21 de jan. de 2019

DONA DELÉZIA SLOMP, 100 anos muito bem vividos

A idade avançada não tirou a disposição, lucidez e boa saúde da Dona Delézia Slomp. “Estou começando a viver agora”, disse. Na chácara onde mora há mais de 40 anos, com a casa cercada de mata nativa às margens da Estrada Boiadeira, dona Delézia recebeu a reportagem da TRIBUNA, junto com as filhas Eda e Vilma. Ela é mãe de cinco filhos (três mulheres e dois homens), tem nove netos e dois bisnetos.
“Dirigi por 63 anos e nunca sofri um acidente. Parei faz pouco mais de quatro anos”, conta Dona Delézia, que faz parte do Clube do Fusca de Campo Mourão com seu “fuca” que ganhou do marido em 1986. Das muitas histórias enquanto foi motorista, lembra de uma na década de 70, quando foi a Curitiba, comprou uma camionete e veio dirigindo até Campo Mourão.
Dona Delézia ainda estuda inglês e conta que
conheceu países dos cinco continentes. “Viajei muito com meu marido e depois que ele faleceu, com minhas filhas. Com o Paulino acompanhei nos Estados Unidos o lançamento do foguete que pousou na Lua, em julho de 1969”, conta orgulhosa, ao lado dos livros de inglês que costuma ler. Ela acompanha o noticiário do mundo pela internet e conversa com os netos e filhos que moram em outros países.
Ela lembra como era Campo Mourão e especialmente o Lar Paraná na década de 50: “muita poeira, muitas queimadas e grandes formigueiros. Era um tempo muito difícil”, conta. Mas hoje ela elogia a cidade. “Não tem lugar melhor, adoro viver aqui. Campo Mourão é uma flor que desabrochou, se desenvolveu bastante, só precisa cuidar melhor das calçadas, das ruas dos bairros e as pessoas terem mais cuidado no trânsito, porque acontecem muitos acidentes”, analisa. Mesmo não tendo mais a obrigação de votar, na eleição de outubro do ano passado ela compareceu na sua seção e votou para os candidatos escolhidos.
Enquanto concedia a entrevista, Dona Delézia era informada pelas filhas sobre o andamento dos preparativos para a festa de aniversário. “Amanhã vão chegar os outros filhos e netos”, comemorava. A escolha do local para construir a casa, segundo ela, levou em conta a localização em um ponto mais alto
e o contato com a natureza preservada. A consciência ambiental, por sinal, sempre foi uma marca dela e do marido, repassada para a família. Para vender os terrenos no loteamento onde hoje é o Lar Paraná, era exigido, no contrato, que o comprador plantasse duas árvores no lote. 
Texto e fotos: Valdir Bonete, jornal Tribuna.

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