16 de fev. de 2015

COLUNA DO MACIEL: Jornal impresso, a confiança no papel

Quem sabe, muitas vezes não diz. E quem diz muitas vezes não sabe” Máxima do jornalismo investigativo
A maior confiança dos brasileiros nos meios de comunicação continua sendo os jornais impressos, 58%. Na busca da informação a televisão tem 54% e o rádio 52%.  
“O jornal impresso vai acabar”, sinteriza a projeção feita inclusive por vários jornalistas, devido ao crescimento e expansão da internet. Se o jornal impresso irá desaparecer não é para tão cedo. A diferença entre jornal de papel, TV e rádio é pequena, evidencia a credibilidade que todos eles possuem, ainda não abalada pela internet, que cresceu de 26% para 37%, 2013 para 2014.
A pesquisa feita pelo Ibope com 18 mil entrevistados, entre os dias cinco e 22 de novembro de 2014, foi encomendada pelo governo federal. De cada dez brasileiros que acessam os meios de comunicação impressos, pelo menos oito é para se informarem, sendo que 58% declararam que confiam “sempre”. Embora notório, uma nova geração que quer informações e que já nasceu diante de um computador com internet, os meios de comunicação concorrem com o mundo virtual, que é ao mesmo tempo uma ferramenta aliada. É a integração entre veículos: quem assiste televisão dispõe do canal na internet, como o rádio e publicações impressas. 
No meu caso, creio que o vício por ler jornais impressos
esteja no cheiro do papel e da tinta, que pretejam os dedos. O que fiz foi incorporar a rede mundial de computadores, sem deixar de lado também o rádio. Devemos mudar, no meu caso sem pressa, a força do hábito não é uma contrariedade ante novas tecnologias.
Dos leitores, 84% estão sempre em busca da informação. A pesquisa tem um dado muitíssimo interessante que contraria uma “verdade” quanto ao domingo. O dia de maior leitura é a segunda-feira (48%) e não o domingo, e o pior dia é o sábado (35%). Paraná, Piauí e Ceará são os Estados que mais preferem internet. 13% compram jornal na banca e 20% têm assinatura.
A internet é um desafio para os jornais, se ela veio para ficar e ampliar o espaço dela, os jornais impressos, a televisão e o rádio vão se transformando para não perderem a interação com leitores/telespectadores/ouvintes.
O tempo dirá. A cautela não deve ser posta de lado. É no tempo que se pode encontrar um exemplo como advertência. Quando surgiu a televisão, sentenciaram: ninguém mais ouviria o rádio, as imagens magnetizam de tal modo que ele acabaria. Outro exemplo, inventada a fotografia, ela sepultaria os profissionais na arte da pintura. Nada morreu, nada é preciso ressuscitar.
Fases de Fazer Frases (I)
O olheiro tem olheiras de orelha a orelha.   
Fases de Fazer Frases (II)
Ser alegre é mais do que não estar triste. Tristeza maior é não ter alegrias para lembrar.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Como o tema principal hoje é sobre a credibilidade dos jornais, cabe citar a ironia do escritor e jornalista Luís Fernando Veríssimo: “Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data”.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Durante décadas esta Tribuna, que só circulava aos domingos, tinha a tradicional coluna Jiboiadas, gerou um livro contento os melhores textos. Ela foi escrita pelo inesquecível Adinor Cordeiro, que tinha o apelido de Jiboia. Em homenagem a ele e aos jornalistas, cito o humor e sabedoria contidos na seguinte frase: “Jornal foi feito para embrulhar”.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)      
Em tempos de crise econômica é necessário austeridade e medidas eficientes  para enfrentá-la. Porém, elas não podem elevar os custos de produção, que resulta em agudizar a crise. Ou seja,  não se deve deixar de produzir. O exemplo positivo é mais uma vez dado pela COAMO, a cooperativa, com 9,68 bilhões de receita, está distribuindo sobras para os cooperados: 258,7 milhões de reais já circulam nas áreas de atuação da Cooperativa. Grande lição, o produtor não deixa de semear, sabe ele que para colher tem que plantar.              
Reminiscências em Preto e Branco
Meninos gritando pelas ruas para vender jornais, “extra, extra!!” e eles leem manchete.  Perdi a conta de tais cenas, só vi em filme.           
José Eugênio Maciel, mourãoense, professor, sociólogo, escritor, advogado, membro da Academia Mourãoense de Letras e Centro de Letras do Paraná.

Nenhum comentário:

Postar um comentário