"Vidas dedicadas a Deus - Elas largam tudo e se entregam a pobreza" foi o título da excelente matéra publicada no domingo pelo repórter Antonio Marcio no jornal Tribuna do Interior de Campo Mourão, a qual posto neste edição no Nosso BLOG pela sua importância.
Elas são jovens, inteligentes e com futuros promissores em qualquer profissão que quisessem seguir. Porém, decidiram abrir mão de tudo para seguirem a vida religiosa despojada de qualquer bem material. Assim são as irmãs da Fraternidade o Caminho. Em Campo Mourão vivem 13 mulheres, a maioria com idades entre 20 e 25 anos que dedicam o tempo inteiro em cuidar da capela e fazer orações. Sem nenhum tipo de renda, sobrevivem apenas de doações, e ainda o que ganham dividem com as famílias em riscos sociais.
Com apenas 23 anos, porém com muita certeza de sua vocação, a irmã Eclésia é a coordenadora do grupo. Ela é de São Bernardo do Campo e está em Campo Mourão há pouco mais de três meses. De acordo com ela, a busca é sempre em servir Jesus Cristo e todas as suas faces, conforme propõe o Evangelho.
Ela observa que devido a vida simples que levam e a maneira que se vestem, muitas vezes caminhando descalças, a sociedade facilmente as confundem com mendigas. Porém, a irmã ressalta que a vida na pobreza é uma de suas atribuições. “Vivemos na pobreza assim como São Francisco e Santa Clara viveram. Uma pobreza material, mas não de Jesus Cristo. A sociedade de hoje é muito materialista, e muitas irmãs já chegaram a viver momentos de humilhação.” “É preciso viver com os pobres, para os pobres e como os pobres.” Segundo ela, essa frase elimina qualquer discurso.
Morando há três anos em Campo Mourão, a paraense irmã Chiara, 25 anos, está há sete anos na comunidade. Ela diz que fazia parte de grupos de jovens e louvores da igreja, mas sentia que o que fazia ainda era pouco. “Conheci o trabalho da fraternidade e vi que poderia viver na pobreza, simplicidade, mas com muita felicidade.” No início o trabalho foi em uma casa de acolhida de doentes químicos, no Pará, onde ficou durante nove meses e depois seguiu para São Paulo, onde trabalhou fazendo visitas a presídios e levando palavras de conforto aos detentos.
Irmã Chiara conta que no início a família não queria aceitar a sua decisão e que foi preciso que uma das irmãs fundadoras da comunidade fosse conversar com eles “Ela disse que o sonho de cada pai é ver o filho feliz, e se os meus pais queriam me ver feliz que me deixasse partir.” Segundo ela, hoje não existe mais preocupação por parte dos pais, e a comunidade acabou se tornando a sua família.
Ela diz que uma de suas missões é ajudar as pessoas que insistem em viver independentes de Deus. “O nosso trabalho é apenas uma gota em meio ao oceano, mas sem essa gota o oceano seria menor. Essas palavras da Madre Tereza sintetizam bem a nossa vida”, ressalta Irmã Chiara.
Americana
Sally Hernandes, 55 anos, é americana e descobriu a vocação um pouco mais tarde que a média de idade das demais irmãs. Advogada, ela deixou o pais de origem e a família para dedicar a vida a Deus. Morando há apenas cinco meses no Brasil, Sally ainda está em processo de preparação.
Ela conta que até 2004 não tinha uma vida religiosa intensa, porém a partir desse ano começou a sentir que faltavam algumas coisas em sua vida. Sem nunca ter casado, e sem ter filhos vivia com a família no Novo México, e trabalhava em uma clinica contra o aborto. “Sempre me perguntava, o que Deus quer de mim? E aos poucos ele foi me mostrando a vida religiosa”, observa. A irmã diz que em 2009 veio visitar amigos no Brasil, e foi quando conheceu o trabalho desenvolvido pela Fraternidade o Caminho. “A partir daí a mudança foi radical. Estou no Brasil e vivendo muito feliz”, afirma ela.
Jovem de Goioerê irá para os Estados Unidos
Das 13 irmãs, apenas a irmã Paula é da região. A família continua em Goioerê, mas o futuro dela para os próximos meses já está definido: ela seguirá em agosto para os Estados Unidos, onde em companhia de outras duas irmãs irá abrir uma nova casa. Será a primeira naquele país, onde trabalharão em um albergue, cuidando dos pobres e moradores de rua. “Será uma nova experiência”, frisa.
Com 20 anos, irmã Paula diz que não tem dúvida de sua vocação. Ela conta que até pouco tempo era uma jovem comum, que estudava, se divertia com as amigas e participava das missas aos domingo, porém quando conheceu o trabalho das irmãs não pensou duas vezes em participar. Ela diz que no início chegou a sentir medo da nova escolha, mas nunca sentiu dúvida. “Deus deu provas concretas da minha vocação e abri mão de tudo para segui-lo”, frisa.
Irmã Paula é a filha mais velha da dona de casa Cleuza Aparecida Ribeiro. Sempre que pode, a mãe vem a Campo Mourão para visitar a filha, e a mais recente foi no final de semana passado. Cleuza comenta que quando recebeu a notícia que a filha largaria tudo para ser tornar uma irmã, foi um grande impacto. “Sonhava em vê-la formada e trabalhando, mas foi uma escolha que a deixou muito feliz. E a maior felicidade dos pais é ver o seu filho feliz. Acabamos entendendo o que ela queria, e hoje é um exemplo para nós”.
Cleuza pondera que tem as preocupações normais de mãe para filha, como por exemplo, se está se alimentado direito e se está bem de saúde. “Mas sei que aqui ela está bem e que não falta nada. Hoje me preocupo mais com a outra filha que mora comigo do que com a irmã Paula.”
Elas são jovens, inteligentes e com futuros promissores em qualquer profissão que quisessem seguir. Porém, decidiram abrir mão de tudo para seguirem a vida religiosa despojada de qualquer bem material. Assim são as irmãs da Fraternidade o Caminho. Em Campo Mourão vivem 13 mulheres, a maioria com idades entre 20 e 25 anos que dedicam o tempo inteiro em cuidar da capela e fazer orações. Sem nenhum tipo de renda, sobrevivem apenas de doações, e ainda o que ganham dividem com as famílias em riscos sociais.
Com apenas 23 anos, porém com muita certeza de sua vocação, a irmã Eclésia é a coordenadora do grupo. Ela é de São Bernardo do Campo e está em Campo Mourão há pouco mais de três meses. De acordo com ela, a busca é sempre em servir Jesus Cristo e todas as suas faces, conforme propõe o Evangelho.
Ela observa que devido a vida simples que levam e a maneira que se vestem, muitas vezes caminhando descalças, a sociedade facilmente as confundem com mendigas. Porém, a irmã ressalta que a vida na pobreza é uma de suas atribuições. “Vivemos na pobreza assim como São Francisco e Santa Clara viveram. Uma pobreza material, mas não de Jesus Cristo. A sociedade de hoje é muito materialista, e muitas irmãs já chegaram a viver momentos de humilhação.” “É preciso viver com os pobres, para os pobres e como os pobres.” Segundo ela, essa frase elimina qualquer discurso.
Morando há três anos em Campo Mourão, a paraense irmã Chiara, 25 anos, está há sete anos na comunidade. Ela diz que fazia parte de grupos de jovens e louvores da igreja, mas sentia que o que fazia ainda era pouco. “Conheci o trabalho da fraternidade e vi que poderia viver na pobreza, simplicidade, mas com muita felicidade.” No início o trabalho foi em uma casa de acolhida de doentes químicos, no Pará, onde ficou durante nove meses e depois seguiu para São Paulo, onde trabalhou fazendo visitas a presídios e levando palavras de conforto aos detentos.
Irmã Chiara conta que no início a família não queria aceitar a sua decisão e que foi preciso que uma das irmãs fundadoras da comunidade fosse conversar com eles “Ela disse que o sonho de cada pai é ver o filho feliz, e se os meus pais queriam me ver feliz que me deixasse partir.” Segundo ela, hoje não existe mais preocupação por parte dos pais, e a comunidade acabou se tornando a sua família.
Ela diz que uma de suas missões é ajudar as pessoas que insistem em viver independentes de Deus. “O nosso trabalho é apenas uma gota em meio ao oceano, mas sem essa gota o oceano seria menor. Essas palavras da Madre Tereza sintetizam bem a nossa vida”, ressalta Irmã Chiara.
Americana
Sally Hernandes, 55 anos, é americana e descobriu a vocação um pouco mais tarde que a média de idade das demais irmãs. Advogada, ela deixou o pais de origem e a família para dedicar a vida a Deus. Morando há apenas cinco meses no Brasil, Sally ainda está em processo de preparação.
Ela conta que até 2004 não tinha uma vida religiosa intensa, porém a partir desse ano começou a sentir que faltavam algumas coisas em sua vida. Sem nunca ter casado, e sem ter filhos vivia com a família no Novo México, e trabalhava em uma clinica contra o aborto. “Sempre me perguntava, o que Deus quer de mim? E aos poucos ele foi me mostrando a vida religiosa”, observa. A irmã diz que em 2009 veio visitar amigos no Brasil, e foi quando conheceu o trabalho desenvolvido pela Fraternidade o Caminho. “A partir daí a mudança foi radical. Estou no Brasil e vivendo muito feliz”, afirma ela.
Jovem de Goioerê irá para os Estados Unidos
Das 13 irmãs, apenas a irmã Paula é da região. A família continua em Goioerê, mas o futuro dela para os próximos meses já está definido: ela seguirá em agosto para os Estados Unidos, onde em companhia de outras duas irmãs irá abrir uma nova casa. Será a primeira naquele país, onde trabalharão em um albergue, cuidando dos pobres e moradores de rua. “Será uma nova experiência”, frisa.
Com 20 anos, irmã Paula diz que não tem dúvida de sua vocação. Ela conta que até pouco tempo era uma jovem comum, que estudava, se divertia com as amigas e participava das missas aos domingo, porém quando conheceu o trabalho das irmãs não pensou duas vezes em participar. Ela diz que no início chegou a sentir medo da nova escolha, mas nunca sentiu dúvida. “Deus deu provas concretas da minha vocação e abri mão de tudo para segui-lo”, frisa.
Irmã Paula é a filha mais velha da dona de casa Cleuza Aparecida Ribeiro. Sempre que pode, a mãe vem a Campo Mourão para visitar a filha, e a mais recente foi no final de semana passado. Cleuza comenta que quando recebeu a notícia que a filha largaria tudo para ser tornar uma irmã, foi um grande impacto. “Sonhava em vê-la formada e trabalhando, mas foi uma escolha que a deixou muito feliz. E a maior felicidade dos pais é ver o seu filho feliz. Acabamos entendendo o que ela queria, e hoje é um exemplo para nós”.
Cleuza pondera que tem as preocupações normais de mãe para filha, como por exemplo, se está se alimentado direito e se está bem de saúde. “Mas sei que aqui ela está bem e que não falta nada. Hoje me preocupo mais com a outra filha que mora comigo do que com a irmã Paula.”
Fonte: Tribuna do Interior
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