5 de mar. de 2013

COLUNA DO PROFESSOR JOSÉ EUGENIO MACIEL: Penalidade, a máxima do futebol


“Jogador de futebol fazer gol de letra,  tá aí uma contradição da história” Murilo Leal
Há 122 anos foi criado o pênalti, a falta máxima do futebol, em 1891, precisamente no dia três de março e que passou a vigorar no ano seguinte. Trata-se de uma das regras que não sofreu alteração na aplicação da penalidade, embora muitas discussões quanto à interpretação sejam tão caudalosas quanto a sua antiguidade.
O futebol faz parte da cultura brasileira no sentido popular do termo. E a cultura no futebol é ruim como os gramados de muitos campos, até mesmo pondo-se mais areia do que grama. Aliás, areia no futebol não está apenas no espaço destinado às partidas, mas nos estatutos, regras, nos programas esportivos e na cartolagem.
O despreparo emocional resulta da ausência de cultura de vida de grande parte dos jogadores, destituído da razão e impregnada de instinto. E quando se trata de pênalti fica evidente esta falta de competência.
Repare bem o caro leitor e especialmente o caro torcedor. Ao marcar a penalidade máxima, os jogadores do time que tem a o pênalti para bater, antes da cobrança chegam a comemorar exageradamente, se abraçam, gesticulam. Eles “contam com o ovo antes da galinha ter botado”, o pênalti é uma espécie de “favas contadas”, já que não se poderá ver muita gente comendo apenas a grama rala. A torcida do time que tem o pênalti também vibra muito... antes da hora.
Mas o amplamente esperado nem sempre acontece. A alegria muda de lado.
Sim, futebol é tão paixão que a passionalidade ofusca, cega e derruba. O cantar vitória antes do tempo gera o que parecia imponderável. Não se trata de desejar negar a expectativa latente que foge ao controle, mas o contágio do grito de gol já fora da garganta antes do tempo pelos jogadores põe uma pressão ainda maior naquele que irá bater o pênalti. E se pênalti é loteria como diz o chavão futebolístico, é preciso jogar, não na loteria propriamente, mas a bola para dentro do gol em razão da penalidade cobrada certeiramente. E só depois comemorar!
Comemorar antes da hora é ser maximamente estúpido e minimamente prudente. Quem decide um título nos pênaltis não pode se sentir injustiçado caso venha a perder. A cobrança de pênalti é apenas o único modo de resolver uma decisão quando os dois times não tiveram a capacidade de ganhar sem precisar de tal cobrança. E cada gol comemorado é também uma obrigação cumprida.   
Fases de Fazer Frases (I)
Somos soma. Somamos o que somos. E tudo é negativo quando sumimos.
Fases de Fazer Frases (II)
Ainda que as flores não tivessem perfumes, continuariam atrativamente belas, como a água feito chuva, antes mesmo de fazer os rios.
Fases de Fazer Frases (II)
O pedinte amola quem não lhe dar esmola. De tanto esmolar a esmo continua o mesmo.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Além das motos irregularmente ocupando o estacionamento de carros, motos destinados à venda da “Moto Marques” na Rua Prefeito Devete de Paula Xavier, em Campo Mourão, lá puseram um cone sinalizador para dar um “ar” de sinal de trânsito, medida coercitiva e fragrantemente ilegal.
E como se não bastasse o abuso, na última sexta alguém sai da loja e “testa” o spray no poste de luz que fica praticamente em frente à oficina. No mesmo poste que já tem as iniciais de alguém, lembrando o velho ditado: “por onde o burro passa, deixa o rastro”.  
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
De relator a presidente do Supremo Tribunal Federal – STF, o ministro Joaquim Barbosa deixa claro o mesmo empenho para a conclusão efetiva do julgamento do “mensalão”, com a aplicação das penas. Enquanto tal não ocorre, os deputados José Genoíno e João Paulo, ambos petistas, do PP Pedro Henry e Valdemar Costa Neto, PR, prosseguem com os mandatos, como “guardiães do dinheiro público”, “embora tenham metido a mão no jarro” do Erário. É esperar para ver, pois pagar o contribuinte pagou e continua pagando.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Seja lá como for, a condição de “ex-papa” é mesmo estranha. Mas é fato e Bento XVI não papa mais. E será que o novo papa será velho, de novo?
Olhos, Vistos do Cotidiano (IV)
As esperanças estão se esvaindo para os candidatos que imaginavam que todo o concurso para o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar no Paraná seria anulado. Apenas em algumas regiões o processo será refeito. Na internet, especialmente no “feici buqui” muitos foram os protestos com tamanhos erros de conjugação verbal e destituídos de argumento no mínimo razoável, que é possível antever que nesses casos poderia se fazer mil concursos e muitos não passariam caso não sejam alfabetizados.  
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Em meio ás lembranças a saudade é inteira.  
Reminiscências em Preto e Branco (II)
Não podemos lembrar tudo, ainda que tudo seja lembrança. E não podemos ser só lembrança, ainda que a lembrança seja só.
José Eugênio Maciel, mourãoense, professor, advogado, sociólogo e membro da Academia Mourãoense de Letras.

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