ENTREVISTA DE DOMINGO: Sérgio Ueda

Neste domingo, 19 de abril, SÉRGIO UEDA, londrinense de nascimento e mourãoense de coração há mais de 20 anos, que pela segunda vez preside a Federação de Tênis de Mesa do Paraná é homenageado na ENTREVISTA DE DOMINGO do BLOG DO ILIVALDO DUARTE.
No início do ano de 1984, Ueda veio a Campo Mourão realizar serviços de medição de áreas de soja, milho e algodão, e por aqui ficou. Ele sempre gostou de esportes, motivado pelo apoio dos seus pais. Com inúmeras conquistas nos Jogos Abertos e nos Jogos da Juventude do Paraná, além dos jogos da Colonia Japonesa e da Federação paranaense, Ueda é uma unanimidade e uma referência para dirigentes, atletas, pais e a comunidade.
Confira a ENTREVISTA DE DOMINGO para saber o que pensa este mourãoense de coração, que continua fazendo historia e trabalhando para o melhor da nossa cidade e do nosso esporte.
Uma excelente leitura com esta celebridade mourãoense, porque, afinal de contas, você leitor e leitora do BLOG merece sempre o melhor.
Um ótimo domingo a você e a sua família. Viva!
Quem é Sérgio Massaji Ueda? Sou uma pessoa tranqüila, que lutou muito para obter a experiência e hoje tenta repassar isso para os mais jovens, tanto no campo profissional como na área esportiva. Nasci em Tapiraí, no estado de São Paulo no dia 8 de maio de 1952. Passei por Vargem Grande Paulista e São João da Boa Vista, em São Paulo, Carlópolis e Londrina, no Paraná, antes de vir em novembro de 1984 para Campo Mourão. Sou filho de Massao Ueda e Tatsuko Ueda, tenho mais três irmãos: Silvio, que é mais velho e mora em Itumbiara, Goiás; Sidnei , em Lorena, São Paulo e o caçula Sironey, em Londrina.
O que levou você a vir para Campo Mourão? No início do ano de 1984, vim a Campo Mourão realizar serviços de medição de áreas de soja, milho e algodão. Foi quando conheci a Coamo, pois a maioria dos proprietários eram associados. E, no final do ano ingressei na Coamo, onde trabalhei por 13 anos.
Onde você estudou? Como foi sua graduação e o inicio da sua vida profissional? Estudei o Primário em São João da Boa Vista (SP), o Ginasial em Carlópolis (PR), o Colegial em Londrina (PR) e a Faculdade de Engenharia Agronômica na UFPR em Curitiba (PR). Após a conclusão da Faculdade, trabalhei um ano em Londrina em uma firma de Assistência Técnica, seis anos em Mato Grosso (Dourados, Campo Grande, Cuiabá, Sinop, Juara e Matupá) e em Rondônia (Vilhena e Porto Velho).
Atualmente, estou locado na Topocamp, atuando na área de topografia, com trabalhos para Sisleg (averbação de áreas de mata ciliar e reserva legal - IAP), georreferenciamento de imóveis INCRA).
Quando e onde começou a sua participação no esporte? Sempre gostei de esportes, meus pais praticavam e incentivavam muito, aprendi o baseball e tênis de mesa com eles, em Carlópolis (PR).

Muitos talvez não saibam que Sérgio também é apaixonado por basebal.

Qual o seu esporte preferido e quais suas principais conquistas? Ainda gosto muito de baseball e tênis de mesa. Conquistas, foram muitas ao longo desse tempo, nessas modalidades. No Baseball: quando ganhei o Tri – Ouro (melhor rebatedor, melhor conquistador de pontos e rei do quadrangular) – foi o mais marcante. No Tênis de Mesa: 9 anos campeão dos JAP’S; 13 no Inter Paraná; 3 no Inter Brasileiro , como atleta; e como técnico foram 7 anos consecutivos campeão feminino no JOJUP’S; um no masculino JOJUP’S; 2 anos no masculino JAP’S; 1 no feminino JAP’S e 14 no Inter Oeste.

No pódio em Londrina, no Paranaense deste ano.

Como era a prática do tênis de mesa antes e como é hoje? Por quê muitos não gostavam do nome “ping-pong”? Essa mudança ajudou a popularizar o esporte? Antes, os atletas treinavam e participavam como esporte/lazer. Atualmente, os treinamentos visam a competição, dedicando com muita determinação. Após a criação da ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa), os praticantes da modalidade ficavam ofendidos ao chamarem de “pingpongueiros”, pois existe em paralelo a prática do ping-pong, que é mais para o lazer. Sob o ponto de vista de competição, sim ajudou muito.
Sérgio, quais os melhores atletas que viu jogar ou enfrentou? E quais os melhores mesatenistas de Campo Mourão de todos os tempos? Os melhores atletas, assisti no Abertos do Brasil (Mundialito no Rio de Janeiro), no ano de 2000, onde participaram 18 dos 20 melhores ranqueados do mundo, foi um espetáculo. Os melhores de Campo Mourão na minha opinião são Kelly Umeki, Tatiana Seki, Glauco Tashiro e Viviane Nakasato.

Sérgio, um eterno professor, sempre ensinando e revelando talentos

Por quê uma parte da juventude hoje em dia se volta para as drogas e não para o esporte? Pela facilidade para aquisição, pelas propagandas chamativas do fumo e álcool, filmes e notícias envolvendo drogas, e principalmente a falta de esclarecimentos e orientações na educação do jovem, seja da família ou da escola. O esporte é o caminho para sair e fugir desse ambiente.
O que você não fez como atleta e dirigente, que se tivesse oportunidade, ainda gostaria de fazer? Tudo acontece no seu tempo, portanto, com o passado estou satisfeito. Quero ter a oportunidade de criar um espaço para pessoas com deficiência, hoje nós temos na Federação um atleta vice-campeão Paraolímpico, na China.
Qual é o seu time do coração? E o maior ídolo desse time? Meu time chama-se Sonibram (Sociedade NipoBrasileira Mourãoense) e o meu ídolo é Oscar Azuma - presidente da Sonibram e membro da diretoria por diversos mandatos.

Oscar Azuma, quando da apresentação do Imim 100 no Rotary Campo Mourão, em 2008

Como torcedor e cidadão, quais são as maiores dificuldades do esporte de Campo Mourão? As dificuldades, acredito, estão em toda as cidades, entendo que precisamos aproveitar o material humano que está disponível e trabalhar para colhermos os resultados.
O que poderia de acontecer de melhor para o tênis de mesa de Campo Mourão? Estou com saudades do Campeonato Inter Colonial Brasileiro que realizamos no ano 2000 em Campo Mourão, que até hoje, recebemos muitos comentários positivos que relatam daquele evento. Hoje não é possível realizar em nossa cidade em função do local, pois precisamos ter um ginásio de esportes que comporte no mínimo 30 mesas. Como é difícil a sediação, interessante seria se tivéssemos um centro de treinamento com local e piso adequado para a prática, para atender o nível técnico dos atletas que atualmente estão treinando, que se nivelam com os de grandes centros do Estado.

Sérgio Ueda, ao lado dos paranaenses e de Hugo Hoyama, no Intercolonial Brasileiro este ano em São Bernardo do Campo (SP)

A que se deve a sua presença e a do Edilson, no comando do tênis paranaense? Tem muitos desafios? Como já disse, tudo acontece no tempo correto. O colega mesatenista Silvio Kamogari, auxiliou muito na melhoria do nível técnico dos atletas na época. Hoje, o Edílson Suetomi (Pai do Guilherme, que foi campeão do Inter Brasileiro em 2008), auxilia muito na organização, tanto no Departamento da Sonibram como na Federação. Desafios? São muitos. Realização aos poucos de acordo com o trabalho em conjunto com as filiadas da Federação.

Ueda e Edilson, com Hugo Hoyama, este ano no estado de São Paulo, por ocasioão do Brasileiro Intercolonial

Como você analisa o esporte mourãoense, sob a ótica do apoio do empresariado? Falamos muito em crise, acredito que o maior problema é a alta taxa de impostos que é recolhido, dificultando qualquer patrocínio e colaboração na área esportiva. Com certeza teria mais patrocínio, se o fizesse através de incentivos fiscais.
E sob a ótica da política, a nossa cidade é unida ou desunida? Desunida, a oposição nunca colabora para acrescentar.
Como engenheiro agrônomo e empresário, você apoia o esporte e especialmente o tênis de mesa. Tem tido retorno? É difícil analisar o retorno. Eu diria que o retorno é a minha satisfação por ter dado uma contribuição para um grupo de pessoas que convivemos diariamente.
Que sonho você tem com relação ao tênis de mesa em Campo Mourão? Ver um dia a modalidade de tênis de mesa nas escolas.

Quem é exemplo no esporte em nossa cidade? O professor de judô Shigueru Matsumi, pela dedicação e disciplina aplicada ao esporte.

Poderia relembrar algum fato pitoresco da sua carreira? Um fato marcante foi a realização do Inter Colonial Brasileiro de 2000 em Campo Mourão e conquista do heptacampenato feminino consecutivo dos Jogos da Juventude do Paraná (Jojups).
Ética em uma frase é... ser sincero e disciplinado durante os 24 horas do dia.
Cite três personalidades esportivas? Itamar Tagliari, Edson “China” Hirata e Paulo César Costa, do Atletismo.Edson "China" Hirata, do basquete mourãoense

Cite três personalidades mourãoenses? Dr. José Aroldo Galassini (Coamo), Oscar Sumio Azuma (América do Sul) e Cláudio Furukawa (Farmácia Central)
A Campo Mourão do presente é ...... A cidade é bastante tranquila onde estou me realizando profissionalmente e esportivamente.
A Campo Mourão do futuro espero que seja... Como em várias cidades do País, diminuir os crimes que acontecem no dia a dia. Que melhore na educação e saúde para toda população.

Sérgio Ueda, Aroldo Gallassini e Jintaro Ikeda: homenageados em Campo Mourão no ano passado nas comemorações do Imim 100 (Centenário na Imigração japonesa no Brasil)

Qual o seu recado aos leitores do BLOG? Sempre digo, Ilivaldo, voce é o maior entrevistador da comunicação, sempre surpreendendo com suas iniciativas, parabéns. Em setembro realizaremos o Inter Paraná, você está convidado para ser o mestre do cerimonial de abertura, para lembrar e relembrar o ano 2000. Agradeço pelo convite em poder estar na ENTREVISTA DE DOMINGO, esclarecendo e lembrando das horas agradáveis que passei junto com a turma do tênis de mesa de Campo Mourão. Um apelo para os Pais: incentivem seus filhos a praticarem alguma modalidade esportiva, na certeza de que terá um vida mais saudável e um grupo de amigos mais disciplinados. A você Ilivaldo e a todos os Mourãoenses, muitas Felicidades com muita saúde, paz , amor e muita harmonia nos seus lares.