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19 de jul. de 2012
COLUNA DE ESTER PIACENTINI: Andando contra o vento
Quem nunca se sentiu andando contra o vento. É como a canção de Chico Buarque “ ... caminhando contra o vento sem lenço sem documento....”. Ás vezes é bem sutil esta sensação, mas às vezes é muito forte.
Há poucos dias descobri que em épocas da busca pelo poder o numero de pessoas que se sentem assim cresce, e que, na maioria são pessoas que lutam pelo bem estar do próximo, sem se preocuparem com o poder pelo poder.
Há uma diferença do poder, que pessoas interessadas são desinformadas. O poder pela conquista de publico objetivando votos em urnas é um tipo, que só visa pessoas que possam colocar o interessado em posto maior, onde ele tem o poder de comando nas diretrizes legislativas ou executivas das comunidades.
E o poder pelo conhecimento, carisma, pela vontade de praticar atitudes que trazem benefícios a comunidades é outro, que nada tem de nocivo que possa atrapalhar o poder público, daqueles que pretendem disputas eleitorais.
Aprendi, enquanto estudiosa da área da qualidade, que no mercado de trabalho existe lugar pra todos, é eu e você. E não mais ou eu ou você. Quando trabalhamos eu e você tem crescimento satisfatório, e quando é ou eu ou você, há partilhas, opiniões divididas, podendo haver quebras, e crescimento com efeito bolhas. Parece que é, mas não é.
Tenho visto anônimos batalhadores, com grande poder de barganha, tristes, depressivos até, pela pressão sofrida da busca desenfreada de alguns, que ainda estão pretendendo entrar na fila da disputa eleitoral. Me entristece, porque nem sempre estes pretensiosos chegam lá. Mas desde que o mundo é mundo, estas disputas existem, sempre foram assim e continuarão perpetuamente, o que não deveria, mas... .
Há uma história interessante que deveria ser seguida por estes humildes poderosos anônimos.
A Boneca de Crochê – Conta a historia que um casal idoso, a senhora caiu doente, muito doente, o seu esposo ficou muito triste porque não tinha o dinheiro necessário para custear o tratamento de sua amada.
Quando já havia esgotado todas as fontes financeiras para custear a doença, aquela senhorinha, com seus cabelos brancos, seu corpo franzino já debilitado, chamou então seu marido. Pediu a ele que trouxesse uma caixa tipo baú, a qual só ela tinha acesso e ficava em cima do guarda-roupa. Ele com certa dificuldade trouxe a caixa baú até ela. Então ela contou ao seu marido, que no dia do casamento, sua avó, a levara até seu quarto e dera-lhe um conselho.”
Nunca fique triste ou se sinta diminuída quando seu marido te desafiar, ou pela busca do poder, te aborrecer, lembra daquela boneca tecida em crochê que te ensinei dias atrás, quando isto acontecer, se afaste em algum lugar e teça uma boneca de crochê ”. O marido então abriu o baú, qual foi a sua surpresa.
Ao abri-lo encontrou somente duas bonecas, ficou muito feliz e comovido, porque em tantos anos de vida a dois só tinha duas bonecas. Então, a senhorinha pediu que ele abrisse a outra parte do baú. Outra surpresa havia nada menos que U$95.000 - Noventa e cinco mil dólares. Entre surpreso e intrigado ele perguntou como ela havia conseguido aquele dinheiro.
Então explicou. É o resultado da venda das bonecas tecidas ao longo da vida a dois”. Este dinheiro era mais que suficiente para custear seu tratamento. Parece maluco, mas quando você se sentir andando contra o vento, porque a ascensão de poder, seja qual for a esfera está tentando te sufocar, lembre-se do resultado das bonecas de crochê. Use de estratégias e continue seu trabalho. Acredite sempre que o poder que você tem , é o poder da qualidade eu e você. Juntos todos serão mais felizes e mais realizados na esfera emocional. Seja no lar, no trabalho, na igreja , na área pública como cidadãos, seja onde for, desde que faça diferença, para melhor sempre.
Pense nisso!
Ester de Abreu Piacentini- Corretora de Seguros, Mentora e Coordenadora do Projeto Hadassa Servir e Semear, escritora, membro da Academia Mourãoense de Letras cadeira 29.
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