Na entrevista coletiva após a vitória do Brasil por 4 a3 sobre o Egito, pela Copa das Confederações, em Bloemfontein, na África do Sul, Dunga disse que considera válida a ajuda ao árbitro em momentos decisivos de um jogo.
A partida entre Brasil e Egito foi decidida em um lance polêmico. Aos 45 minutos do segundo tempo, Lúcio cabeceou uma bola após cruzamento de Daniel Alves, e o egípcio Al Muhamadi evitou o gol com a mão. Mas o árbitro Howard Webb, no primeiro momento, marcou escanteio. O auxiliar acompanhou a marcação. Depois de muita reclamação dos jogadores brasileiros, o juiz inglês mudou de ideia e assinalou o pênalti.
No estádio houve a sensação de que o árbitro foi avisado do pênalti pelo quarto árbitro, o australiano Matthew Breeze. Os dois têm uma comunicação direta durante a partida por meio de um ponto eletrônico. Por isso a revolta da comissão técnica do Egito, que considera que o houve interferência da transmissão de TV.
- Em alguns momentos importantes da partida é bom ter essa contribuição. Qualquer ajuda para deixar as coisas mais claras é válida. Ele (o árbitro) também deve ter visto que o jogador não tinha qualquer marca no rosto, que ele estava simulando, e deduziu que o jogador colocou a mão na bola.
Ao ser questionado sobre a representação que o Egito vai entrar na Fifa por causa do pênalti marcado pelo árbitro inglês Howard Webb, Dunga foi direto. - Isso é um problema do Egito, e não, nosso - disse Dunga. O auxiliar técnico do Egito, Chawki Gharib, reclamou bastante momentos antes do lance deixando até o representante da Fifa em uma situação delicada durante a coletiva.
- Talvez tenha algo novo na regra. Mas, até onde sabemos, é o juiz que tem a decisão final - disse o auxiliar técnico do Egito Chawki Gharib, que admite que ocorreu o pênalti no lance.
- Não estou aqui falando que não foi pênalti. Mas, sim, da forma como ele foi marcado. O árbitro deu escanteio. E depois voltou atrás e marcou o pênalti. Se o monitor fica à disposição para o quarto árbitro, por que a Fifa proíbe os replays no telão dos estádios? É apenas para não deixar os torcedores excitados? Queremos saber - completou Gharib.
Dunga também não gostou nem um pouco de uma pergunta feita por um jornalista estrangeiro feita sobre o futebol apresentado pela seleção brasileira na estreia da Copa das Confederações.
- Se ele deixar a gente treinar desde maio como fez o Egito para jogar a competição a partida seria completamente diferente. Manda ele reunir o time, jogar duas partidas decisivas para as eliminatórias, viajar 12 horas e jogar com um fuso de cinco horas virado. Garanto que a história do jogo vai ser bem diferente. Ele vai gostar bastante - disse o treinador para o jornalista.
Fonte: site Globo Esporte
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