26 de jun. de 2010

ENTREVISTA DE DOMINGO: Gilmar Aparecido Cardoso, fundador da Academia Mourãoense de Letras

Foi um sábado para ficar na história e no coração deste mourãoense de nascimento e farolense de coração, Gilmar Aparecido Cardoso
. Era para ser uma simples entrevista, onde a posse na nova diretoria da Academia Mourãoense de Letras seria um dos assuntos para ser debatido no segundo tempo do nosso programa Tocando de Primeira, na rádio Colmeia, de Campo Mourão.
E foi, mas não foi só isso. Gilmar foi surpreendido e homenageado no quadro das "Celebridades". Emocionado, orgulhoso e enobrecido, este jovem que tem uma história de vida e uma trajetória exitosa digna de elogios, recebeu em 26 de junho de 2010, o troféu Tocando de Primeira pela sua atuação na Academia Mourãoense de Letras, na literatura e em Farol, onde teve com a graça de Deus, no tempo e no lugar certo, o privilégio de ter sido o primeiro prefeito e o mais jovem prefeito na época a governar um município paranaense.
Ele nasceu na Serraria Vitória, em Farol. É poeta, advogado e fundador da cadeira número 01 da Academia Mourãoense de Letras (AML).
Na ENTREVISTA DE DOMINGO, Gilmar Cardoso, conta e partilha um pouco da sua história com muita franqueza, simplicidade, determinação, humildade, alegria e ousadia, valorizando sobremaneira esta homenagem aqui no Nosso BLOG.
Cristão católico, membro do Movimento da Renovação Carismática, Gilmar é humilde, reservado e companheiro. "Sou uma pedra bruta que todos os dias carece de ser lapidada na busca pela perfeição. Sou filho de Deus, creio que ele me amou primeiro e que pela intercessão de seu filho, Jesus Cristo, que com ele vive e reina na unidade do Espírito Santo, posso todas as coisas", afirma.
Uma ótima leitura e excelente semana com as graças e bençãos de Deus. Viva!
Os acadêmicos Jair Elias e Gilson Góis, representando a Academia Mourãoense de Letras, tiveram o privilégio de entregar às 12h55 de 26 de junho de 2010 na rádio Colméia, o troféu "Tocando de Primeira" a Gilmar Cardoso, acadêmico fundador da cadeira 01 da AML, poeta, ex-prefeito de Farol, advogado e líder regional. A homenagem a mais nova Celebridade do rádio mourãoense aconteceu durante o programa Tocando de Primeira, edição 880, repleta de muita emoção e alegria. Viva!
QUEM É GILMAR APARECIDO CARDOSO? Sou filho adotivo (do coração) do casal José e Lídia Semiguem (ucraniano e polonesa). Um homem simples, humilde, cristão, cumpridor de suas tarefas, e com um coração maior do que ele próprio. Sou casado com a catarinense, descendente de italiano e alemão, pequenos produtores rurais do oeste catarinense, Dina de Fátima Gandolfi Cardoso (O Fátima é uma homenagem a NS de Fátima) e pai das graciosas meninas Lydia Luyza (11) e Lygia Gabryelle (09).
QUAL O LEGADO DEIXADO POR SEUS PAIS JOSÉ E LÍDIA SEMIGUEM? Minha mãe, uma mulher amável, meiga, exemplo de mãe, amiga e, com singular bondade. Com meu pai aprendi o código de conduta, “quando faltar dinheiro, alguma coisa importante se perdeu; quanto faltar a saúde, muita coisa se perdeu, mas, quando faltar a honra, a dignidade e a honestidade, então, tudo terá se perdido”.
Ambos estão no céu, com muito mais espaço para cobrirem de bênçãos a cada um de nós. Deixaram-nos um legado de saudade, e na família, um dos marcos da generosidade e esperança.
QUAIS LIVROS O SENHOR JÁ LANÇOU? Sou autor dos livros de poesias Confissões de Ninguém (mar/89),Tempos&Contratempos(nov/89), Panacéia (set/90),Poetar é Preciso (jan/92) e Ensaio Geral (set/93), todos lançados pela Editora Scortecci, de São Paulo. Além de diversas participações em antologias de contos e poesias. No ano passado lancei o livro histórico “Farol, Nossa Terra,Nossa Gente” que conta a saga dos nossos pioneiros desde a fundação do velho Pinhalão, hoje a jovem Farol com seus 17 anos de idade. Para mim a poesia não muda o mundo. A poesia só muda os homens;os homens é que mudam o mundo!
ONDE E COMO FOI A SUA INFÂNCIA? Tenho uma poesia justamente com esse título “Infância”, através da qual imortalizei esse tempo bom escrevendo “Quanta saudade/do menino de calças curtas/e camisa de marinheiro,/que há tempos/não se senta/no colo da mamãe./Que não traz mais no bolso/um botão quebrado/ou um velho carretel de linha./Que não corre mais/atrás de uma bola,/pelos campos de futebol./Que não se banha/pelos córregos,/não se suja na lama/nem brinca na chuva./Que esqueceu-se/da bolinha de gude,/do álbum de figurinha,/do esconde-esconde/e dos gibis do Pato Donald./Quanta saudade/do menino sonhador/que imaginava-se nas estrelas/brincando de aviador./Que pescava pelos rios/com uma vara/ou uma peneira./Que fazia piqueniques de domingo/em plena quarta-feira./Que empinava papagaios/e construía carrinhos de madeira.../Os anos passaram-se/e tudo mudou!/A infância se foi/e não mais voltou.?Quem diria!/Quanta saudade/do menino feliz/e da infância que eu tive,/um dia...” No poema “Petição”, do meu 1º livro, Confissões de Ninguém, escrevi numa estrofe que “se não abriu mão de todos os seus valores/pode ter no bolsinho da calça/algum botão quebrado,uma bolinha de gude/figurinhas ou um velho carretel./salvo engano ou mudanças,/nas mãos deve trazer um gibi”. E no “Minha Cidade” recordei que “As mãos sábias e sensíveis/do Grande Arquiteto do Universo,/fizeram de ti/o abrigo perfeito das minha emoções!/Quanta saudade dos meus sonhos inocentes...?Da minha casa de esquina,/da criança que fui.../Da avenida, da praça, da menina!/O tesouro perdido do pirata,/ainda está enterrado aí./Os desamores esqueci.../Doces saudades do bate-bola,/do esconde-esconde, do gibi,/do papai-guru e dos guris./Caixinha de segredo dos sonhos,/berço da esperança,/se pudesse ressuscitaria/os meus sonhos de criança./Farol, minha cidade!/A vós rendo os meus louvores,/eu também sou teu filho/e morro...por ti...de amores!”.
Hoje comungo com a poetisa maior, Helena Kolody (na foto, recebendo visita de Gilmar Cardoso) “Quem é essa/ Que me olha/De tão longe/Com olhos que foram meus?”.
COMO O SENHOR SE DEFINE? Um cristão católico, membro do Movimento da Renovação Carismática, fiel, humilde, reservado e companheiro. Sou uma pedra bruta que todos os dias carece de ser lapidada na busca pela perfeição. Sou filho de Deus, creio que ele me amou primeiro e que pela intercessão de seu filho, Jesus Cristo, que com ele vive e reina na unidade do Espírito Santo, posso todas as coisas. Creio em Deus Pai, todo poderoso, santo, forte e imortal. Cultuo bases na família, na amizade e no relacionamento fraterno com as pessoas. Creio que só homens livres e de bons costumes podem fazer um mundo mais justo e perfeito.
Nos versos de Fernando Pessoa, “Não sou nada./Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada./ À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Comungo do pensamento de Charles Chaplin, para quem “Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita para ser insignificante.”
MELHOR TIME QUE JÁ VIU JOGAR? Por aqui a equipe do Grêmio Esportivo Farol – GEF (foto), o Tigre do Vale do Ivaí, sob o comando técnico Vicente Peludinho, o “Vicente nó-cego”, na disputa do Amadorzão de 1979 e que tinha na sua escalação: Eurico Agulhon, Aldo, Jairo, Aparício, Eudes, Moacir, Polaco e Índio. Atílio, Dalton, Gercino, Antoninho, Joel Português, Flavinho, Nivaldo e Pauliche.
E no resto do mundo, o Flamengo de 1981, formado pelo goleiro Raul, Lateral-Direito: Leandro, Zagueiros: Marinho e Mozer, Lateral-Esquerdo: Júnior, Volantes: Adílio e Andrade, Meia: Zico, Ponta de Lança: Tita e Lico e o Centroavante: Nunes. Técnico: Paulo César Carpeggiani e Reservas: Cantarelli, Figueiredo, Peu, Anselmo, Nei Dias e Baroninho. Este time comandado por Zico, venceu o Campeonato Mundial Interclubes, em 1981, e também a Taça Libertadores da América e o Campeonato Carioca daquele ano. E base para as conquistas do Campeonato Brasileiro, em 1982, 1983, 1987 e diversos outros troféus.
DESDE QUANDO ESTÁ NA REGIÃO DE CAMPO MOURÂO?Desde a data do meu nascimento na Serraria Vitória, de propriedade da família Stanizewski, em Farol. Filho de uma jovem adolescente, mãe solteira, Silvia Maria Cardoso, que só conheço de nome e desde a data da minha adoção pela família Semiguem, com 6 meses de idade, ninguém jamais teve noticias de seu paradeiro.
ONDE O SENHOR ESTUDOU E QUE CURSOS FEZ? Estudei as primeiras letras e as quatro séries iniciais no velho e extinto Grupo Escolar Afonso Botelho, o ensino fundamental de 5ª a 8ª série fiz na Escola Estadual de Farol, depois ia todas as noites cursar o então segundo grau e hoje ensino médio, no Colégio Estadual Professor João de Oliveira Gomes, de Campo Mourão, onde havia sob a direção do professor Joani Teixeira, uma sala mista com alunos dos distritos de Farol e Piquirivai. O hoje advogado e professor Robervani Pierin do Prado foi meu companheiro de escola nessa turma.
Fiz vestibular e obtive a aprovação em Economia na Fecilcam, que na época era por semestres e no terceiro eu transferi para Administração, por não se sair bem na matemática e adorar português, história e geografia. Não conclui os cursos, depois fiz o curso de Direito na Universidade do Oeste Paulista - Unoeste, em Presidente Prudente, cursos de atualização e aperfeiçoamento em Maringá e pós-graduação em direito civil e processo civil na Faculdade Integrado de CM.
QUAL É A SUA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL? Comecei a trabalhar desde pequeno ajudando meu pai a atender seus fregueses à moda antiga no Armazém São José que vendia os chamados produtos “ secos & molhados” numa esquina da Avenida Paraná, área central de Farol, além de fazer as anotações do “fiado” em cadernetas. Nas horas de folga ganhava um dinheirinho extra engraxando sapatos numa caixa laranjada construída na Marcenaria do Seo Jane Paxu.
O meu primeiro emprego com carteira assinada foi na Prefeitura de Campo Mourão, na gestão do prefeito Professor José Pochapski. Trabalhei como agente odontológico de saúde e atuava no módulo instalado numa das salas da Escola Municipal Casemiro de Abreu.
Fui auxiliar dos dentistas Dr. Paulo Davidoff e do Guto, seu irmão, dos gêmeos Max e Marcos, da Doutora Zilda Gentilin - o motorista deles todos era o Nelson, do grupo Gauchinhos do Fandango. Daí, fui servir à Pátria no Exercito Brasileiro, no Quartel do 27º Batalhão Logístico, em 1987, no Bairro Bacacheri, em Curitiba.
Voltei para a secretaria de Saúde de Campo Mourão onde fiquei alguns meses e logo após ter lançado meu primeiro livro de poesias, recebi convite do deputado estadual Namir Piacentini para trabalhar com ele no gabinete parlamentar da Assembléia Legislativa na redação e elaboração de projetos de lei e pronunciamentos. Antes de ser admitido, fiz testes de redação com o português Nuno César Quinta de Morais, da Casa Portuguesa.
QUAL ERA NESSA ÉPOCA A FASE NA ASSEMBLEIA? A Assembléia vivia um período de apresentação de projetos para emancipação política e criação de novos municípios. O deputado Piacentini propôs a criação das cidades de São Vicente (Araruna), Malu (Terra Boa), Rancho Alegre do Oeste (Goioere), Quarto Centenário (Goioere), Iracema do Oeste (Assis Chateabriand) e Farol.
Por encaminhamento natural do destino e providencia divina, vim a ser escolhido candidato à prefeito e eleito em Farol, sendo o primeiro e o mais jovem daquela legislatura no estado do Paraná. Como advogado atuei na assessoria e consultoria jurídica para a Associação das Câmaras da Microrregião Doze- Acamdoze, União dos Vereadores do Paraná – Uvepar e União dos Vereadores do Brasil – UVB. Fui procurador geral do Município de Campo Mourão e Farol, e assessor jurídico das câmaras municipais de Araruna e Luiziana. Atualmente sou o coordenador geral da prefeitura de Farol.
NA ÁREA LITERÁRIA, COMO FOI SUA ATUAÇÃO? Tive o privilégio de ter sido escolhido o mais jovem escritor do estado a ser admitido como membro do tradicional e centenário Centro de Letras do Paraná, com sede na capital do estado e em Campo Mourão ter sido escolhido como membro fundador da Cadeira nº 01 da Academia Mourãoense de Letras – AML, que tem como patrono Adinor Cordeiro, o popular “Jibóia”. Nessa área, disputei a cadeira vaga pela morte do jornalista e diretor-proprietário da Organizações Globo, jornalista Roberto Marinho, na Academia Brasileira de Letras, em eleição que teve como concorrentes o escritor e secretário de estado de cultura de São Paulo, Fernando Morais e o senador e ex-presidente interino da república, Marco Maciel. Tanto numa como noutra instituição literária foi empossado pelo glorioso Túlio Vargas (foto).
E A SUA TRAJETORIA ESPORTIVA? Desde pequeno fui apaixonado pelo futebol. De forma amistosa participei do selecionado do Vasquinho FC (foto), um time de Farol que na década de 80 disputava suas partidas num campo de chão batido onde hoje está tudo habitado ali próximo ao trevo de acesso principal à cidade. Depois passamos a jogar no campo gramado do Ticão onde passávamos o domingo inteiro brincando de bola. Esse campo também não existe mais! Jogava na meia-direita, de centroavante, sempre na frente. Agora, por questões cronológicas do tempo, fui recuado do meio para traz, parado na defesa para auxiliar o goleiro.
QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO, TIME DO CORAÇÃO E íDOLO? Meu esporte favorito é o futebol-arte e bem jogado. Também curto o tênis, volei e a Formula Um. Meu time do coração é o Clube de Regatas do Flamengo, o Mengão da raça, amor e paixão. Minhas referências esportivas são o Zico e o Senna.
CITE PERSONALIDADES ESPORTIVAS DE CAMPO MOURÃO. O mestre Itamar Augustinho Tagliari, jogando em todas as posições; O Professor Paulo César da Costa, o Paulinho do Atletismo; O Sérgio Massaji Ueda, do tênis de mesa; O Ari Mateus, pedalando no ciclismo; O Edson “China” Hirata, cestinha do basquete; Silvana Casali, no handebol; Além do professor Jair Grasso e Getúlio Ferrari Jr, pelas relevantes contribuições à política pública municipal de esportes.
Em foto exclusiva do BLOG: Ueda, Paulinho, China e Itamar, no lançamento do Projeto Empresa no Esporte, este ano na prefeitura.
DESDE QUANDO É APAIXONADO PELAS LETRAS? QUEM FOI O CULPADO? Desde o dia em que escrevi despretenciosamente o meu primeiro poema, “Cidadezinha”, numa aula da professora Célia Dadamo Carneiro, na 6ª série da Escola Estadual de Farol e graças ao seu apoio e incentivo, passei a acreditar que era capaz de alçar vôos maiores e me aventurei a escrever, lançar livros e ser reconhecido na área. Amo a leitura e a escrita e creio como Monteiro Lobato, que um pais se faz com homens e livros.
RECEITA PARA UM POEMA
Primeiro escohe-se a caneta
De tinta azul ou preta
E papel a jeito.
Procura-se os objectivos
Os verbos e os adjectivos
Para tudo ficar perfeito.

Chama-se a intuição
Tambèm a inspiração
Pede-se conselho à alma.
Comvèm uma sala pequena
Simples e amena
Que apele à calma.

Após estes ingredientes
Descreves aquilo que sentes
Vê o que està a sair.
Logo que esteja tudo acertado
Pões o teu nome em baixo ou ao lado
E depois é só servir.
GILMAR, O QUE É SER POETA? Encontrei uma frase, que expressa bem o que é SER POETA, escrita por um dos grandes mestres das letras, José de Alencar. Vejam: "O cidadão é o poeta do direito e da justiça; o poeta é o cidadão do belo e da arte". Antes de mais nada, ser poeta, é um estado de espírito. Quem é poeta, o é internamente. Tem a poesia na alma. Falamos "poeta", mas normalmente estamos nos referindo a todo aquele (ou aquela... aliás, o termo POETA, se aplica tanto "aos", como "às") que tem aquele dom natural para as artes escritas, seja em poesia, ou em prosa. Tudo depende do lirismo da alma de quem escreve.
QUAL O PASSATEMPO PREFERIDO E HOBBY? Gosto muito de apreciar a natureza e sentir a brisa mansa do vento soprando enquanto fito os olhos no horizonte, principalmente se for ao som das águas de um rio. O passatempo preferido é assistir bons filmes e ler melhores livros, confortavelmente, no sofá da sala ao lado da minha família,ambiente também ideal para se ouvir uma boa musica, que deve variar de Legião Urbana, Titãs. Skank, Ultraje, Capital Inicial, J.Quest à Chico Buarque, Caetano, Bethania, Gal, Djavan, Tom, Toquinho, Elis, Ana Carolina, Seu Jorge, Peninha, passando por Michael Jackson, Kenni G, Abba, dentre outros que conhecem da arte.
QUAL POESIA MAIS GOSTOU DE ESCREVER? QUAL FOI A MAIS IMPORTANTE? A que mais gostei de escrever foi o poema “Circulo Vicioso”, do livro “Poetar é Preciso” que descreve o sofrido cotidiano de uma família de bóias-frias da região e que foi laureada com o 1º lugar do concurso “Retratos da Realidade Paranaense”, do Centro de Letras do Paraná. Já a mais importante, foi a minha primeira poesia, um quarteto simples com estrofes de quatro versos, por coincidência uma singela e infantil homenagem à minha querida Farol, sob o título de “Cidadezinha”, quando ainda era aluno da 6ª série da Escola Estadual, aos 12 anos de idade, numa aula de língua e literatura ministrada pela professora Célia Dadamo Carneiro - na foto, ao lado do espóso Deocleciano- hoje secretária municipal de Educação e Cultura de Farol, o poeta gaúcho Mário Quintana já cantou que “ o primeiro verso que um poeta faz é sempre o mais belo, porque toda a poesia do mundo está em ser aquele o seu primeiro verso.
O QUE SIGNIFICA SER MEMBRO DA ACADEMIA MOURÃOENSE DE LETRAS? E ESTAR NA CADEIRA NUMERO UM? O acadêmico é considerado um imortal, primeiro é preciso explicar ao público-leitor a definição de imortalidade dada pelo acadêmico Túlio Vargas, da Academia de Letras e do Centro de Letras do Paraná, que na data de 21 de maio de 2002 – Dia da Língua Nacional – instalou solenemente a nossa Academia Mourãoense de Letras, 0 20º braço da academia maior, em evento histórico e memorável no Teatro Municipal. Para ele “imortal é na verdade utilizado para simbolizar aqueles que não tem onde cair morto!”.
Para definir o que significa ser membro da AML fico com as palavras do colega advogado Cristiano Calixto, ao meu modesto pensar, ao lado de José Eugênio Maciel, um dos maiores cérebros que a nossa cidade já produziu, que escreveu em artigo publicado na imprensa local que “àqueles que tiveram a visão do empreendimento a certeza de que a vanguarda faz a diferença; àqueles que por suas ações concretas, transformando a idéia em realidade, a certeza de que sempre vale a pena agir, fazer, realizar, empreender; àqueles que emprestaram seus nomes às cadeiras da academia o duradouro reconhecimento pelos méritos que, em vida, conquistaram,e, aos respectivos titulares daquelas cadeiras, agora empossados sob o compromisso solene,a árdua e nobre missão de continuarem pensando e escrevendo em favor de nós outros, pobres mortais” – e vaticina – “acadêmicos, dêem os seus conhecimentos ao povo; emprestem luzes às mentes ignóbeis; ofereçam seus prestimos à causa humana; façam das letras trilhos de esperança; doem rimas de amor à paz universal; escrevam textos, simples, que digam da magnitude do Criador, mas, acima de tudo, escrevam linhas que nasçam de onde Deus fez sua morada: o coração. Vivas, vivas.vivas à Academia Mourãoense de Letras. Estamos amadurecidos!”. Para o poeta lusitano Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a alma não é pequena e a escolha do meu nome para ser o primeiro fundador da instituição que terá dentre seus quadros 40 membros é única e exclusivamente uma deferência imerecida por parte dos meus primeiros confrades e confreiras . Todos teremos, ao final, o mesmo compromisso e responsabilidade, nos termos do juramento acadêmico.
A COMCAM É.... O coração do Paraná e arafraseando a mãe do Maciel, a D. Maria do Desterro Brizola Maciel de Barros, o “berço dos meus filhos, morada dos meus pais e endereço dos meus amigos”.
A COMCAM IRÁ ELEGER DEPUTADO OU DEPUTADOS ESTE ANO? Na região da Comcam, polarizada por 25 municípios, segundo dados do Fórum Eleitoral, 233.517 eleitores estão aptos a votar, somente em Campo Mourão são 61.756. Vale lembrar também que no dia 3 de outubro, o eleitor deverá fazer seis escolhas: deputado estadual, deputado federal, senador (duas vagas), governador e presidente. Que vamos eleger “deputados” não temos dúvida, pois, para A Assembléia Legislativa do Paraná 54 serão diplomados e para a Câmara dos Deputados, em Brasília, outros 30 tomarão posse, certamente com significativos percentuais dos nossos votos. Agora a questão é se o “Movimento Acorda, Comcam”, liderado pela ACICAM e que outrora contou com o apoio firme e declarado da Igreja Católica, através do nosso hoje Arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos fará eco coletivo nas consciências, pelo menos para assegurar a manutenção da vaga que nos representa através da atuação parlamentar do deputado estadual Douglas Fabrício e oxalá, com a necessária ampliação, se em prol de políticos bem intencionados e com propostas claras e definidas na defesa dos interesses e bandeiras regionais.
SAUDADES: DO QUE E DE QUEM? Saudade é a dor da ausência, a memória do coração e segundo o cantor Peninha, ter saudade é melhor do que caminhar sozinho.
Do quê? do Cine Plaza, da Churrascaria Piacentini, Da Rádio Humaitá, da Banda no coreto da praça, do Anísio Morais Notícias, das Novenas da Santinha peregrina, da Cantina do Nuno, do Colégio Estadual Profº João de Oliveira Gomes, do “documentado” Júlio Vieira, do Tony Nishimura, das Carpas do Abelar Gonçalves Neto, e da boa parceria entre o Idê e o Turozi na Câmara de Vereadores.
De quem? dos meus pais, José e Lídia Semiguem e nas palavras da poetisa maior, Helena Kolody, em Viagem no Espelho, “quem é essa que me olha de tão longe, com olhos que foram meus?”.
DINA GANDOLFI....... O relacionamento entre a gente é fruto de uma imensurável amizade, transformada em amor que se renova dia a dia, a cada nascer ou pôr do sol. Essa mulher é, sobretudo, companheira incansável na adversidade das campanhas eleitorais, nas promoções sociais administrativas junto aos mais humildes, nos embates do cotidiano, no compromisso firmado perante o altar de fidelidade, na alegria e na tristeza, bem como na ternura da primavera.
Quanto mais o nosso cansaço aos outros repousa, mais felizes ficamos, mais essências compartilhamos, mais amantes e farolenses somos.
Como se não bastasse tudo isso, ainda me presenteou com as dádivas das vidas da Lydia Luyza e Lygia Gabryelle, as nossas meninas, no sentido maior da palavra; a nossa razão de ser e de estar, o milagre divino que acrescentou um mundo inteiro em nossa já feliz existência.
Dina é uma mulher extraordinária, dessas que só se encontra uma vez na vida. Uma companheira de jornada, amiga e confidente com quem compartilhei os melhores momentos da minha vida.
Uma paixão que já dura quase 20 anos e haverá de reacender-se diariamente até que a morte nos separe.
SER ESPOSO DE UMA PREFEITA É ... descobrir que a mulher do rei é rainha, do príncipe é princesa, do barão é baronesa, do imperador é imperatriz, do cônsul é consulesa, do presidente, do governador e do prefeito é a primeira-dama e, decepcionado saber que por outro lado, o maridão de todas elas é o chamado zero à esquerda.
QUAL PROJETO AINDA NÃO ACONTECEU QUE GOSTARIA DE REALIZAR? São duas viagens internacionais com a família, uma para conhecer a Disneyland (Disneylândia em português) um dos principais parques temáticos dos Estados Unidos no distrito de Anaheim, no condado de Orange (Califórnia) e outra para a Terra Santa, o lugar prometido ao povo israelita no antigo testamento, que inclui Israel, Cisjordânia e partes da Jordânia. É o local em que teria se passado a maioria dos acontecimentos bíblicos. Em Jerusalém, gostaria de fazer o caminho pelas 14 estações da Via Dolorosa, que se acredita ter sido percorrido por Jesus com a cruz. E o mais importante, não passar para o Oriente eterno sem ver minhas filhas formadas e encaminhadas nas profissões que até aqui, por conta e vocação própria, definiram como sendo a medicina pediátrica e a advocacia.
QUAL DECISÃO MARCOU SUA HISTÓRIA E SUA VIDA? A iniciativa e determinação de ter ido prestar o serviço militar em Curitiba e servir no 27º BLOG - Batalhão Logístico. Por conta dessa experiência, além de ter morado à noite e finais de semana num cômodo com os colegas de caserna - Benhur de Souza (Cartório do Acir) e Marquinhos Silveira (Marcos Louco)-, quando não estávamos de serviço, foi fundamental para que conhecesse como sendo meu oficial superior, o Sargento Milton Vicente Ferreira, membro da Academia Paranaense de Letras,mentor e incentivador para que tivesse coragem de publicar os escritos que foram reunidos no meu primeiro livro, “Confissões de Ninguém”, do qual ele é o apresentador/prefaciante e escreveu-me “ ao jovem poeta Glmar, resta-me dizer-lhe, que a estrada da poesia é infinita, sublime, musical, e que se palmilhada com reflexão, estudo, busca, pode-se chegar à mais íntima realização. mais uma estrela surgiu...mais um poeta nasceu”. Por conta da poesia e da demonstração de domínio com a fala e a escrita, o então deputado estadual por Campo Mourão, Namir Piacentini (foto) convidou-me para ir trabalhar com ele na assessoria parlamentar da Assembléia Legislativa para redigir correspondências, pronunciamentos e projetos de lei. Nessa época o Paraná vivia o momento político das proposições de emancipação político-administrativa dos distritos em função de que Na década de 90, quando os Estados, por força da Constituição Federal, passaram a estabelecer os requisitos para emancipação, a criação de municípios toma novo impulso: são instalados mais 81 municípios no território paranaense, desmembrados de outros 69 municípios quando o Estado do Paraná passou a ter os atuais 399 municípios que o integram. Aqui na região da Comcam, além de Rancho Alegre do Oeste e Quarto Centenário que se desmembraram de Goioerê, o então distrito de Farol também deixava de pertencer à Campo Mourão por conta das nossas intervenções e acompanhamento diário de todo o trâmite do processo.
Depois, foi tudo uma conseqüência natural, nesse período passei a fazer cursinho pré- vestibular na capital e conheci uma jovem loira, bonita, simpática e solteira, que morava com outras amigas sua, todas advindas da cidade de Ponte Serrada – SC. Vim disputar a primeira eleição da minha cidade, fui eleito como sendo o mais jovem prefeito do Paraná na gestão 1993/1996 aos 22 anos de idade e no ano seguinte casei-me com a mulher da minha vida. Se um dia, na inspeção militar de madrugada, ali no Centro Social Urbano – CSU, de Campo Mourão, não tivesse dito na entrevista que queria de fato ir servir à Pátria através do Exército, só se acontecesse algo à exemplo do filme “Efeito Borboleta” para hoje estar aqui contando essa história.
QUAL JOGADA OU DECISÃO QUE SE PUDESSE VOLTAR NO TEMPO JAMAIS TERIA FEITO? Compartilho do ideário de que a vida é um aprendizado constante, a cada dia a cada instante. Escrevi num dos meus poemas que durante nossa existência, vários caminhos temos. As perguntas todas faremos e as respostas durante a vida encontraremos. A isso chamamos experiências e se não fosse com a inteligência acumulada através dos erros e acertos a vida não teria a menor graça ou sentido. Nada acontece por acaso e até a dor vem para nos aproximar do amor. É preciso tirar as melhores lições e aprender com o erro, se pudermos fazer isso com o erro dos outros, teremos dado um passo muito grande rumo à busca da perfeição. O que teria feito é dito mais para as pessoas que gosto delas e que suas ausências me fazem muita falta, além de ter dado um jeito de ter conhecido pessoalmente o Padre Léo, da Canção Nova e o Papa João Paulo II.
QUAL O GOLAÇO MAIS IMPORTANTE DA SUA VIDA? Ter tido aos 20 anos de idade um amor correspondido em sua essência, ao conhecer uma jovem catarinense, descendente de italiano com alemão, filha de pequenos agricultores, professora primária, líder nata e vocacionada, temente a Deus, educada com princípios sólidos e valores ético e morais inatingíveis, com quem tive o privilégio de compartilhar os momentos em que o pão era doce e farto bem como aqueles onde era amargo e escasso sempre com a mesma fé e convicção de que fomos feito para sermos vencedores e que ainda que vierem noites traiçoeiras, Deus nos quer sorrindo.
QUEM O SENHOR SUGERE PARA SER CELEBRIDADE AQUI NO BLOG NA ENTREVISTA DE DOMINGO? O professor e artista plástico Bernardo Mattos, pela sua excentricidade; o meu conterrâneo Ater Cristófoli, um dos mais talentosos empresários mourãoenses; Walter Tonelli, o multifuncional e humorista Peteleco; os professores Ephigenio José Carneiro (foto) e Joani Teixeira, pela história a ser contada e exemplos a serem seguidos e o próprio Ilivaldo Duarte, que merece o troféu Celebridade, por ter sido o 1º mourãoense a estar na Internet (Blog do Ilivaldo), na rádio (Programa Tocando de Primeira), no jornal (‘Tribuna do Interior’) e na TV (Carajás), lembrando a música do grupo musical Titãs, ‘Tudo ao mesmo tempo, agora!’ Ilivaldo Duarte (doutor, para os advogados que exigem o tratamento), também é exemplar ao promover a execução do hino do município de Campo Mourão em todas as aberturas de suas transmissões semanais enaltecendo a nossa Campo Mourão, Capital do Centro-Oeste. Todos merecedores do conceituado e cobiçado Troféu Celebridades.
QUAL PERGUNTA NÃO FOI FEITA QUE GOSTARIA DE TER RESPONDIDO? Escale uma seleção de mourãoenses, na sua opinião, capazes de fazer a diferença?.
Como toda boa seleção, essa também precisa contar com dois nomes para cada posição, não necessariamente sendo considerados titulares e reservas, mas cada qual "Tocando de Primeira" e marcando "Golaços", se convocados para o jogo:
1.Padre Ademar de Oliveira Lins; 2.José Aroldo Gallassini (Foto); 3.Ater Cristofoli; 4.Augusto Carneiro; 5.Namir Piacentini; 6.Valdete Rodrigues de Almeida; 7.José Eugênio Maciel; 8.Geraldo Santos (Fiorella) 9.Ephigenio Jose Carneiro; 10.Denir Dalefe; 11.Ademar Kenhiti Issi; 12.Joani Teixeira; 13.Eda Slomp; 14.Cristiano Calixto; 15.Aroldo Tissott; 16.Robervani Pierrin do Prado; 17.Rubens Sartori; 18.Eraldo Teodoro de Oliveira; 19.Dr Ruy Antonio Cruz; 20.Prof. José Pochapski; 21.Marcio Nunes; 22.Profª Sinclair Pozza Casemiro; 23.Dr Ricardo Acyolli Calderari, 24. Ricardina Dias.
NA SUA OPINIÃO DESCREVA MOURÃOENSES QUE SÃO SEM IGUAIS. ÚNICOS? Ely Rodrigues, o rádio-jornalismo; Sid Sauer, na internet-jornalismo; Ricardo Borges e Alderi Ribeiro, na tv-jornalismo; Carlos Soares, no teatro; Pixote, no traço do cartoon; Peteleco, no humor engraçado; Padre Gilson Sobreira (foto), na espiritualidade cristã; Sonia Cardoso e Ié, na voz e no canto; Davi Camargo, na letra; Edilaine Castro, na hiperatividade; Eda Slomp e Dorly Thomé, no estilo e na elegância; Nelson José Tureck, na popularidade; José Eugênio Maciel e Cristiano Calixto, na fidelidade e inteligência; Dona Jacira, Elza Hannel e José Turozi, no voluntariado e doação ao próximo; Edina Simionato, Jair Elias dos Santos Junior, Pedro da Veiga e Wille Batke Jr, na preservação da cultura e memória da cidade; Ademar Batista de Melo e Wilson Isolani, ex-governadores do distrito do Rotary Internacional; e padre Ademar, na reunião das qualidades que tornam o sacerdócio, mais do que uma vocação, uma missão; Os 3 “M” dos meninos da Rede Marcfarma, Marcelo, Márcio e Marcos; Dina Cardoso, no entusiasmo, na garra e na vontade de fazer bem feito.
O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA É... Inesquecível. De bem com a vida, compartilhando da alegria e do entusiasmo da Dina em fazer um Farol melhor para todos e acompanhando par e passo o crescimento e amadurecimento interior das minhas meninas com um convivência fraterna e solidária com todos quantos quero e me querem bem. Nas promessas bíblicas diria estar cheio do Espírito Santo, com a graça e paz do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nas palavras do poetinha Vinicius de Morais, que esse tempo não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure. Olhar, vigiar e orar, é um mandamento do Senhor (Mc 13.33), pois disso depende a nossa posição espiritual. Temos que em todo tempo, olhar, vigiar e orar o fato. Um ato complementa o outro. Eu não posso só, olhar e não vigiar; ou eu não posso só vigiar e não orar. Ambos são interdependes. Se você vigia, mas não ora está perdendo forças para a batalha, e se você ora, mas não vigia, você vai perder a batalha orando. Acho essa frase fantástica. Devemos realmente estar orando e vigiando se quisermos ter vitória.
CAMPO MOURÃO DO PRESENTE É.... Motivo de orgulho por seus números pujantes, de seus indicadores vigorosos, do seu crescimento em todos os setores da economia. A sede da maior cooperativa agrícola singular da América do Sul, com cidadãos reconhecidos no Estado e fora dele. Campo Mourão, Farol seu filho, hoje é seu irmão!
CAMPO MOURÃO DO FUTURO SERÁ!!!! A consolidação referencial na prestação de serviços, agroindústria, saúde, educação e cultura regional. O pólo regional. O reflexo dos seus cidadãos. O que fizermos dela hoje!
Gilmar Cardoso, com o troféu Tocando de Primeira, ao lado do jornalista Ilivaldo Duarte, produtor e apresentador do programa Tocando de Primeira, na manhã de 26 de junho de 2010, na Rádio Colméia. Gilmar é a mais nova Celebridade do rádio mourãoense.
QUAL SENTIMENTO DE RECEBER ESTA HOMENAGEM E PARTILHAR UM POUCO DA SUA VIDA E DA SUA HISTORIA? Uma oportunidade para refletir, recordar e revirar os velhos baús, tanto o material quanto o espiritual. E pensar como o escritor Francisco Otaviano, “ Quem passou pela vida em branca nuvem E em plácido repouso adormeceu Quem não sentiu o frio da desgraça, Quem passou pela vida e não sofreu...Foi espectro de homem, não foi homem, Só passou pela vida e não viveu...”. Um momento ímpar, pois, para mim o respeito das pessoas que respeitamos, vale mais do que o aplauso de uma multidão. Ter sido contemplado de forma livre e espontânea com esse especial convite é uma honra. Amigo é coisa pra se guardar e a gratidão é a memória do coração. Que Deus sempre lhe abençoe, cumule de bênçãos e graças.
QUAL O RECADO PARA OS LEITORES DO BLOG? “Verba volant, scripta manet”, as palavras voam, as escritas ficam. Não para mim, pois, há tantas outras personalidades à frente para serem reconhecidas e homenageadas, mas a todos os que são merecedores da honra ao mérito, o gesto exemplar do confrade e agora “imortal” acadêmico Ilivaldo Duarte, a música de Nelson Cavaquinho, citada por José Eugênio Maciel, na Coluna do Maciel da Tribuna,
Quando Eu Me Chamar Saudade/Sei que amanhã Quando eu morrer Os meus amigos vão dizer Que eu tinha um bom coração Alguns até hão de chorar E querer me homenagear Fazendo de ouro um violão Mas depois que o tempo passar Sei que ninguém vai se lembrar Que eu fui embora Por isso é que eu penso assim Se alguém quiser fazer por mim Que faça agora. Me dê as flores em vida O carinho, a mão amiga, Para aliviar meus ais. Depois que eu me chamar saudade Não preciso de vaidade Quero preces e nada mais.
“Cidadezinha” foi o primeiro poema escrito por Gilmar Cardoso, em 1982, na 7ª série da Escola Estadual de Farol.
CIDADEZINHA PEQUENA,
MAS DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO.
REFIRO-ME A FAROL,
DISTRITO DE CAMPO MOURÃO.
HÁ POUCO TEMPO ATRÁS
ELE SE CHAMAVA PINHALÃO,
SUAS RUAS TÊM PEDRAS
E POUCA ILUMINAÇÃO.
A CIDADEZINHA É PEQUENA,
COMO QUALQUER DISTRITO.
É CERCADA POR CHÁCARAS,
FAZENDAS E SÍTIOS.
NÃO FALEM MAL DE FAROL,
PORQUE EU JÁ FICO TRISTE!
ESSA CIDADE PRA MIM
É A MELHOR QUE EXISTE.
SUAS CASAS SÃO PEQUENAS,
AQUI NÃO TEM EDIFÍCIO ALTO.
EU ADORO ESTA CIDADE
ATÉ MESMO SEM ASFALTO!

TALVEZ O MEU VERSO
ESTEJA UM TANTO QUANTO INFANTIL;
PORÉM, NÃO SEI DIZER DE OUTRA FORMA,
O QUANTO GOSTO, DESTE PEDACINHO DO BRASIL.
CIDADEZINHA PARANAENSE, POUCO HABITADA,TRANQUILA,
UM PONTINHO NO MAPA DO OESTE DO INTERIOR.
SEM RECURSOS, SUJA, DESUMANA ATÉ...
MAS, É MINHA, SIM SENHOR!
NÃO TROCO POR OUTRA, É TÃO BELA ESTA CIDADE.
AQUI TUDO SE MISTURA...
DESDE A MINHA INFÂNCIA À JUVENTUDE, ÉS MEU AMOR!
MISÉRIA, RIQUEZA E TERNURA...
PARA PESCAR É PRECISO
LEVAR VARA E ANZOL.
PARA VIVENCIAR A FELICIDADE
É SÓ MORAR CONOSCO EM FAROL.
ONDE A VIDA É MAIS VIDA,
O AMOR É MAIS AMOR...
E POR NASCER NESSA TERRA DE AMIGOS ,
AGRADEÇO A DEUS, O NOSSO SENHOR!

MINHA CIDADE!
FAROL,VOCÊ PRA MIM É GRANDE.
NÃO TEM NADA QUE NÃO ANDE
LIGADO À MINHA AFEIÇÃO.
TUDO O QUE TEM,
VOCÊ BEM SABE.
CIDADEZINHA!
ACREDITAS QUE VOCÊ TODA,
CABE DENTRO DO MEU CORAÇÃO?

FAROL, MINHA CIDADE!
À VÓS, RENDO OS MEUS LOUVORES.
EU TAMBÉM SOU TEU FILHO,
E MORRO... POR TI...DE AMORES!

6 comentários:

  1. De José Eugênio Maciel: Li atentamente a entrevista concedida pelo amigo e confrade Gilmar Cardoso. A sensibilidade humana, o amor à família e à nossa terra - Farol/Campo Mourão, e o conhecimento de temas diversos, é uma leitura que nos engrandeçe e nos ilumina. A trajetória de um menino humilde e de pés no chão, o trilhar por novos horizontes que ele não esperou ver descortinar, mas os contruiu pelo trabalho e pelos estudos, são exemplos qualificadores para o que ele disse na referida entrevista.
    Da minha parte, que tenho orgulho de tê-lo como amigo há muitos anos, dada à fraternidade que nos une, parabenizo-o efusivamente.
    Ademais, as várias citações feitas a minha pessoa só mesmo poderiam partir de um amigo, ao me sentir honrado pela referência, não é por isso que eu o cumprimento, mas pelo que ele representa como ser humano, amigo de sempre.

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  2. Grande Ilivaldo Duarte... Que ótima entrevista com meu amigo e irmão de fé, da Capela Divino Espírito Santo, do Alto do Divino. Bastante informação sobre este comunicador de nossa região... Deixo aqui meu abraço para este flamenguista, que tem muita vontade de ser corintiano... Parabéns Ilivaldo e Gilmar Cardoso...

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  3. Grande irmão e amigo Gilmar Cardoso,desculpe o atraso, só hoje pude ver a inclusão do meu nome na relação de pessôas feita por você no blog do grande amigo Ilivaldo Duarte,é bom ler a seu respeito e melhor ainda é contar com a sua amizade.triplo e fraternal abraço.

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  4. O Gilmar é esse "moço" maravilhoso como costuma repetir um amigo comum nosso. Meu amigo, amante, confidente, companheiro, pai das nossas meninas e parceiro para todas as horas. Considero um privilégio conviver com ele. Não tenho palavras para descreve-lo, e nessas horas, como disse Drummondd que ele adora, lutar com elas é a luta mais vã. Amor, nós te amamos!
    Dina Cardoso, Farol

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  5. Parabens Ilivaldo e Gilmar.. excelente matéria.

    Abraço amigo do Wille

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  6. Honrado em ler essa história, conhecer mais da vida e origens; inspiradora a lição, como prova de vitória, superação e incentivo aos jovens talentos. Show!

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