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7 de mai. de 2012
COLUNA DO PROFESSOR MACIEL: AmoBasquete, acreditar é mais do que torcer
“No esporte existem campeões e existem heróis. Campeões vencem porque são
bons no que fazem e tiram proveito particular de suas vitórias.
Heróis vencem quando se espera, superam seus próprios limites, e quando
recebem os louros dividem suas vitórias com uma nação inteira”.
Augusto Branco
A chuva torrencial e ininterrupta refletia nas goteiras do ginásio JK de Campo Mourão, levando a partida de basquete ser interrompida durante meia hora. Mesmo com a água ( sobretudo que caía lá fora) o público compareceu em grande número para prestigiar o basquete da cidade na Copa região Sul. Aliás, o torcedor vibrou o tempo todo com a equipe, logicamente com um entusiasmo marcante e bem típico a revelar um hábito que vai rápida e felizmente se arraigando.
Durante a realização do jogo, Campo Mourão enfrentando Santa Cruz -RS, lembrava do breve cumprimento meu ao professor Edson Hirata, colega de profissão e de colunismo nesta Tribuna. O surgimento da Associação Mourãoense de Basquete, AMO Basquete, foi um marco histórico no basquete da cidade e da região. Sonho e utopia, que bem poderiam se caracterizar como delírio juvenil e amador, dada à ambição existente no grupo, era até natural que não faltasse quem tenha dito ou pensado, “é muito pretensão”.
Era sim, em um primeiro momento, sonho e utopia. Todavia, o planejamento significou, desde o primeiro instante, uma prática metodológica de trabalho bem definida e engendrada. Os praticantes e admiradores do basquete foram se reunindo, traçando metas bem definidas, distribuindo tarefas e agindo com correção e abrangência.
Há alguns poucos anos, quem poderia imaginar, mesmo brincando, que Campo Mourão fosse ser duas vezes campeão parananense de basquete? Fora de qualquer dúvida não é obra do acaso, mas sim a ação efetiva dos seus abnegados amantes do basquete. E nem careceria dizer que a cidade, ao sediar os jogos da região Sul que asseguraram a Campo Mourão o vice-campeonato, ocorreu por causa de todo este profícuo trabalho, dedicação permanente, carinho e profissionalismo.
A chamada segunda divisão, que é por si só um grande alcance e dela fazer parte, a qual o nosso basquete integra e almeja conquistar a primeira divisão nacional, é agora o desafio possível de acontecer.
Sem arriscar qualquer palpite, ainda mais por parte de alguém que só sabe torcer, posso sim afirmar o que agora está se tornando óbvio, o basquete de Campo Mourão vai com tudo, não faltará apoio, dedicação, garra. E, certamente mais uma vez será o crescimento dessa modalidade, será a realidade mais positiva e palpável que até poderá supor que ninguém antes não sonhou assim, ou a parecer que o trabalho não tenha sido árduo, persistente e vibrante.
Fases de Fazer Frases (I)
É preferível assoprar sopa fumegante a ter que sorvê-la fria. E que o sopro seja sempre seu.
Fases de Fazer Frases (II)
Tudo o que peço, meço. Tudo que me oponho não ponho. Tudo que predito, medito
Olhos, Vistos do Cotidiano
Hoje é dia de manifestação da fraternidade ao Lar dos Velhinhos de Campo Mourão, que completa 40 anos e realiza a sua tradicional festa, o costelão. Ajudar o próximo que já tem uma longa trajetória de vida e que carece de cuidados especiais. É certo que não faltarão pessoas de coração bom naturalmente a fazer o bem com abnegação. Reminiscências em Preto e Branco (I)
A partir do dia 28 passado, no mesmo dia de abril que fez aniversário, ele passou a apenas fazer parte da história da radiodifusão mourãoense, notadamente da emissora Colmeia, Ely Cordeiro durante mais de duas décadas exerceu a profissão com dedicação e se comunicando sempre de um modo simples, agradável, dialogando com o grande público ouvinte. Pacata era também a vida dele após aposentar-se, humilde, educado, simpático e possuidor de muitos amigos.
Assim como Adinor e Alvino, ambos aqui retratados em razão da morte dos dois irmãos dele, Ely tinha como herança a atividade circense, o gosto da plateia, do público, a partir do picadeiro, do auto-falante e do microfone. As ondas do rádio foram o bem viver do Ely Rodrigues.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
Uma das ruas que mais tem história de Campo Mourão, sem dúvida é a Brasil, especialmente na parte que era chamada carinhosamente da “rua dos jacús”, dado ao grande número de pessoas que vinham da zona rural para fazer compras nos armazéns e mercearias então existentes ou que ainda resistem bravamente aos tempos modernos. E foi ali que durante mais de cinquenta anos o “seu” Valdomiro Tabaca tinha sua A Selaria São Jorge, para atender numerosos clientes, calçados, basicamente as botinas, cintos, e acessórios em geral para selar animais. Embora afastado há alguns tempos devido à aposentadoria, tendo passado o negócio ao filho dele Pedro Tabaca Neto. Morreu aos 77 anos e é parte relevante da nossa história.
Reminiscências em Preto e Branco (III)
A música caipira e adequadamente representada pela dupla Tonico e Tinoco, que teve 60 anos de carreira com sucesso. Tinoco morreu na última sexta aos 91 anos, José Perez era irmão do João Salvador Perez, o Tonico, falecido em 1994 quando evidentemente a dupla se desfez. Perpetuada na memória de um Brasil de dimensões continentais e com inegáveis, fortes e belas referências da cultural rural, Tonico e Tinoco somam-se a memória já cultuada das canções do campo, notadamente “Chico mineiro”, que ao menos alguns trechos os brasileiros cantam. A moda de viola, enlutada, despede com as mesmas canções que eles tão bem souberam interpretar na magia da simplicidade, em 83 discos e 150 milhões de cópias vendidas.
José Eugênio Maciel publicou esta coluna no domingo, 6 de maio de 2012. Ele é mourãoense, professor, advogado, sociólogo e membro da Academia Mourãoense de Letras.
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