15 de jul. de 2011

COLUNA DA PROFª MARIA JOANA: Novos tempos!



A presença alegre, conciliadora, amiga do governador Beto Richa na Festa Nacional do Carneiro no Buraco marca realmente um novo tempo no governo do Paraná. Sem antigas brigas, acusações, desentendimentos, desfeitas o governador não se esquivou dos problemas da cidade nem da disputa das câmaras das pessoas que queriam ser fotografadas com ele.

Caminhou alegre e sorridente em meio ao povo com os líderes políticos de diferentes partidos. Assinou convênios com as Santas Casas de Campo Mourão e Goierê, degustou o nosso prato típico (até elogiou o prato e a festa no twitter). Também anunciou investimento em estradas rurais para o escoamento da produção, reconhecendo que “cabe ao governo oferecer a infra-estrutura necessária para promover o desenvolvimento e a distribuição de riquezas”, e que o ”produtor rural sempre fez a sua parte da porteira para dentro”.
Para a cidade liberou recursos para a pré-pavimentação e recape asfáltico. Na semana passada estendeu a todos os municípios do Paraná os princípios da Lei Estadual da Transparência que garantirá maior transparência nas contas da administração pública.
Que diferença da figura polêmica e pouco transparente do ex-governador que colhe agora os frutos de sua prepotência e autoritarismo nos vários processos judiciais contra ele. Num deles, acusado de calúnia, Requião (PMDB-PR) se dispôs a pagar indenização ao ministro Paulo Bernardo, o que, para advogado de Bernardo, um “reconhecimento de culpa”. “Pela primeira vez na vida dele, o Requião propõe um acordo judicial”, declarou o defensor do ministro.
De coração político do Brasil também vem sinais de mudança. Pela primeira vez, o anúncio da safra ocorreu longe de Brasília, na cidade paranaense de Francisco Beltrão, reduto eleitoral da ministra Gleisi. E pela importância da nossa agricultura até poderia ser em Campo Mourão... mas, pelo menos foi no Paraná. E o governado Beto Richa (PSDB), também esteve presente, e no seu discurso, disse que, nessas horas, divergências políticas devem ser esquecidas. Dilma anunciou que governo oferecerá aos pequenos agricultores linhas de crédito de até R$ 16 bilhões, cifra idêntica à da safra anterior, não utilizado totalmente, sobrando na rede bancária cerca de R$ 5 bilhões. Num reconhecimento de culpa, para evitar novas sobras, o governo vai simplificar o processo e reduzir as taxas de juros. Antes, variavam de 1% a 4%, dependendo da finalidade do empréstimo. Agora, não passarão de 2%. Ao discursar, Dilma realçou a importância dos agricultores familiares e com a produção de alimentos das pequenas propriedades, é possível "acabar com a miséria extrema no nosso país.
Também Dilma também vem agindo de forma diferente do antecessor. A ação drástica na demissão sumária da cúpula do Ministério dos Transportes logo que as denúncias apareceram sem ficar pondo panos quentes, negar as malfeitorias, culpar a ”imprensa golpista”, é um sinal de esperança. Esperamos muito mais, é claro: punição dos culpados pela nossa “ágil” justiça, devolução do dinheiro público usado para enriquecimento pessoal, das empreiteiras, para as verbas de campanha, cancelamento dos contratos e obras superfaturados... É esperar demais, mas, temos que ter esperança sempre e acreditar em “milagres” como este:
Após 13 anos União conseguiu reaver R$ 54,9 milhões dos R$ 169 milhões desviados da construção da sede do TRT de São Paulo, um dos maiores escândalos de corrupção nos anos 90. O ex-senador Luiz Estevão, dono da construtora envolvida, já cumpriu a sentença da Justiça Federal e depositou o dinheiro. Segundo o governo, é o maior valor recuperado em casos de corrupção.
Outro sinal de esperança para o bolso do contribuinte foi a pressão de Dilma para do banco BNDES retirar-se da negociação que levaria à fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour, envolvendo um banco público em uma batalha privada, evitando a injeção de verbas públicas em uma briga em que o contribuinte brasileiro entraria com a cara e com o bolso, naturalmente.
Ver o dinheiro roubado voltar para os cofres públicos, os governantes de diferentes partidos unidos em torno de causas a favor do povo é o maior sinal de esperança. Os altíssimos impostos que pagamos tem que retornar em SAUDE DE QUALIDADE PARA TODOS, EDUCAÇÃO, INFRESTRUTURA EM TODOS OS NÍVEIS. A comunidade tem que estar unida para cobrar sempre mais transparência em todos os setores públicos e entidades que recebem contribuições do governo e da comunidade. Somente assim viveremos efetivamente esses Novos Tempos!!!
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC-majocalderari@yahoo.com.br

Maria Joana escreve aos sábados no jornal Gazeta do Centro Oeste e também neste BLOG.

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