3 de fev. de 2014

APÓS DERROCADA FINANCEIRA E SEM SUCESSO projeto quer reviver basquete londrinense

Que o basquete em Londrina viveu épocas de muitas glórias, não é novidade. O time que lotava o Ginásio Moringão - chegou a levar mais de oito mil pessoas – e teve como melhor colocação na liga nacional um quinto lugar em 2006, não entra em quadra desde 2011. O projeto inicial ruiu. Tentou-se voltar com equipes com novos nomes, mas nenhuma conseguiu avançar. Agora, mais uma tentativa quer reviver os bons momentos da modalidade na cidade.
Bruno Lopes, assistente técnico do time de basquete entre os anos de 2005 a 2011, vai apresentar um projeto, junto a Fundação de Esportes de Londrina (FEL), para conseguir verba do Programa de Apoio ao Esporte de Rendimento. Ele pode solicitar financiamento entre R$ 60 mil e R$ 100 mil, sendo necessária a contrapartida de metade do valor requerido.
“A equipe chegou ao melhor resultado em 2006, conquistando o 5º lugar na liga nacional. A partir daí, cresceu os olhos de quem não lutava realmente pelo êxito do basquete e, sim, por interesses pessoais. Por questões administrativas a equipe de basquete chegou ao fim”, lamenta Lopes.
A falta de patrocínio surgiu após alguns entraves em relação à idoneidade de gestores da equipe. “A Prefeitura diminuiu os recursos, e as empresas perderam a confiança no basquete. Está muito difícil conseguir apoio privado.”
Agora ele atua na captação de recursos para contrapartida do projeto. Se conseguir será o técnico da equipe masculina júnior. “Se tudo der certo, conseguiremos os valores necessários para ressuscitar novamente a equipe adulta masculina, esse é nosso maior obstáculo”, aposta.
O lado financeiro será, com certeza, o principal obstáculo a ser superado pela nova equipe. Marival Júnior, coordenador técnico do novo projeto, comandou a equipe adulta em 2011 sem remuneração. “Muitos atletas entraram com processos contra a Prefeitura e Sercomtel para requerer seus salários atrasados, mas eu estava tão desgastado que evitei mais problemas, a maioria está até hoje esperando um parecer da Justiça.”
Atual técnico da equipe feminina júnior, Marival tem ótimas perspectivas para as categorias de base. “Para sermos escolhidos, precisamos ter maior número de parceiros, retorno social e resultados dos últimos três anos e nosso projeto atende a esses critérios. Já para o adulto, além de tudo isso, precisamos de muito mais patrocínio.”
Sem apoio, equipes sobreviveram por pouco tempo
A decadência da equipe masculina de basquete adulto começou em 2006, depois de conquistar o 5º lugar na liga nacional. Técnico da equipe entre 2002 a 2005, Walter Montagna se diz triste pela situação. “A equipe precisa de patrocínio assim como em outras modalidades, as empresas apostam tudo no futebol e deixam de lado nosso basquete.”
Para Montagna, assim como na iniciativa privada, deve haver apoio também da Prefeitura, não só no aspecto financeiro, mas atuando como ponte entre a equipe e os patrocinadores. “Infelizmente, não vejo perspectivas de retorno, já que no Paraná não temos muitas equipes fortes”, e complementa: “Nós perdemos a identidade de um esporte vibrante”, destaca.
Financiamento
De acordo com o diretor-técnico da Fundação de Esportes de Londrina (FEL), Jefferson Del Fraro, os projetos com incentivo do Fundo de Apoio ao Esporte (Feipe) podem ser tanto para equipes juvenis quanto adultas. “Ainda não tivemos nenhum projeto protocolado, por isso, fica difícil mensurar quais esportes de rendimento teremos na cidade.”
Del Fraro ainda ressalta que o Programa de Apoio ao Esporte de Rendimento objetiva apoiar equipes que pretendem disputar a liga nacional, campeonato paranaense, entre outras competições. “O grande problema do esporte de rendimento é que o patrocínio tem que partir da iniciativa privada, claro que o poder público sempre deve apoiar, porém, não podemos ser os mantenedores”, ressalta. Jornal de Londrina.

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