Desde que o Rio de Janeiro foi anunciado como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro vem tentando transformar o uso da palavra ‘olimpíada’ uma exclusividade sua. A quatro anos do evento esportivo, a entidade presidida por Carlos Arthur Nuzman abriu guerra contra as já tradicionais competições científicas, que envolvem estudantes de todo o Brasil.
Entre os ‘alvos’ do Comitê figura a quarta edição da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), que realizará sua última etapa neste final de semana na cidade de Campinas, em São Paulo. Na reta final de preparação para o evento, a organização da competição foi surpreendida com um documento de 12 páginas, alertando sobre a exclusividade do termo ‘olimpíada’ por parte do COB.
A ONHB é organizada pelo Museu de História da Unicamp e contou, em 2012, com a participação de mais de 34 mil estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todos os Estados brasileiros. Como parte da argumentação para que o evento mude de nome, o COB alega que esses jovens podem acreditar que a ONHB tenha ligação com os jogos esportivos.
“A utilização do sinal 'olimpíada' na identificação de seus eventos fará com que o público acredite tratar-se a 'Olimpíada Nacional de História do Brasil', organizada por Vossas Excelências, de evento oficial ou patrocinado pelo Comitê Olímpico Brasileiro ou Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o que não traduz a realidade", lê-se no documento enviado pelo COB.
Um dos membros da organização do evento acadêmico, o professor Marcelo Firer rebate a argumentação do Comitê. “Chegam a ser patéticos alguns pontos da carta. É até ofensivo aos participantes da Olimpíada de História, todos inteligentes o suficiente para diferenciar uma coisa de outra e entender quais são as competências de cada entidade”, disse, em entrevista ao ESPN.com.br
Site ESPN
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