7 de nov. de 2009

COLUNA DA MARIA JOANA: Brasil- superpotência agrícola pronta para alimentar o mundo


"Brasil- superpotência agrícola pronta para alimentar o mundo". É assim que o jornal britânico Financial Times vê o Brasil. Em sua edição de 6 de novembro num caderno especial dedicado a oportunidades de investimento no Brasil que vê como "superpotência agrícola pronta para alimentar o mundo", mas aponta para deficiências nos setores de infra-estrutura e educação. Valoriza o país como, "maior exportador mundial de carne, frango, suco de laranja, açúcar, etanol, tabaco e soja”, que se consolidou nas últimas duas décadas como superpotência agrícola, e que esse status se deve à modernização e ganhos em eficiência dos produtores agrícolas o que nós podemos muito bem comprovar olhan do para os nossos campos onde brotam as sementes da esperança da safra de verão.
As perdas das safras passadas devido aos diferentes problemas climáticos não tiram o ânimo dos agricultores brasileiros que mais uma vez investem em qualidade e produtividade e contam com a ajuda de Deus. Precisam que o governo faça também a sua parte que é garantir boas condições para as estradas, portos, ferrovias, energia enfim a infra-estrutura básica. Precisam também que seus produtos tenham a garantia do preço mínimo sem a concorrência desleal de produtos estrangeiros livres de impostos. Precisam leis que protejam o meio ambiente, mas sem tirar o direito de produzir, sem criminalizar os agricultores...
Confiante no Brasil Jornal inglês analisa que o país foi um dos que se saiu melhor na recessão, e que muitos de seus setores não foram sequer afetados, afirmando que se o Brasil mantiver o rumo de sua política econômica e social e se não houver outra grande recessão no mundo, o mais provável é que continue no caminho do crescimento, apresentando uma série de oportunidades de investimento em diferentes setores. "O sucesso demorou muito tempo a chegar e a noção de que o país está mudando está alcançando os brasileiros a um ritmo lento", afirma a reportagem de abertura, explicando que a classe média emergente - que este ano, pela primeira vez, corresponde a mais da metade da população, segundo dados do governo - é uma das forças por trás deste crescimento.
Mas, para alcançar seu potencial, ainda são necessárias mudanças no país. "O Brasil precisa de muito mais, não apenas para se preparar para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Estradas, ferrovias, portos, energia e outras infra-estruturas vitais precisam de expansão e modernização." O jornal lembra que o setor de educação, por exemplo, é um dos que precisa melhorar, e que os níveis de escolaridade no país ainda deixam a desejar em comparação a outros na região e em situação semelhante, como a China ou a Coréia do Sul. Segundo o jornal, ainda existe também uma diferença muito grande entre a região Nordeste e o resto do país e aponta para o forte - e ainda pouco explorado - potencial do setor de turismo. O jornal inglês traz reportagens sobre setor bancário, mercados de capitais, meio ambiente, turismo, políticas sociais, Nordeste, açúcar, agricultura, mineração, petróleo, energia, educação, infra-estrutura, moda, e sobre o medo da violência depois que o Rio foi escolhido como a sede das Olimpíadas.
Analisa também a situação política a acha que, apesar do cenário ainda indefinido em relação à sucessão do presidente Lula, dificilmente um dos dois principais pré-candidatos até agora (a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, José Serra) vai mudar os rumos do país drasticamente. Apesar de muito realistas na análise de nossas deficiências crêem no futuro do Brasi l: "O desempenho ruim e as dúvidas em relação a si mesmo vão persistir, mas o enorme potencial do país e seus tremendos recursos naturais e humanos estão finalmente chegando perto de alcançar o futuro brilhante que não muito tempo atrás parecia destinado a permanecer para sempre fora de alcance”.
O mundo nos olha com olhos de esperança e cobiça... E nós, brasileiros, acreditamos em nós mesmos? Vamos corrigir as nossas falhas, melhorar nosso desempenho, utilizar o nosso enorme potencial e os nossos tremendos recursos naturais e humanos?
Maria Joana Titton Calderari – membro da Academia Mourãoense de Letras, graduada Letras UFPR, especialização Filosofia-FECILCAM e Ensino Religioso-PUC- majocalderari@yahoo.com.

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