5 de abr. de 2011

DO BLOG DA NÉIA: Diferentes, porém amigos!


À medida que a minha idade aumenta - tentando não envelhecer no coração e na mente - percebo estar ficando mais seletiva, dou-me ao luxo de escolher quem eu quero por perto, isso é bom ou ruim? Não sei ao certo, apenas sinto que é algo que eu já deveria estar fazendo há muito tempo. Já é fato que a companhia de verdadeiros amigos pode ser considerada um fator importantíssimo para uma boa qualidade de vida, afinal essa alegria se transforma em endorfina, impulsiona, dá ânimo e traz um enorme prazer em estar junto. Bons amigos não são, exatamente, aqueles que possuem as mesmas características de personalidade, afinal as diferenças quando bem trabalhadas podem tornar uma amizade especial, o que sobra de bom em algum pode ser exatamente o que falta no outro, é assim que se completam. Por vezes, é certo, ser preciso uma dose de tranquilidade e paciência, afinal há sempre aquele que adora um discurso interminável ou o que procura um ombro para desafogar as suas mágoas, outros ainda trazem uma expressão suplicante dizendo estar precisando afinar as ideias. Não posso também me esquecer dos que vem, rindo-se com todos os dentes, na sua mais luminosa alegria apenas para matar a saudade, quer coisa mais agradável? E tudo isso, fiquem sabendo, eles também tem que suportar, estoicamente, da minha parte. Somos diferentes em alguns itens, mas totalmente cúmplices nas alegrias e nos queixumes. E se, porventura, em meio a essa distinção de amigos, alguma opinião se torna gritante e de difícil aceitação, então é hora de buscar aquela serenidade que só a distância produz, mas nunca é demais lembrar que, quando bem conversado, tudo pode ser resolvido ou amenizado. Não importa o quanto somos diferentes desde que, ao estarmos juntos, sintamo-nos bem e queiramos esticar, infinitamente, esses momentos. E ao falarmos das fragilidades um do outro, certamente, não nos riremos, haverá somente um arroubo mútuo de solicitude e ternura. De uma coisa eu tenho a certeza, viver sem amigos deixa a vida lúgubre e vazia, a existência só tem sentido quando se tem companhia e com ela poder, a qualquer momento, perder-se em risos ou lágrimas, por qualquer pretexto.


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