A professora Elvira dos Santos recebeu merecida homenagem na última quarta-feira em Campo Mourão, pelo Rotary Club Araucária na sua reunião semanal presidida pelo engenheiro agrônomo Gilberto Guarido - na foto entregando a homenagem à professora.
A professora Elvira dos Santos, mãe do amigo Geraldo, hoje gerente da Coamo em Nova Santa Rosa, no Oeste do Paraná, completou 50 anos de magistério, atuando sempre numa mesma escola na localidade de Venda Branca, no Município de Peabiru. Lecionou de 1956 a 2006 na escola e só parou de lecionar quando a escola fechou as portas e então se aposentou.
Parar? Nem pensar, porque um professor jamais para de ensinar e continua lecionando todos os dias não émesmo doina Elvira. Como diz o filósofo "Quem nasce professor é professor para os resto dos seus dias" e "Os alunos podem não lembrar do nome do professor, mas quando o vê sempre o chama de ´Professor! Professora!´"
São muitas as histórias e as curiosidades da professora Elvira. Com alegria, a chamarei brevemente para contá-las no nosso programa "Tocando de Primeira" na rádio Rural AM. Segundo informa o amigo Gilberto Guarido, a professora Elvira começou a lecionar com 16 anos para pessoas, inclusive, mais velhas que ela, na sua maioria analfabetos e nordestinos. "Ela ensinou de 25 a 40 alunos a cada ano de sua profissão, de 1ª a 4ª série, todos juntos até a década de 70 no sistema multisseriado. No início a escola estava construída mas não tinha móveis, os alunos sentavam no chão para estudar. Então, os pais se reuniram para comprar cadeiras, mesas", explica Guarido.
Mas, como as condições eram mínimas na época, onde os alunos iriam escrever, já que não tinham cadernos? Gilberto Guarido ajuda a responder: - "A professora Elvira nos contou que como não havia cadernos ela juntava os folhetos de propaganda das Casas Pernambucanas, os costurava e dava aula usando o verso deles. Os números que apareciam nos preços dos produtos eram utilizados para ensinamento de matemática E as aulas de geografia tinham como base as notícias do rádio -numa época que não tinha TV-. Então ela falava para os alunos o que ouvia no rádio e mostrava no mapa onde o fato estava acontecendo. Já os fênomenos da natureza como chuva, vento, arco-íris, serviam para estudo nas aulas de ciências. E eles rezavam antes e no final das aulas".
Parabéns professora Elvira, orgulho da sua família, do filho Geraldo e da comunidade. Milhares de alunos aprenderam com a senhora durante esses anos todos, tornaram-se cidadãos, formaram-se padres, advogados, agricultores, deputados, profissionais liberais. Viva!
Parabéns também Rotary Araucária por esta lembrança e reconhecimento que emociona. E como emociona!
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