O dia de hoje é especial para o jornalista esportivo Ilivaldo Duarte e para o esporte de Campo Mourão. À partir das 11 horas, Duarte entrou no ar para apresentar o seu programa “Tocando de Primeira”, de número 1.000, pela Rádio Colméia. Um marco histórico, alcançado após 20 anos de muito trabalho, credibilidade e informação. A edição comemorativa aconteceu ao vivo, no Paraná Família, na saída para Maringá. O diferencial do programa é que Ilivaldo prioriza também o lado social e presta homenagens a pessoas que não estão ligadas ao esporte.
Para celebrar esse marco, ele está promovendo uma campanha com o slogan “1.000 programas Tocando de Primeira = 1.000 litros de leite”, que serão doados a entidades filantrópicas. Interessados em contribuir, podem entregar o leite numa das três lojas do Paraná Supermercados. “É uma campanha simples e anônima, mas que já arrecadou mais de 1.700 litros de leite integral longa vida, graças ao apoio da comunidade. É uma forma de praticarmos nosso jornalismo com visão de responsabilidade social em prol da comunidade e do bem comum”, disse Ilivaldo.Apenas nos últimos cinco anos, Ilivaldo já entrevistou mais de 4 mil convidados, em mais de 600 horas de entrevista. No programa festivo de hoje, ele mandou confeccionar várias camisetas na cor bordô que serão entregues a seus convidados, uma homenagem ao antigo Sport Club Campo Mourão, que defendia o município com essas cores no Campeonato Paranaense, entre 1989 a 1991.
O pontapé inicial do “Tocando de Primeira”, aconteceu no dia 14 de março de 1987, mas foi interrompido em 2001 com a marca de 709 edições. “Retomamos em fevereiro de 2007 e agora chegamos à edição de número 1.000, a qual dividimos esse mérito com todos os amigos e a comunidade de Campo Mourão e região.” Ilivaldo ainda sonha poder entrevistar em seu programa duas celebridades, conhecidas mundialmente.
Saiba quem são elas, na entrevista exclusiva concedida ontem à TRIBUNA.
JORNAL TRIBUNA - Ilivaldo, você esperava chegar à marca de 1.000 programas Tocando de Primeira?
ILIVALDO DUARTE - Não, eu não esperava. Quando comecei a gente foi fazendo naturalmente, construindo uma caminhada. A intenção, como até nos dias de hoje, era prestar um serviço dentro da função social do jornalismo, e tal. Fomos conquistando nosso espaço e o que considero a grande sacada é que cada programa é único, um presente de Deus. Cada programa é uma oportunidade de reunir amigos, protagonistas de várias áreas, não só do esporte como da cultura, cidadania e até na área da religiosidade. Há quatro anos comemoramos o programa de número 800 e há dois anos, o de número 900. Desde então, passei a acreditar mais firmemente que seria possível chegar ao milésimo.
TRIBUNA - O que te motiva a fazer o programa Tocando de Primeira?
ILIVALDO - A paixão pelo jornalismo, pela nossa cidade, a paixão pelas nossas pessoas. Digo que sou muito abençoado por Deus, porque os próprios amigos vão acreditando e vão construindo juntos a história. Considero o programa um serviço espontâneo e voluntário, com idealismo e paixão, sempre com o desejo de fazer um jornalismo com credibilidade, informativo e voltado para o bem, o bom e o belo.
TRIBUNA - Qual o diferencial do seu programa?
ILIVALDO - O diferencial é você levar a essa multidão invisível, de várias faixas etárias e de várias camadas sociais, uma informação positiva, com alegria, e reflexões aos nossos ouvintes. Então, quando você mescla esporte com cultura e religiosidade, você está alcançando aquela dona de casa, que é ouvinte de rádio, um velho companheiro de sempre. A magia do rádio não se perdeu. Quando você mescla e faz um programa dinâmico, que procura ser alegre você consegue atingir, por exemplo, a dona de casa, que não gosta de futebol, futsal, ou vôlei. Sempre digo que sei como começa o programa, mas não sei como vai desenrolar, como vai terminar. Ai deixo nas mãos de Deus e o Espírito Santo me ajuda.
TRIBUNA - Nesses 1.000 programas, você tem ideia de quantas pessoas já foram homenageadas?
ILIVALDO - Ainda não fechei esse levantamento, mas posso dizer que foram mais de 150 homenagens. Além dos desportivas, tivemos homenagens também a outras pessoas como o professor e colunista da TRIBUNA José Eugênio Maciel, a dona Iris Tagliari, Dr. Renato Fernandes Silva, Dr. Paulo Ribas, já falecido, e até ao padre Zezinho. O que priorizo são homenagens em vida, pois depois que morre não adianta ser nome em rua, ou do cemitério mais luxuoso do mundo, ou mais pobre. Pessoas da nossa terra, que prestaram ou fazem a diferença para Campo Mourão. Também presto homenagens a celebridades, que já entrevistei por telefone, como o Zagallo, Hugo Hoyama, Zetti, Ademir da Guia, Leivinha, entre outros. A grande sacada de mostrar para eles que existe no interior do Brasil, um programa bem feito e para eles sentirem que são amados por aqui também.
TRIBUNA - O Tocando de Primeira chega a essa marca, justamente na semana do jogo de número ‘mil’ da Seleção Brasileira. Você esperava por essa coincidência?
ILIVALDO - Não esperava por isso, mas como mais uma obra de Deus. Vejo como providencia divina, pois nada foi pensado. Entendo como obra de Deus, ter escrito na história que um dia seria comemorado o milésimo jogo da Seleção Brasileira, justamente na semana em que um programa esportivo de rádio celebra essa mesma marca.
TRIBUNA - Alguma surpresa especial para quem ligar o rádio hoje, no programa de número 1.000?
ILIVALDO - Tem algumas coisas que estou pensando sim, mas tenho estado muito emocionado e muito feliz. Diria que duas palavras marcam esse momento: felicitação (de felicidade) e gratidão. Gratidão a todos, conhecidos e anônimos, os amigos diretos ou indiretos, que fazem, pois eu apenas conduzo isso aí. O agradecimento a todos aqueles que ajudaram ou ajudam a fazer. São pessoas que me deram o privilégio de serem entrevistados ao longo desses 20 anos aí.
TRIBUNA - Onde será realizado programa de hoje?
ILIVALDO - Será no Paraná Família, porque estamos com uma campanha muito discreta, quase anônima de arrecadação de leite para entidades beneficentes. Bolamos a campanha “1.000 programadas Tocando de Primeira = 1.000 litros de leite”, integral longa vida. Com apoio dos amigos e a confiança de todos, a campanha já passou de 1.700 litros para beneficiar várias entidades de Campo Mourão. Isto muito me emociona.
TRIBUNA - Após o programa 1.000, algum projeto especial para 2013?
ILIVALDO - Não, nada em especial. Depois do programa 1.000, pode ser que tenhamos o 1.001, mas estou profundamente agradecido e quero continuar fazendo, pois entendo que é um projeto de responsabilidade social e agradeço a todos, sem citar nome, que contribuíram e continuam, desde o início, quando começamos, no histórico sábado de 14 de março de 1987, data estreia.
TRIBUNA - Foram muitas homenagens, muitas entrevistas. Mas quem você sonha um dia ainda poder entrevistar, seja ao vivo ou mesmo por telefone?
ILIVALDO - Duas são as pessoas que eu gostaria de entrevistar um dia: o Pelé, por tudo o que ele representa ao Brasil e o mundo, e também o Papa Bento XVI. Às vezes a celebridade é simples, mas seus assessores dificultam muito. São dois grandes sonhos que cultivo.
Fonte: repórter Clodoaldo Bonette, jornal Tribuna do Interior.
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