15 de mar. de 2011

COLUNA DO PROFº MACIEL: Mourãoenses, escrevam mais, crivem com as palavras


“Finalmente, escrever bem não é repetir o que já foi escrito: é servir-se do que já foi dito para dizer pela primeira vez. É surpreender o lugar comum como a um inimigo e a verdade que lá jazia, risioneira da repetição. É ser novo e inaugural no que é velho e comum ao ser” Jornalista Artur da Távola
A estação é das letras. As palavras se diversificam na beleza colorida das ideias. Os textos transcendem os bem cuidados canteiros para atingirem outros espaços e vão ficando mais ao alcance de todos através das páginas dos jornais, revistas, livros, folhas cada vez mais fartas e assinadas pelos mourãoenses, o escrever a enraizar a nossa cultura.
É impossível deixar de notar que a estação das letras se apresenta repleta de um rico e variado conteúdo. A começar pela “Tribuna Livre”, espaço da Opinião há muito tradicional desta Tribuna, outrora preenchido em sua maioria por textos oriundos das agências de notícias ou de jornalistas e escritores de todos os outros lugares do País. Porém, de uns tempos para cá tem ocorrido o inverso, felizmente, ou seja, são muitos os mourãoenses que estão estreando ou passaram a escrever com maior frequência. No sábado passado a professora Nelci Veiga Mello, analisou a história, a atualidade e as perspectivas da mulher nos seus muitos contextos, a propósito do Dia Internacional da Mulher. Na última sexta a “Tribuna Livre” publicou a análise profissional da fonoaudióloga Lúcia Viel, ela, especialista em voz, tratou sobre tal questão, enfocando a voz do professor e o cotidiano escolar. Aliás, a doutora Lúcia propiciou importante contribuição profissional e humana a Escola Espaço Aberto, ao orientar na compra de equipamentos de audiometria, uma vez que a referida escola municipal atendia os portadores de deficiência auditiva. Ela ainda os atendia gratuitamente, sempre com denodo e carinho, sou testemunha de tais fatos à época (década de 90) em que fui secretário municipal da educação e cultura, sempre pude contar com a valiosa participação dela.
Osvaldo Broza, Jair Elias dos Santos, João Maria Lara e Gilmar Cardoso, para mencionar somente alguns entre outros também importantes, sempre marcam presença com textos primorosos na “Tribuna Livre”. E – ao escrever na madrugada de sexta para sábado, acredito que neste sábado deva ter sido publicado mais um texto do Osvaldo Broza, que ele me encaminhou. Mais uma vez o modo peculiar, simples e com conhecimento de causa do Broza, estão presentes no texto do nosso cronista.
Entregue pelo Eduardo, recebi em minha casa a edição de março da Cidade em revista, e, apenas ao começar a lê-la, são muitos os colaboradores mourãoenses que assinam textos versando sobre os mais variados temas, alguns nomes já tradicionais do nosso meio literário e outros que não são ainda mais conhecidos por escreverem com pouca freqüência, e eis aí o meu apelo, escrevam mais, os textos que produzem são uma inestimável contribuição à nossa cultura. Na edição da revista Cidade, além da própria jornalista Cidinha Coletty, encontramos textos de: Pastor André Luis Portes, Maria Joana T. Calderari, Geórgia Coletty, Marcelo Massaiti Tokunaga, Vanilda Bisi, Diego Reis, Maria Eugênia Santini Calixto, entre outros nomes.
É compreensível que muitos literatos da nossa cidade e da região, por causa dos afazeres que tomam praticamente todo o tempo, optem escrever de vez em quando e até mesmo pela insistência. Cabe o registro e a cobrança, escrevam mais e sempre.
Fases de Fazer Frases
Um sorriso não se empresta, mas ele se presta a fazer que outrem sorria também.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Devido ao texto da última Coluna, intitulada Pode ser que ela não dê voto, mas tira, um posicionamento crítico contrário a eventual possibilidade de reduzir o espaço físico da nossa Biblioteca, muitas manifestações se deram em igual sentido, cabendo destacá-las e expressar agradecimentos pela acolhida.
O promotor aposentado e advogado Rubens Sartori escreveu: “Parabéns pelo excelente artigo sobre a nossa “Estação da Luz. Realmente a melhor análise ate agora. Sinto orgulho de ser seu amigo. Você é o melhor escriba desta região, sem dúvida”.
O funcionário da COPEL e advogado Adalberto Bathke Veiga pontua: “Olá, Gudé. Excelente e certeiro o texto”. Adalberto – que me chama de Gudé por sermos amigos de infância, para meu orgulho imenso – cita a obra O Príncipe de Machiavel, quando ao líder refletir o pensamento do povo quando se trata de atraso cultural.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
“Você pode e muito deve falar sobre livros, não por tê-los, mas por lê-los e sabê-los. Sem exagero, és uma biblioteca carregada com muito esforço por um andarilho a caminhar nos caminhos quase desertos do saber. Admiro a sua paixão pelas palavras, o conhecimento que me faz admirá-lo sempre e cada vez mais”, disse a Maria Cristina Salles, professora de letras de Londrina. Outra professora que afirma ler assiduamente esta Coluna é Nelci Veiga Mello, bem como Zélia Mattielo, ambas fizeram referência também a outro texto, da semana retrasada, Vestido vermelho, macaco e galã.
Reminiscências em Preto e branco
Tem momentos que tudo parece tão antigo e de um passado tão longínquo que dá a impressão que o futuro será um devaneio, o delírio de um relógio sem ponteiro, longe do pulso e do controle de todas as horas.
José Eugênio Maciel é professor, sociólogo, escritor, advogado e membro da Academia Mourãoense de Letras.

2 comentários:

  1. Queria agradecer a honra de ter meu nome citado na Coluna... Muito Obrigado e Deus lhe Abençoe Maciel... Diego Reis

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  2. Fiquei lisonjeada com a citação de meu nome e o apreço pela Cidade em Revista! É de extrema importância encontrar nosso trabalho reconhecido e principalmente, que a aprovação parta de um diferencial como o seu.
    Obrigada
    Geórgia Coletty

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