28 de ago. de 2017

COLUNA DO PROFESSOR MACIEL: Devolva

“Quem empresta e não devolve, não presta.
Quem se presta a não emprestar, presta”.
Estive Nólocal (b.d.C)
"Quem bate esquece, quem apanha, não”, o ditado muito conhecido dá para aplicar quando se tratar de empréstimo. Quem recebe um empréstimo, esquece, mas quem emprestou, não esquece.
Quem tiver algo para devolver, devolva! Fazer-se de esquecido do tipo não se lembrar, mesmo, que emprestou dinheiro ou algum objeto, é comportamento errado, lesar ao se apropriar de algo que foi apenas cedido. Apropriação indevida. Desmerecer e abusar da confiança.
Antes – ou depois – que o caro leitor pense, o texto não tem qualquer motivação e intenção pessoais. Sequer possuo algum fato para contar relacionado a empréstimo e a não restituição. 
Formas sutis ou diretas são sugestões dadas para quem pretende ter de volta o que emprestou, não faltam. Além do objeto emprestado, tem um aspecto que exerce influência e bem maior ou de maior valor, o orgulho ferido. Quem emprestou tem a autoestima atingida, daí a ofensa poder alcançar proporções tão elevadas que são comuns desfechos trágicos.
Caso exista quem tenha me emprestado algo, dinheiro, objeto..., sei lá mais o quê, por favor, se manifeste do tipo, “ô, Maciel, devolve aí”. “Te emprestei e não me devolve mais!”.
Vou devolver! Vô dá jeito de reparar o dano. Tenham paciência. Lembrem-me o que devo. 
Nunca é tarde para devolver. Mesmo que simbólico, devolver, muito tempo depois, pode ser que tenha a ver com drama de consciência.
Há anos li a notícia sobre uma pessoa que, passados mais de 30 anos, devolveu o livro emprestado de uma biblioteca chinesa. O exemplar era igual a muitos com o mesmo título. É possível que na biblioteca ninguém mais tenha notado a falta, embora constado no registro a não devolução.
A pessoa que tinha tal dívida, estava no leito de morte e foi a última vontade, entregar o livro para o acervo da biblioteca.
À época e como agora estou intrigado e continuo sem saber: Qual o título e nome do autor do livro? E o surrupiador, leu ou não leu o livro?

Fases de Fazer Frases (I)
 A inveja por não ter sorte é o maior azar.

Fases de Fazer Frases (II)
Estranho é achar tudo normal. Normalmente não é estranho.

Fases de Fazer Frases (III)
Bom da idade é bondade. Mal da idade é maldade.

Fases de Fazer Frases (IV)
Mar das incertezas é preferível, ao leito seco do pessimismo.

Fases de Fazer Frases (V)
A vida é troca. A vida é toca. A vida não é oca.       

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Falta de dinheiro ou falta de prestígio? Ainda que tenha passado semanas, não deixa de ser surpreendente o fato de a Copel e a Sanepar deixarem de patrocinar o Basquete de Campo Mourão. Não é só a nossa região que perde e sim o Paraná em termos nacionais nessa modalidade. Se as duas companhias controladas majoritariamente pelo governo estadual alegam não ter dinheiro, a impressão é que foi fácil a aceitação por parte das nossas ditas lideranças regionais. 

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Um assunto puxa o outro (em relação à nota acima), faz lembrar o presídio em construção em Campo Mourão. Quando paralisada a obra por longo o tempo, o silêncio foi geral. Bastou retomarem a construção para tudo mundo aparecer e posar para a foto. Embora ninguém deseje, mas, caso venha acontecer outra paralisação ou atraso, ninguém (ou quase) aparecerá para o retrato.

Caixa Pós-tal
Rafael Carlos Eloy Dias, professor em Santa Catarina, dá notícias ao escrevinhador aqui, tio dele, e comenta: “Não liguei porque meu celular está no conserto (se ele estivesse no concerto, estaria no teatro municipal, não na assistência!). O doutor em Química também sabe do idioma.

Reminiscências em Preto e Branco (I)
Relógio sem hora certa é questão de tempo.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Não lembrar da memória, largá-la num lugar para não ser achada, alargada.

José Eugênio Maciel, mourãoense, filho de pioneiros, professor, sociólogo, advogado, escritor, membro das Academias Mourãoense de Letras e Centro de Letras do Paraná. 

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