nomes mais comuns como Maria, Ana, João, Davi, Pedro, Arthur, Gabriel, Miguel e Lucas seguem liderando o ranking dos 100 mais registrados no primeiro semestre deste ano.
O fato curioso é que Maria, Ana e João definitivamente caíram no gosto dos paranaenses, pois ocupam o topo há 15 anos. Só nestes primeiros meses de 2013 (de janeiro a junho) surgiram 3.362 novas Maria, sendo muito comum também em nomes compostos.
"(Francisco) Não é um nome muito comum, mas acredito que vai ganhar notoriedade nos próximos meses por conta da nomeação do papa", observa Eduardo Marques de Sousa Pires, titular de cartório em Londrina. Em todo o Estado, após a escolha do pontífice, surgiram novos 61 Franciscos.
Incomum - A Lei de Registros Públicos ampara os oficiais do registro civil quanto a não aceitação de prenomes que possam expor as pessoas ao ridículo. Diante da insistência dos pais, o caso poderá ser submetido à decisão judicial. A exceção fica apenas na recomendação para que os cartórios mantenham tradições indígenas e aceitem o registro de nomes nem tão comuns assim. Quanto a alteração de nome ou sobrenome, os motivos justificáveis são erros de grafia, exposição ao ridículo, adoção de apelidos notáveis, proteção de vítimas e testemunhas, brigas de família, casamento e separação. Com a Lei n° 12.100/2009, algumas dessas alterações podem ser feitas de forma administrativa nos cartórios extrajudiciais.
Matéria veiculada em 01/08/2013 na Folha de Londrina.
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