7 de jul. de 2009

PAPO DA FESTA DO CARNEIRO com Walter Pereira


Com o título "Há 13 anos Associação Panela prepara o Carneiro no Buraco", o repórter da Tribuna e acadêmico do último ano do curso de Jornalismo em Maringá, Walter Pereira, conta um pouco da história desta entidade que é referência desta festa nacional que eleva a Capital do Centro-Oeste para os quatro cantos do país e até do exterior.
Confira o artigo de Walter Pereira.
A Associação Panela preparou pelo 13º ano consecutivo o Carneiro no Buraco. Composta por um grupo de 45 pessoas, a maioria entende da arte de cozinhar. Walter Tonelli, (o “Peteleco”) responsável pela cozinha, diz que a responsabilidade é enorme já que a cada ano a festa movimenta um número maior de pessoas, de várias partes do Brasil e até de países vizinhos.
“É muita responsabilidade mesmo, cozinhar para mais de 10 mil pessoas”, ressalta. Mas segundo ele, a cada ano a equipe vai evoluindo e o prato fica mais saboroso. “Desde o primeiro ano começamos uma cozinha única padronizada, onde temos todos os legumes no mesmo padrão. Se são dois quilos de cenoura, por exemplo, todos os cerca de 150 tachos terão a mesma quantia”, explica.
O trabalho é feito em conjunto com a organização municipal da festa - Secretaria Municipal da Indústria e Comércio de Campo Mourão. Os preparativos começam a ser feitos cerca de 15 dias antes da festa. “Organizamos com bastante antecedência a cozinha única, onde devem ser instaladas prateleiras, parte hidráulica onde serão lavados todos os legumes, a forma de limpeza e os buracos que também precisam de alguns retoques de um ano para outro”, comenta.
Segundo Peteleco, ao todo, são preparados cerca de 3.942 quilos de carne de carneiro, a quantidade de legumes é a mesma. Além de acompanhar tudo, desde os pedidos dos legumes, qualidade e quantidade, a equipe responsável precisa concentrar toda a atenção na noite em que antecede a festa.
“Na noite anterior à festa ninguém dorme. Na verdade passamos a noite ateando fogo, montando os tachos e depois descendo todos nos buracos. Um trabalho que costuma encerrar por volta das 6 horas do domingo. Logo depois, por volta das 10h30, já temos que começar a retirada dos tachos para entregar às entidades que retiram a água, o líquido de cada um para fazer o pirão, que acompanha o prato”, frisa.
Conforme Peteleco o cansaço é grande, mas no final é compensador. “O resultado final sempre nos alegra. Deus tem sido muito bom e acredito que estamos próximos da perfeição. Tudo é feito com muito carinho.”
Um grupo de mulheres também é contratado para auxiliar no preparo e lavagem dos legumes na sexta-feira e no sábado. Durante esse tempo, os membros da Panela também participam dos trabalhos em um esquema de revezamento. “Temos equipe para o preparo do fogo, dos legumes, para a pesagem dos legumes, tempero da carne, entre outras situações para que tudo saia da melhor forma”, finaliza.

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