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21 de fev. de 2012
HÁ 13 ANOS faleceu o Bispo Dom Virgílio de Pauli em Campo Mourão
A data marca o passamento há 13 anos do Bispo diocesano de Campo Mourão, Dom Virgílio de Pauli. O amigo Agnaldo Feitosa que escreveu vários livros sobre Dom Virgílio lembrou da data e envia informações importantes da biografia deste nosso pastor, sempre atuante em nossa comunidade. Na imagem, ele ao lado então governador do Paraná José Richa e do prefeito mourãoense José Pochapski, reivindicando melhorias para nossa cidade.
Nascido em Araraquara – SP, em 28 de maio de 1923, ele foi ordenado em São Carlos – SP, em 08 de dezembro de 1950. Foi pároco de São José de Torrinha – SP, Cura da Catedral de São Carlos, vigário geral e Procurador da Mitra Diocesana de São Carlos. Recebeu o título de Monsenhor a 11 de junho de 1975 e declarado Cidadão Honorário de São Carlos, 08 de dezembro de 1975.
Foi nomeado Bispo de Campo Mourão – PR, em 08 de maio de 1981, cuja ordenação episcopal em São Carlos, no dia 29 de junho de 1981. Assumiu a Diocese de Campo Mourão, em 19 de julho de 1981.
Fundou o Jornal Servindo, em 01 de setembro de 1988, Cidadão Honorário de Jussara – PR, em 08 de dezembro de 1988 e Cidadão Benemérito de Campo Mourão, em 08 de dezembro de 1997. Faleceu en 21 de fevereiro de 1999.
História - O “garoto” Virgílio de Pauli resolveu assumir sua vocação aos 15 anos de idade, quando entrou para o seminário de São Carlos. Seus pais, Natale de Pauli e Tereza Ferri de Pauli, eram agricultores. Trabalhou com seu pai na plantação de café antes de entrar no Seminário. Após concluir os estudos para ingressar na vida sacerdotal fez alguns cursos em Roma, Itália.
Antes de ser eleito o 2º Bispo de Campo Mourão, exerceu seu sacerdócio por um período de 23 anos como Pároco da Catedral de São Carlos, onde realizou grandes obras. Seus familiares contam que no primeiro convite feito pelo Papa João Paulo II para ingressar no Episcopado, não aceitou alegando ser incapaz naquele momento. Dois anos mais tarde, recebeu novamente o convite e desta vez aceitou.
A grande marca do trabalho de Dom Virgílio frente à Diocese de Campo Mourão foi o incentivo que deu às vocações. Ordenou 27 novos padres. A formação de novos padres abriu margem para a criação de novas paróquias na Diocese, que foi outra marca importante no bispado de Dom Virgílio. Criou 13 novas paróquias.
Pensando nas mulheres no seu projeto de estimular as vocações conseguiu instalar o Convento das Irmãs Carmelitas, presente em poucas Dioceses do Brasil. Apesar da “Modernização da Igreja” também ter facilitado o espaço do leigo, contribuiu para que surgissem novos Ministros da Eucaristia e Catequistas no sentido de ajudar na formação espiritual das comunidades e auxiliar os padres nas paróquias.
Falando aos seus sacerdotes, dizia-lhes: “O trabalho de um Bispo é como o de um Presidente da República, que só da resultado se tiver o auxílio dos Ministros”.
Entre as inúmeras virtudes que fizeram com que Dom Virgílio conquistasse a confiança e o reconhecimento dos diocesanos, está o seu desapego aos bens materiais. Durante os mais de 18 anos frente à Diocese de Campo Mourão nunca usufruiu de salário, abrindo mão do seu direito de ser remunerado. Era sempre mantido pela família e por sua aposentadoria. As despesas com suas enfermidades eram também pagas com recursos da família.
O Ensino Religioso em Campo Mourão e região têm a marca de Dom Virgílio. Em novembro de 1983, a convite do Bispo Diocesano, dirigiram-se à Curitiba alguns professores para participarem de Formação do Ensino Religioso.
Dom Virgílio tinha um discurso eloqüente. Gostava muito de escrever, podemos encontrar muitos artigos de sua autoria em vários jornais e em especial no Jornal Servindo, do qual foi seu fundador.
Após a sua morte foram escritos dois livros contando a sua história: “Dom Virgílio de Pauli, Lição de Vida” e “Pensamento Vivo de Dom Virgílio de Pauli” - de autoria do escritor mourãoense Agnaldo Feitoza. Ele era extremamente cuidadoso no que falava, deixava sempre o seu público confortado com suas palavras. Soube revelar, de modo muito expressivo, sua fidelidade misericordiosa. Foi um fiel cumpridor da missão que lhe fora confiada por Deus. Traduziu muito bem as maneiras eficazes para se praticarem as obras de misericórdia: ação, palavra e oração.
Dom Virgílio é o Patrono da Cadeira Nº 17, da Academia Mourãoense de Letras, tendo como fundador o Confrade Pe. Jurandir Coronado Aguilar. Colaboração Agnaldo Feitoza.
Gostaria de receber um exemplar desse livro, a título de DOAÇÃO. Gosto de livros biográficos.
ResponderExcluirSou um estudioso de assuntos católicos, faço este trabalho por idealismo.
Antônio Carlos Faria Paz.
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